sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Canibal tucana Ana Cristina Luzardo de Castro é condenada

Em 16 de outubro de 2006, ao chegar a um dos bares mais tradicionais da região, o Jobi, a publicitária Danielle Corrêa Tristão foi hostilizada e teve a ponta do dedo anelar esquerdo arrancada ao ser mordida pela jornalista Ana Cristina Luzardo de Castro, 39.

A publicitária vestia uma camisa com a inscrição "Lula, sim". O Leblon é um dos bairros em que mais são vendidas camisetas com os dizeres "Lula, não. Abaixo a corrupção".

A venda das camisetas anti-Lula está concentrada em bares do bairro. "Uso para ver se a galera se toca e não vota no Lula", justificou o mecânico Edgar Freire Machado Guimarães.

"Quando eu, meu marido e dois amigos chegamos ao bar, fomos vaiados e hostilizados por causa da camiseta "Lula, sim" que vestíamos. O garçom até nos pediu que não nos sentássemos, mas resolvemos ficar em uma mesa do lado de fora. Durante todo o tempo, fomos alvos de bolinhas de papel vindas de diversas partes e de aviõezinhos feitos com santinhos do candidato Geraldo Alckmin. Teve até um senhor que me ameaçou com um prato", afirmou Danielle.
Dani cercada de perigosos petralhas
"Depois de pagar a conta, fui ao banheiro, dentro do bar, e, ao sair, duas mulheres se deram o direito de tirar meu chapéu. Temendo confusão, meu marido me puxou para fora, mas as duas vieram correndo atrás de mim. Uma delas me agarrou pelos cabelos e acabou mordendo meu dedo. Quando percebi, a mão já estava sangrando, e parte do dedo estava no chão", disse a publicitária.

A canibal foi condenada a coisa nenhuma, mas perdeu sua condição de primária. Na próxima vez que tentar expor suas "opiniões" com os dentes irá para a cadeia.

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O Esquerdopata


A farra da caserna



Mauricio Dias e Rodrigo Martins
Desde 15 de agosto, a Procuradoria-Geral da República analisa uma representação encaminhada pelo Ministério Público Militar. Trata-se de um pedido de investigação “em desfavor” do comandante do Exército, general Enzo Martins Peri (foto), citado num espinhoso escândalo de corrupção, talvez o mais ruidoso da Força em seus 363 anos de história. Ao todo, 25 oficiais de variadas patentes, incluindo sete generais e oito coronéis, são suspeitos de integrar um esquema que fraudou licitações, superfaturou contratos, fez pagamentos em duplicidade e pode ter desviado dos cofres públicos ao menos 15 milhões de reais entre 2003 e 2009, segundo os cálculos do Tribunal de Contas da União (TCU).

O rombo, na verdade, pode ser maior. Apenas um dos envolvidos no escândalo, o major Washington Luiz de Paula, acusado de montar a rede de empresas fantasmas beneficiadas no esquema, acumulou uma fortuna pessoal que surpreendeu os investigadores.

Dados obtidos por CartaCapital revelam que o militar, com renda bruta mensal estimada em 12 mil reais, teria cerca de 10 milhões de reais de patrimônio em imóveis, incluindo um apartamento na Avenida Atlântica, em Copacabana, bairro nobre na zona sul do Rio, estimado em modestos 880 mil reais, certamente por falta de atualização. Seria proprietário ainda de duas casas na Barra da Tijuca, avaliadas em 2,9 milhões de reais cada. Em nome de seu sogro, que recebe uma aposentaria de cerca de 650 reais, estaria registrado um luxuoso apartamento de 2,8 milhões de reais na Barra. O inquérito que apura o caso revela, ainda, que o major movimentou mais de 1 milhão de reais em sua conta em apenas um ano.

