POR FERNANDO BRITO · 30/06/2017
Post publicado pelo site de extrema-direita da turma do Diego Mainardi:
Só Moro prende os criminosos
Os casos de Aécio Neves e Rodrigo Rocha Loures confirmam aquilo que já se sabia: só Sergio Moro prende os criminosos.
Por isso ele é tão temido pela ORCRIM.
Por isso ele é o homem mais popular do Brasil.
Nada pode ser mais revelador do que é o discurso de direita e a obra da pusilanimidade de nosso Supremo Tribunal Federal.
Permitiu que um juiz de comarca, com prisões a granel e delações obtidas por este meio fizessem de tudo contra aqueles que não só os conduziram à toga mas não lhes cobraram, por isso, sabujice.
Nos excessos da Lava Jato ou nas estrepolias de Cunha mantiveram uma “legalidade da ausência” enojante.
O Gilmar Mendes que agora esbraveja contra o “Direito Penal de Curitiba” é o mesmo que usou gravações ilegais para bloquear a posse de Lula na Casa Civil, cartada política que poderia ter salvado o mandato da presidenta que foi eleita.
Outros reduziram o Supremo ao papel de “despachante” de Cunha, cuidando de dar regularidade formal ao que era uma monstruosidade jurídica, uma aberração moral e um atentado à democracia.
Abaixaram-se, abaixaram-se até que, como dizia minha avó, algo lhes aparecesse.
Até que, no julgamento desta semana, a posição lhe valesse a dor íntima de reconhecerem-se inermes diante do “julgamento” e da “pena” negociados pelo Ministério Público, numa usurpação de funções que os fazia mais decorativos do que Temer se queixava de ser.
Numa reação aparentemente coordenada, no último dia de funcionamento da Corte, despejam uma onda tardia de legalismo que beneficia, claro, Temer e Aécio, PMDB e PSDB, os artífices do golpe.
Na moral vigente, a do “prende e arrebenta”, desmoralizam-se.
Mas expõe Moro à contradição – para a direita, mérito – de prender com motivos muito menos convincentes?
Como explicar que se mantenha preso Antonio Palocci, porque ele tem “grande influência” e poderia interferir com a Justiça e soltar um senador da República e presidente de partido essencial e sócio do poder?
Como manter preso João Vaccari, absolvido de uma sentença feroz, em nome de outra, ainda não examinada, baseada nas mesmas confissões que foram consideradas insuficientes em um tribunal superior?
A razão é simples e está expressa pela turma do Mainardi: “só Moro prende”.
Ou, alternativamente, como está na Folha, hoje: “Só Bolsonaro mata”.
Tijolaço
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