terça-feira, 20 de junho de 2017

Derrota Temer: Reforma trabalhista é rejeitada por Comissão do Senado

TER, 20/06/2017 - 15:53
ATUALIZADO EM 20/06/2017 - 16:12

Foto: Lula Marques

Jornal GGN - Conforme já tecido pelo líder do PMDB no Senado e uma das principais figuras de oposição ao governo Temer no Congresso, Renan Calheiros, a reforma Trabalhista sofreu derrota na Casa e teve o relatório rejeitado por 10 votos, contra 9 favoráveis na Comissão de Assuntos Sociais (CAS).

Foi a primeira derrota do mandatário peemedebista junto à sua grande base aliada no Legislativo. Dentro do Planalto, o governo esperava uma vitória de 11 votos favoráveis ao texto de autoria do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES). Mas não obteve.

Ainda assim, mesmo com o sinal negativo, a matéria foi encaminhada para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde deve ser lida amanhã (21). Na segunda Comissão, o presidente Michel Temer cria expectativa de reverter o cenário, encaminhando a reforma para o plenário antes mesmo do fim do primeiro semestre parlamentar.


Entretanto, aqueles que foram contra o texto lembraram que a derrota na Comissão de Assuntos Sociais mostra que o peemedebista não detém de amplo apoio junto a parlamentares, quando o tema são as pautas econômicas propostas por seu governo.

"Derrota significa que a reforma por si só nesse momento só vai agravar a circunstância econômica. Está ficando claro que somar terceirização e reforma trabalhista, vai desempregar ainda mais. Sem investimento não tem como levantar a economia, gerar renda ou emprego", disse Renan, em dura crítica.

O peemedebista defendeu o diálogo para a aprovação de reformas como esta, que devem ser amplamente debatidas entre todos os setores da sociedade e no Congresso. O texto impõe que o acordo entre patrões e empregados se sobrepõe sobre os direitos trabalhistas assegurados em lei. 

No lugar do texto do senador tucano, a Comissão aprovou um texto alternativo do senador Paulo Paim (PT-RS), que recomenda a rejeição integral da reforma trabalhista. Os relatórios das Comissões são, contudo, apenas orientações para o Plenário votar, sendo que o texto de Ferraço é o que segue para análise.

Já para o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), o resultado "nada muda", uma vez que os três relatórios serão enviados ao Plenário do Senado e analisados separadamente. "Os três relatórios irão para o plenário. Não muda nada, não muda a posição do governo, não muda o plano de aprovar", defendeu.



Jornal GGN

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