DOM, 18/06/2017 - 17:08
ATUALIZADO EM 18/06/2017 - 17:09
Responsável pela defesa do ex-presidente, Zanin avalia que “Batista foi incapaz de apontar qualquer ilegalidade cometida” | Foto: Felipe Araújo/Tempus Comunicação
do Sul21
Da Redação
Na entrevista exclusiva que concedeu à revista Época, da Editora Globo, neste final de semana, Joesley Batista, um dos donos do grupo J&S, do qual faz parte a JBS, disse que Lula e o Partido dos Trabalhadores (PT) “institucionalizaram a corrupção”. “Houve essa criação de núcleos, com divisão de tarefas entre os integrantes, em Estados, ministérios, fundos de pensão, bancos, BNDES. O resultado é que hoje o Estado brasileiro está dominado por organizações criminosas. O modelo do PT foi reproduzido por outros partidos”, afirmou ele.
Porém, para os advogados do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, a declaração deve “ser entendida no contexto de um empresário que negocia o mais generoso acordo de delação premiada da história”. Em nota lançada também no final de semana, eles apontam que “Batista foi incapaz de apontar qualquer ilegalidade cometida, conversada ou do conhecimento do ex-presidente Lula”.
No sábado, Michel Temer (PMDB), apontado por Batista como “líder da maior organização criminosa do país”, também se pronunciou desmentindo o empresário e avisando que prepara um processo contra ele.
Veja a nota completa dos advogados, assinada por Cristiano Zanin Martins:
A entrevista de Joesley Batista tem que ser entendida no contexto de um empresário que negocia o mais generoso acordo de delação premiada da história. Mesmo nesse contexto, Batista foi incapaz de apontar qualquer ilegalidade cometida, conversada ou do conhecimento do ex-presidente Lula. Considerações genéricas e sem provas de delatores não podem ser consideradas como dignas de crédito e não têm qualquer valor jurídico.
Cristiano Zanin Martins
Jornal GGN
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