Fadado a decidir se indicia ou não o chefe do Exército, o procurador-geral Roberto Gurgel terá ainda de tomar uma posição também sobre o foro privilegiado dos generais, que só podem ser julgados pelo Superior Tribunal Militar (STM), onde até agora um único general foi condenado, e posteriormente absolvido no Supremo Tribunal Federal.

Mauricio Dias e Rodrigo Martins

Carta Capital

Aprovação de Dilma chega a 71%


Em nove meses, o governo Dilma Rousseff tem uma marca, adquirida há pouco tempo: a da “faxina” contra a corrupção. Isso fez com que a avaliação de seu governo crescesse para 51% em setembro, ante os 48% registrados na pesquisa anterior, em julho, da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), divulgada nesta sexta-feira 30.

A aprovação da presidenta também cresceu em setembro (71%) na comparação com julho (67%). Sobre a confiança na maneira como ela vem governando o País, saiu dos 65% e alcança agora 68%.

De acordo com a pesquisa, o tema corrupção foi o mais lembrado pelos eleitores no noticiário. Exatamente 19% deles citaram as denúncias de corrupção nos Ministérios dos Transportes, Agricultura e Turismo, enquanto 13% mencionaram a “faxina” contra a corrupção movida pela presidente da República – isto é, as demissões dos envolvidos nas denúncias.

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Outro dado trazido pelo estudo mostra o elevado crescimento da avaliação positiva do governo na região Sul – que, em julho, eram de 45%. Hoje, 57% dos entrevistados consideram a administração de Dilma “ótima” ou “boa”. Em contrapartida, houve declínio na avaliação positiva no Norte/Centro-Oeste e no Nordeste, com 43% (era de 45% em julho) e 50% (contra 52% na pesquisa anterior), respectivamente.

Desaprovação

A pesquisa CNI/Ibope mostra que, em setembro, das nove áreas analisadas, somente três tiveram avaliação positiva: combate à fome e à pobreza, com 59%, combate ao desemprego, com 53%, e meio ambiente, com 54% de avaliação positiva.

As áreas com pior avaliação são impostos e saúde. Em relação aos impostos, o índice de desaprovação chega a 66%. Já em relação à saúde, a avaliação negativa é de 67%. Em setembro, o percentual de brasileiros que desaprova a taxa de juros do país é de 59%. No combate à inflação, a avaliação negativa do governo chega a 55%. Na educação, esse percentual é de 51% e, na segurança pública, de 59%.

A boa avaliação do governo e de Dilma Rousseff pelos brasileiros contribui para o alto otimismo da população sobre o futuro do governo. Segundo a pesquisa, 56% dos entrevistados em setembro têm expectativas favoráveis em relação ao governo. Em julho, esse percentual era de 55%.

Herança

A aprovação do governo Dilma por 51% da população foi maior do que a dos governos Lula e Fernando Henrique Cardoso em pesquisas realizadas em setembro no primeiro ano do mandato de ambos. Em setembro de 2003, a avaliação positiva de Lula foi de 43% e a de FHC registrou 40% em setembro de 1995.

Para 55% da população, o governo da presidenta Dilma está sendo igual ao de Lula. Em julho, esse percentual era de 57%. Em setembro, cresceu o percentual dos que consideram o governo de Dilma melhor do que do seu antecessor: 15% ante 11%, em julho. Também houve queda dos que avaliaram que o atual governo é pior do que o anterior: 26% contra 28% em julho.

A pesquisa CNI/Ibope ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios entre os dias 16 e 20 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos e o grau de confiança é de 95%.

Carta Capital

Vasco TV



You Tube

Corrida pela inovação abrange, agora, a Defesa

Há uma verdadeira corrida pela inovação e tecnologia em curso no Brasil. Da parte do governo, a presidente Dilma Rousseff acaba de assinar uma Medida Provisória que desonera empresas produtoras de equipamentos de defesa de impostos como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Programa de Integração Social (PIS), Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP) a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS).

