"Se a perícia não mostrar nada, fica difícil", afirmou o advogado Antônio Claudio Mariz, contratado para defender Michel Temer nas investigações sobre o caso JBS; Temer foi gravado pelo empresário Joesley Batista dando aval à compra do silêncio de Eduardo Cunha, mas sua defesa alega que os áudios podem ter sido adulterados; para a Polícia Federal e o Ministério Público, a acusação independe dessa perícia, ainda não concluída, pois existem outros elementos de prova; Mariz também protestou contra a decisão do Supremo Tribunal Federal, que validou as delações da JBS e manteve o ministro Edson Fachin como relator; "Hoje me preocupei muito com a decisão do Supremo ao dizer que delação premiada não pode ser anulada. Na verdade, o Supremo está se despojando de um direito-obrigação que ele tem, que é o de dizer o Direito"
23 DE JUNHO DE 2017
247 – O advogado de Michel Temer, Antônio Claudio Mariz, já demonstra os primeiros sinais de desânimo em relação às chances de seu cliente ser salvo.
"Se a perícia não mostrar nada, fica difícil", afirmou, segundo relato da jornalista Thais Bilenky.
Temer foi gravado pelo empresário Joesley Batista dando aval à compra do silêncio de Eduardo Cunha, mas sua defesa alega que os áudios podem ter sido adulterados.
Para a Polícia Federal e o Ministério Público, no entanto, a acusação independe dessa perícia, ainda não concluída, pois existem outros elementos de prova.
Mariz também protestou contra a decisão do Supremo Tribunal Federal, que validou as delações da JBS e manteve o ministro Edson Fachin como relator. "Hoje me preocupei muito com a decisão do Supremo ao dizer que delação premiada não pode ser anulada. Na verdade, o Supremo está se despojando de um direito-obrigação que ele tem, que é o de dizer o Direito", afirmou, durante palestra na Casa do Saber, em São Paulo. "Me espanta que o Supremo tenha lavado as mãos", afirmou o advogado.
O advogado de Temer também criticou a Lava Jato. "A Lava Jato vai acabar, um dia ela termina, mas o efeito imediato é terrível. Os juízes jovens querem ser os novos Moros [em referência a Sergio Moro], acham que são combatentes do crime, um grande erro", afirmou. "A sociedade precsia ser alertada de que um dia precisará de princípios."
Brasil 247
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