Ex-chanceler e ex-ministro da Defesa dos governos Lula e Dilma, respectivamente, rechaça duramente a ameaça do presidente dos Estados Unidos em usar a força militar na Venezuela; "A ameaça de uso da força tem que ser repudiada com veemência. Além de violar princípios básicos do Direito Internacional, ameaça trazer uma guerra civil, um novo Vietnã para a América do Sul e a nossa fronteira"; o ex-ministro disse ainda que "uma guerra civil trará sofrimentos indizíveis ao povo venezuelano"; "Não podemos ficar indiferentes diante da agressão e da tragédia", defendeu
12 DE AGOSTO DE 2017
247 - O ex-chanceler Celso Amorim repudiou com veemência a ameaça do governo dos Estados Unidos de fazer uma intervenção militar na Venezuela.
"A ameaça de uso da força tem que ser repudiada com veemência. Além de violar princípios básicos do Direito Internacional, ameaça trazer uma guerra civil, um novo Vietnã para a América do Sul e a nossa fronteira", declarou o diplomata, que também foi ministro da Defesa.
"Embora não tenha dúvida sobre quem será vitorioso e quem será derrotado, uma guerra civil trará sofrimentos indizíveis ao povo venezuelano", previu Amorim. "Não podemos ficar indiferentes diante da agressão e da tragédia", defendeu.
Sua fala foi em resposta à declaração do presidente Donald Trump nesta sexta-feira 11, quando disse a jornalistas em New Jersey considerar a "opção militar" na Venezuela. "Temos muitas opções para a Venezuela, incluindo uma possível opção militar se for necessário", disse.
O líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ), divulgou uma nota neste sábado 12 que também condena a ameaça de Trump. "Caso a ameaça de intervenção militar de Trump se concretize, o conflito interno da Venezuela se internacionalizará, transformando a América do Sul em um novo Oriente Médio", diz o comunicado.
Leia abaixo a íntegra:
NOTA
A Bancada do PT no Senado condena veementemente as declarações do presidente Donald Trump de que não descarta uma intervenção militar na Venezuela.
BrasilBrabR Nesse caso, todos os países da região, inclusive o Brasil, sofrerão terríveis consequências e a integração regional plasmada no Mercosul, na Unasul e na Celac, que custou décadas de esforços, será desarticulada.
A lamentar em todo esse episódio a posição do governo golpista do Brasil, que se presta a fazer o baixo e míope papel de braço auxiliar dos interesses geopolíticos norte-americanos, em vez de defender os interesses reais do País, que, conforme seus princípios constitucionais e sua melhor tradição diplomática, sempre apostou na moderação, no diálogo e na solução pacífica das controvérsias.
A bancada apela para o bom senso e a racionalidade e insta todas as forças políticas, venezuelanas e internacionais , a que voltem a apostar no diálogo e numa solução democrática e pacifica para o grave conflito por que passa o nosso vizinho.
Por último, a Bancada envia sua total solidariedade ao povo venezuelano, nesta hora difícil e delicada.
Líder da Bancada do PT no Senado, senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
Brasil 247
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