A medida criará um regime especial de tributação (RETID) na defesa. Em seu discurso, a presidenta resumiu a iniciativa como "um passo importante para o plano estratégico de defesa nacional". Celso Amorim, ministro da área, foi mais estusiasta: "Hoje é um dia histórico para a área de indústria estratégica de defesa". A MP prevê que os fabricantes de produtos militares ficarão isentos dos tributos mencionados por cinco anos.

A medida deverá beneficiar, de imediato, 186 empresas que se encaixam dentro dos requisitos exigidos. Foram promulgadas, ainda, regras para compra e contratação de sistemas de defesa para o país, além de incentivos para o desenvolvimento de novas tecnologias. A redução de impostos aqui prevista, informou Amorim, "não irá onerar o contribuinte" porque estará sendo oferecido um preço menor pelo produto.

Alavancando a inovação

Somam-se a essas medidas macro outras, em diversos setores, que contribuem para alavancar o desenvolvimento da ciência e da inovação na economia brasileira. Parte crucial desse esforço é formar profissionais em tecnologia de ponta. Um exemplo nesse sentido é o que Embraer está fazendo ao selecionar engenheiros recém-formados das mais diversas áreas para o seu programa de especialização em engenharia, o PEE. Nele, a empresa investe R$ 5 milhões por turma - são duas por ano – e forma entre 120 a 150 engenheiros por ano para o desenvolvimento de aviões.

Também na mineiração há sinair claros de investimentos. A AngloGold Ashanti, terceira maior mineradora de ouro do mundo, por exemplo, não faz segredo do seu plano de investimentos 2010-2017, de US$ 1,75 bilhão no Brasil. Com isso, há anos em que o Brasil é o destinatário de até 15% do total de investimentos do grupo em todo o mundo. A idéia é turbinar a produtividade de suas operações no país e aumentar em 66% para 700 mil onças em 2016 (uma onça equivale a 28,35 gramas).

Em busca do tempo perdido

As últimas medidas capitaneadas por nossa presidenta, na prática, vêm coroar o esforço que todo o país começa a fazer - empresas, universidades, governos - de ganhar o tempo perdido nas últimas décadas.

No caso específico da pesquisa tecnológica e desenvolvimento militar, há efeitos sobre toda cadeia produtiva nacional, como demonstra a experiência mundial. Não há nenhuma razão para o nosso país não produzir aqui o que hoje importamos em todos setores da defesa nacional. Destaque seja feito às áreas de TI, telecomunicações, eletrônica, espacial, novos materiais e nanotecnologia. Estamos assistindo a uma sintonia da indústria de defesa nacional com a nossa política industrial, agora sintetizada no Brasil Maior.

Blog do Zé Dirceu

No tucanato, fofocas, boatos e intrigas proliferam como mato

A comunicação feita há dois dias pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) a seus pares parlamentares em jantar na casa do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), de que deve disputar o Palácio do Planalto em 2014 "contra Lula ou Dilma" foi a senha para desencadear uma série de boatos na seara tucana.

Nos bastidores do tucanato as interpretações são as mais diversas, mas terminam convergindo para alguns pontos de consenso.

1º, ele teria feito o anúncio por causa do sucesso (e visibilidade) do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, ao eleger a mãe, deputada Ana Arraes (PSB-PE) para o TCU; 2º, porque Eduardo já estaria em campo em pré-campanha presidencial; 3º, porque o mineiro Aécio quer combater chapas que tem surgido para o Planalto com Eduardo na cabeça e ele de vice; e 4º , porque o PSD nasceu com tal ímpeto e número de parlamentares que se os tucanos não fizerem algo já, o novo partido elege mais prefeitos em 2012 e mais deputados em 2014 do que o PSDB.

Como vocês vêem, fofocas, boatos e plantações na seara tucana proliferam como mato...Mas o fato, o verdadeiro, é que os tucanos estão perdidos. Não tem estratégia, plano e rumos nacionais, a não ser esmagar a oposição em Minas Gerais e aparelhar a máquina pública em São Paulo - os dois principais Estados que governam - com fins eleitorais.

