Cerca de 30 empresas estrangeiras foram convidadas pela Petrobras a participar da licitação das obras da unidade de processamento de gás natural do pré-sal, no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), o que despertou reações negativas no setor; em nota, a estatal diz que fatiar a obra em diferentes contratos seria um problema e lembra que 20 das maiores empresas de engenharia do país estão impedidas de participar da licitação por envolvimento na Lava Jato; algumas estrangeiras convidadas por Pedro Parente, porém, tambem são acusadas de corrupção em vários países
23 DE JANEIRO DE 2017
Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil
A Petrobras reagiu nesta segunda-feira (23) a críticas de que esteja privilegiando empresas estrangeiras em detrimento de companhias nacionais no convite para participação nas obras da unidade de processamento de gás natural do pré-sal, no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que servirá para o escoamento do produto.
Cerca de 30 empresas estrangeiras foram convidadas a participar da licitação, o que despertou reações negativas no setor. Em nota divulgada nesta segunda-feira, a estatal reafirma sua política de priorizar parceiros locais, mas diz que fatiar a obra em diferentes contratos de menor valor apenas para garantir concorrentes de capital nacional aumentaria custos e riscos técnicos.
Lava Jato
Para justificar a exclusão de empreiteiras nacionais, a Petrobras diz que 20 das maiores empresas de engenharia do país estão impedidas de participar da licitação por envolvimento na Operação Lava Jato. "Não foram convidadas por esse motivo, estando o seu retorno a futuros convites vinculado à assinatura de acordos de leniência e avaliações de integridade realizadas pela área de Conformidade da Petrobras."
Segundo a companhia, a participação brasileira estará garantida no projeto com empresas de pequeno porte, já que os contratos com consórcios estrangeiros exigem um parceiro nacional.
Além disso, de acordo com a Petrobras, a maior parte das empresas convidadas a apresentar propostas são estabelecidas no Brasil, apesar de estrangeiras. "São parceiros do país na geração de emprego e renda aqui dentro e passaram por avaliações internas de integridade."
A estatal argumenta ainda que a Constituição não diferencia as empresas conforme a origem de seu capital e diz que os grupos estrangeiros geram postos de trabalho no país. "O emprego gerado por essas companhias é tão necessário e tão bem-vindo quanto qualquer outro. A disposição do setor privado em investir colabora para que o país saia da mais longa recessão da nossa história."
Brasil 247
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