No despacho em que devolveu o mandato ao senador tucano Aécio Neves (PSDB-MG), acusado de receber propina de R$ 2 milhões da JBS, dentre outros crimes, o ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello exaltou seus "fortes elos com o Brasil" e sua "carreira política elogiável"; "É brasileiro nato, chefe de família, com carreira política elogiável...", descreve; com sua decisão, Marco Aurélio reverteu liminar do relator da Lava Jato, Edson Fachin, que havia afastado Aécio das atividades parlamentares após um áudio revelar que ele havia pedido dinheiro ao empresário Joesley Batista; leia a íntegra da decisão
30 DE JUNHO DE 2017
247 - Na decisão em que devolveu ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) o direito de exercer suas atividades parlamentares, o ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello exaltou sua biografia e descreveu Aécio como alguém com "fortes elos com o Brasil" e "carreira política elogiável".
"É brasileiro nato, chefe de família, com carreira política elogiável – deputado federal por quatro vezes, ex-presidente da Câmara dos Deputados, governador de Minas Gerais em dois mandatos consecutivos, o segundo colocado nas eleições à Presidência da República de 2014 – ditas fraudadas –, com 34.897.211 votos em primeiro turno e 51.041.155 no segundo, e hoje continua sendo, em que pese a liminar implementada, senador da República, encontrando-se licenciado da Presidência de um dos maiores partidos, o Partido da Social Democracia Brasileira", escreveu o ministro.
Com sua decisão, Marco Aurélio reverte liminar do relator da Lava Jato, Edson Fachin, que havia afastado Aécio do Senado, depois que um áudio revelou que o tucano pediu R$ 2 milhões em propina ao empresário Joesley Batista, dono da JBS. Além de lhe devolver o cargo, Marco Aurélio restituiu o passaporte de Aécio Neves, que havia sido apreendido na decisão de Fachin. O caso foi parar nas mãos de Marco Aurélio porque o relator da Lava Jato redistribuiu parte do processo relacionado à Operação Patmos, que prendeu a irmã e o primo do tucano - já soltos.
Em nota, Aécio disse ter recebido a decisão com "absoluta serenidade", "da mesma forma como acatei de forma resignada e respeitosa a decisão anterior. Sempre acreditei na Justiça do meu país e seguirei no exercício do mandato que me foi conferido por mais de 7 milhões de mineiros".
Leia abaixo a íntegra da decisão:
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