Blog do Zé Dirceu

Na questão do IPI sobre veículos, o governo está errado

Leio que o governo decidiu não revogar a alta do IPI determinada para carros importados, mas programa aliviar esse imposto para montadoras que se instalarem no país e que estabeleçam prazo para atingir 65% de conteúdo nacional em sua produção.

A ideia que, inclusive, já estaria em discussão com a Receita Federal, seria estabelecer para estas novas indústrias automobilísticas uma cobrança de IPI escalonada.

Está errada essa sua política. O governo não pode ter ilusões! Há uma guerra comercial e cambial no mundo que só tende a se agravar.

Não pode, então, ceder à pressão dos importadores de veículos. Até porque, mesmo com IPI elevado, importar carros com câmbio (moeda) administrado em outros países e flutuante aqui é voltar a situação anterior - em um ano cresceu a importação sem limites, desenfreada mesmo.

Blog do Zé Dirceu

Grande vitória contra a privatização da Saúde que os tucanos querem impor em SP

Pela 2ª vez a Justiça de São Paulo impede que o governo tucano do Estado prossiga com seu plano nefasto de privatização da Saúde, com a oficialização da "dupla porta" de entrada em hospitais da rede pública, uma para o paciente do sistema público e outra para os pagantes de convênios e planos de saúde privados.


Desde o meio desse ano o governo Geraldo Alckmin (PSDB) tenta implantar o decreto que destina (na prática, reserva) 25% dos leitos de hospitais da rede pública a convênios e planos particulares. Até já definiram por onde iniciariam essa privatização, o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octávio Frias de Oliveira (ICESP) e o Hospital dos Transplantes.

A Promotoria Pública de São Paulo recorreu à justiça contra a medida e no começo deste mês, o juiz Marcos de Lima Porte, da 5ª Vara da Fazenda Pública já havia negado pedido do governo, afirmando que o decreto de Alckmin é uma "afronta ao Estado de Direito e ao interesse da coletividade".

Governador recorre e TJ-SP perde na Justiça


O governador recorreu contra essa decisão, mas agora o Tribunal de Justiça do Estado (TJ-SP) negou-lhe o recurso. Dessa forma, obriga Alckmin a esperar o julgamento final da ação civil pública movida pela Promotoria contra a destinação dos leitos aos convênios.

Na negativa, inclusive, o desembargador José Luiz Germano, da 2ª Câmara de Direito do TJ-SP é muito claro: "Estado ou as organizações sociais por ele credenciadas, não têm porque fazer o atendimento público da saúde com características particulares".

Alckmin tem se defendido afirmando que seu decreto visa apenas levar convênios e planos de saúde privado a pagarem pelo atendimento na rede pública para a qual encaminham a maioria de seus pacientes. Os tucanos têm como um de seus princípios fundamentais a política de privatização, mas envergonham-se sempre de assumi-la.

Convênios e planos não pagam de jeito nenhum

Sabem, também, que a desculpa de Alckmin e de seu decreto é esfarrapada, porque os convênios não pagam. Há 13 anos, desde 1998 quando a obrigatoriedade desse pagamento foi instituída, eles manobram e protelam a tramitação na Justiça do processo que os obriga a pagar pelo atendimento de seus pacientes na rede pública.

Em sua sentença o desembargador Germano derruba a desculpa de Alckmin destacando que já há duas leis que permitem a cobrança dos planos pelo serviço feito de forma pública - uma do governo federal e outra do próprio governo de São Paulo. "A saúde é um dever do Estado, que pode ser exercida por particulares. (Mas) Esse serviço público é universal, o que significa que o Estado não pode distinguir entre pessoas com plano de saúde e pessoas sem plano de saúde", afirma o magistrado.

