No primeiro dia de sua caravana pelo Nordeste, Lula foi recebido com festa em Salvador, conversou com trabalhadores e fez um discurso inflamado no lançamento da 3ª fase do Memorial da Democracia; "É proibido o povo ser alegre? Esse país chegou a ser quase a 5ª economia mundial. E olha o que eles fizeram", afirmou o ex-presidente; "Se um governante governa um país e numa crise começa a vender o patrimônio desse país, esse governante deveria pedir desculpas e ir embora", emendou; Lula também criticou a decisão de um juiz federal que proibiu a Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) de conceder-lhe o título de doutor honoris causa. "Queria dizer ao vereador do DEM que ele tem o direito de não gostar de mim, porque eu não gosto dele. O título de Honoris Causa já recebi"
17 DE AGOSTO DE 2017
247 - No primeiro dia da caravana que rodará os nove estados do Nordeste, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou agenda extensa em Salvador nesta quinta-feira, 17. Recepcionado por centenas de pessoas aos gritos de "olê, olê, olê, Lula, Lula", Lula visitou obras da linha 2 do metro, conversou com trabalhadores. O ex-presidente também reencontrou, 11 anos depois, o menino Everton, de Lauro de Freitas, que ficou imortalizado numa foto fazendo um carinho em Lula (leia mais).
Durante o lançamento da 3ª fase do Memorial da Democracia, Lula destacou o histórico de lutas dos baianos. "Por que que é importante a gente reconstituir a história? Porque geralmente ela é contada pelos dominadores. E aos poucos vamos entendendo. Foi aqui na Bahia que essa história começou. Do extermínio dos indígenas à escravidão dos africanos", disse Lula.
O ex-presidente voltou a defender a legalidade da construção da sede do Instituto Lula em São Paulo e também criticou a decisão de um juiz federal que proibiu a Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) de conceder-lhe o título de doutor honoris causa. "Queria dizer ao vereador do DEM que ele tem o direito de não gostar de mim, porque eu não gosto dele. O título de Honoris Causa já recebi", afirmou.
"Eles cassaram a Dilma, mas não podem cassar as coisas boas que ela fez por esse país. E não podem apagar minha história. Esse Memorial ainda vai dar o que falar. Não é possível que esse povo se informe pela Rede Globo de Televisão. Tenho orgulho de ter vivido nesse país no período mais democrático da política. Foram dezenas de conferências pra definir políticas públicas", acrescentou o presidente, sendo interrompido pelo gritos de "Fora, Temer, e leve ACM".
Lula voltou a criticar o governo de Michel Temer. "É proibido o povo ser alegre? Esse país chegou a ser quase a 5ª economia mundial. E olha o que eles fizeram. Se um governante governa um país e numa crise começa a vender o patrimônio desse país, esse governante deveria pedir desculpas e ir embora. O Brasil tem vergonha de construir heróis. Todo lugar que você vai tem herói", afirmou.
Lula encerrou seu discurso com um aviso aos golpistas: "Vocês vão pagar com a mesma moeda o que você fizeram com a democracia brasileira. E em 2018 a gente vai eleger uma pessoa democraticamente."
Leia, abaixo, material do Instituto Lula sobre o Memorial da Democracia:
O povo brasileiro hoje tem liberdade para se expressar, para se organizar e se manifestar. Mas nem sempre foi assim. A democracia não caiu do céu. Demandou muita luta. Custou e custa o sacrifício de muitos brasileiros e brasileiras, desde os tempos do Brasil-Colônia até hoje. O Memorial da Democracia, portal multimídia interativo do Instituto Lula, celebra essa história viva, escrita por todos que durante cinco séculos, lutaram pela justiça e pela liberdade.
Concebido por uma equipe de jornalistas, historiadores, educadores, artistas e pesquisadores, o Memorial é um espaço dedicado às lutas na construção de um país mais justo, livre e soberano. Seu objetivo é colocar à disposição de todos os brasileiros conteúdos dinâmicos sobre a longa caminhada desde a Colônia até o século 21 em busca de democracia com justiça social.
Lançado no final de 2015, o Memorial já contava com quatro períodos nossa história. Agora, o Instituto Lula lança um quinto período. Os anos de 2003 a 2010 foram anos de mais democracia e mais oportunidades. Salários e empregos cresceram e impulsionaram a economia brasileira, que bateu recordes de produção e de consumo. Uma parte da sociedade que antes não tinha voz passou a influenciar na sociedade, na cultura, a economia e no governo. Foi o boom da classe C.
Em todos os módulos, a navegação pode ser feita através da linha do tempo e dos extras. A linha do tempo oferece cartões em ordem cronológica com informações sobre os principais fatos e eventos. Trata-se da forma básica de navegação. Ela é complementada pelos extras, que mergulham mais fundo em alguns temas que não se prendem a datas específicas, atravessando períodos mais longos. O novo lançamento inclui 150 episódios e 5 extras. No total, o Memorial já tem mais de 900 episódios e 40 extras.
O Memorial tem uma proposta multimídia, oferecendo aos visitantes textos, fotos, charges, desenhos, cartazes, panfletos e documentos, fac-símiles de notícias da imprensa, exemplares virtuais de jornais, áudios com trechos de canções e discursos, segmentos de filmes e vídeos etc. No caso dos Extras, a linguagem é intencionalmente mais leve e lúdica, buscando dialogar com o público jovem.
Guia do educador
Construído em parceria com o Projeto República, da Universidade Federal de Minas Gerais, o Memorial da Democracia vai ganhar ainda neste ano um "guia do educador". Concebido na UFMG, esse guia será direcionado a professores que desejam usar o conteúdo multimídia do Memorial nas salas de aula. Além dos guias impressos, o material ficará disponível para download gratuito na internet.
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