A decisão do TJ-SP foi considerada "histórica" pelo promotor de Justiça e Direitos Humanos Arthur Pinto Filho. "É a primeira vez que um tribunal brasileiro dá uma decisão tão forte, que deixa claro o absurdo que é o decreto do governo de São Paulo. Foi uma vitória da sociedade brasileira", disse.

Blog do Zé Dirceu

Chávez nega possibilidade de estatizar todas as empresas privadas em funcionamento na Venezuela

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, negou que o governo pretenda nacionalizar todas as indústrias que funcionam no país. A possibilidade surgiu desde que Chávez nacionalizou a empresa de barcas Conferry, responsável pelo transporte para a Ilha Margarita – um dos principais pontos turísticos do país. Mas Chávez afastou a alternativa de nacionalização geral.

“Seria uma loucura e o país ficaria ingovernável. Precisamos de um setor privado responsável. [Precisamos da] pequena propriedade e média propriedade”, disse o presidente, em entrevista por telefone para a emissora estatal de televisão VTV.

Segundo Chávez, os estrangeiros que quiserem investir na Venezuela serão “bem-vindos”. O presidente disse que a região de Orinoco tem projetos atraentes e que podem despertar o interesses dos investidores. De acordo com ele, o “modelo econômico venezuelano é produtivo e diversificado”.

O presidente disse ainda que o atual modelo político e econômico adotado na Venezuela refelete a igualdade social, pois permite a “democracia participativa, popular e verdadeira”. Demonstrando indignação com os boatos sobre o agravamento do seu estado de saúde, Chávez reagiu condenando os responsáveis pelas informações.

"É uma coisa mórbida. É bruto e desumano, mas isso é o mundo", disse Chávez. "O que eles [os que suspeitam do agravamento do seu estado de saúde] querem?. Querem que retire o tumor maligno e mostre para eles? Isso, eu não vou, por favor" disse ele, negando um novo diagnostico de câncer, desta vez na região do cólon.

Desde junho, Chávez se submete a um tratamento para a cura de câncer. Fez quatro sessões de quimioterapia, perdeu mais de 20 quilos e está careca.

Agência Brasil

Setor público economizou R$ 4,56 bilhões em agosto para pagar juros da dívida

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O superávit primário (economia para o pagamento de juros da dívida pública) do setor público consolidado – governo federal, estados, municípios e empresas estatais – chegou a R$ 4,561 bilhões em agosto, informou hoje (30) o Banco Central (BC). No mesmo mês de 2010, esse resultado ficou em R$ 5,193 bilhões.

Mas a economia não foi suficiente para cobrir os gastos com juros, que chegaram a R$ 21,663 bilhões, ante R$ 15,893 bilhões registrados em igual período do ano passado. Com isso, o déficit nominal, que são receitas menos despesas, incluídos os gastos com juros, ficou em R$ 17,101 bilhões, contra R$ 10,699 bilhões de agosto de 2010.

Em agosto, o Governo Central (Banco Central, Tesouro Nacional e Previdência) registrou superávit primário de R$ 2,031 bilhões, enquanto os governos estaduais contribuíram com R$ 2,697 bilhões. No mês passado, os governos municipais não contribuíram com o esforço fiscal. As empresas estatais, excluídos os grupos Petrobras e Eletrobras, registraram superávit primário de R$ 166 milhões.

Nos oito meses do ano, o superávit primário do setor público consolidado chegou a R$ 96,540 bilhões, contra R$ 48,781 bilhões de janeiro a agosto de 2010. O governo elevou em R$ 10 bilhões a meta de superávit primário do setor público, para R$ 127,9 bilhões, este ano. O esforço adicional deverá ser feito pelo Governo Central, que, nos oito meses do ano, registrou superávit primário de R$ 68,338 bilhões.

Os governos estaduais tiveram superávit primário de R$ 24,408 bilhões e os municipais contribuíram com R$ 2,049 bilhões. As empresas estatais registraram R$ 1,744 bilhão.

De janeiro a agosto, os gastos com juros chegaram a R$ 160,207 bilhões, ante R$ 125,045 bilhões de igual período do ano passado. De acordo com o relatório do BC, o aumento dos juros este ano em relação a 2010 foi influenciado, “principalmente, pelo patamar mais elevado da taxa Selic acumulada no ano e pela maior variação do IPCA [Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo], indicadores que incidem sobre parcela significativa dos títulos federais”.

No acumulado do ano, o déficit nominal ficou em R$ 63,667 bilhões, ante R$ 76,263 bilhões.

Em 12 meses encerrados em agosto, o superávit primário chegou a R$ 149,455 bilhões, o que corresponde a 3,78% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB). Os gastos com juros chegaram a R$ 230,531 bilhões ou 5,83% do PIB. Nesse mesmo período, o déficit nominal ficou em R$ 81,076 bilhões, que correspondem a 2,05% do PIB.

Agência Brasil

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Dirceu atrai políticos a lançamento de livro sobre o pós-cassação


Por Dani Tristão

Ex-ministro José Dirceu lança o livro "Tempos de Planície", coletânea de artigos publicados depois da cassação do mandato de deputado. Sessão de autógrafos atrai ministros, jornalistas e políticos de diversos partidos e mostra que petista ainda desperta respeito e curiosidade. No livro, Dirceu diz que crise de 2005 foi 'rede de mentiras' e a 'maior campanha política e midiática' contra Lula e o PT.

BRASÍLIA – O Brasil derrotou seu maior rival no futebol, a Argentina, por dois a zero na noite dessa quarta-feira (28). Enquanto a seleção jogava, o ex-ministro José Dirceu saboreava uma vitória particular. Mesmo disputando a atenção com a “pátria de chuteiras”, conseguiu atrair parcela não desprezível da classe política para o lançamento de um livro em que reúne artigos escritos depois da cassação do mandato de deputado.

A noite de autógrafos reuniu ministros, jornalistas, políticos de diversos partidos, amigos, admiradores. A todos que esperavam - numa fila de mais de uma hora - por uma dedicatória num exemplar de R$ 40 de “Tempos de Planície”, o ex-ministro atendia com paciência e sorrisos. Vestindo calça jeans, camisa branca e blazer azul marinho, não raro teve de ir além do autógrafo, distribuindo abraços e posando para fotos.

“A presença de tantas pessoas aqui é uma renovação da confiança nele, alguém que tem dedicado a vida a um projeto de desenvolvimento do Brasil e de justiça social”, diz a ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário (PT).

Tradicional reduto de sessão de autógrafos em Brasília – duas semanas antes, abrigara, com menos público, lançamento de livro do ex-ministro da Saúde Adib Jatene e do atual, Alexandre Padilha -, o restaurante Carpe Diem também viu passar por seus corredores e mesas os ministros Ideli Salvatti (PT, Relações Institucionais), Fernando Pimentel (PT, Desenvolvimento), Luiz Sérgio (PT, Pesca), Orlando Silva (PCdoB, Esporte).

Fernando Haddad (PT), ministro da Educação, teve a companhia de um dos futuros rivais pela prefeitura de São Paulo, Gabriel Chalita (PMDB), deputado que já foi secretário da Educação em São Paulo. O PSB mandou seu vice-presidente, Roberto Amaral. Ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o senador Armando Monteiro Neto (PE) era um dos representantes do PTB.

Até a classe artística esteve representada, na figura do cineasta Luiz Carlos Barreto, produtor de um filme sobre o ex-presidente Lula.

Mas o que explica presenças ilustres em evento de um personagem afastado formalmente da política há quase seis anos? “É um livro que vale à pena ler. Ele foi testemunha de muita coisa”, diz o senador Cristovam Buarque (PDT-DF).

“Ele é uma das lideranças que fizeram parte da UNE, como o José Serra, o Aldo Rebelo, e que contribuíram para moldar o cenário da política brasileira”, afirma o presidente da União Nacional dos Estudantes, Daniel Iliescu. “Ele continua sendo uma referência para o movimento estudantil, apesar de algumas divergências que temos.”

Fantasma sem nome
Durante a noite, respira-se o ar do “mensalão”, caso a que o ex-ministro refere-se na introdução do livro sem mencionar a palavra e que é um dos motivos a atrair a atenção de tantos amigos dispostos a colaborar com – mais um – ato de desagravo a Dirceu. E, claro, a atrair inúmeros jornalistas, dispostos a explorar o assunto, como fez, na base do humor, a equipe do programa de TV CQC.

Para Dirceu, como ele mesmo diz na abertura do livro, o ano de 2005 assistiu a uma “rede de mentiras” e à “maior campanha política e midiática já construída contra o PT e o governo do presidente Lula”, com o “claro intuito de derrubar o governo Lula ou impedir sua reeleição em 2006.”

“Não tenho a menor dúvida de que ele foi injustiçado, e o tempo vai dizer isso”, diz Marco Aurélio Garcia, petista que é assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais.

“Acredito que houve uma avaliação naquela realidade política. Hoje, talvez ele fosse inocentado. Mas o caso está no STF, que é quem vai julgar”, afirma o deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP). Algoz de Daniel Dantas, o delegado diz que, em suas investigações, jamais encontrou “fragmento” de ligação entre Dirceu e o banqueiro condenado.

Se Dirceu evita, no livro, a palavra “mensalão”, o ex-presidente do PT José Genoino evita o próprio assunto. "Por que o senhor está aqui?", pergunta a reportagem. “Ele é um amigo, e isso é um evento político.” "Olhando seis anos para trás, o que o senhor diria daquele episódio?" “Não falo sobre isso, só no livro [Entre o Sonho e o Poder]”.

O livro de Dirceu ainda terá mais duas sessões de autógrafos - em São Paulo, dia 10 de outubro, e no Rio, dia 16.

Carta Maior

Por que o Pará cantou o Hino Nacional Brasileiro?

Walter Falceta

Antes da partida contra a Argentina (Super Clássico das Américas), nesta quarta-feira, a torcida paraense deu show de civilidade no lotado Estádio Mangueirão.

Cessou a amostra instrumental do Hino Nacional, mas o povo resolveu seguir até o fim da primeira parte da composição, à capela.

As imagens de TV mostram o povo feliz com a saudável molecagem, orgulhoso, muitos com as mãos sobre o peito.

São crianças, jovens, idosos, gente negra, branca, índios, representantes da comunidade nipônica e, certamente, a linda mistura de tudo isso.

O craque Neymar, ele próprio tão espetacularmente miscigenado, comove-se com a cantoria, marcada na percussão das palmas sincronizadas. Comoção bem comovida.

Talvez, mais do que a festa, seja conveniente tomar esse espetáculo como lição para o Sul-Sudeste, onde o Hino é frequentemente ultrajado pelos torcedores, especialmente pelos filhos das elites, sempre envergonhados de sua nacionalidade.

Cabe também uma reflexão sobre o ódio que determinados brasileiros têm do próprio país, expresso diariamente nos comentários neofascistas dos grandes jornais dessas regiões.

Esse comportamento, aliás, é resultado da campanha diária, massiva, que os mesmos veículos fazem para desmoralizar o país e seu povo.

O jornalismo de “pinça” só destaca o que é ruim, o que é nefasto, o que não presta. Obsessivamente.

O processo de extinção da miséria parece não existir, tampouco a expansão do consumo popular.

E cada agulha sumida numa repartição pública torna-se um escândalo.

Pior: a indignação é seletiva, pois o graúdo que desvanece nas administrações estaduais neoliberais nunca vira manchete.

Se há notícia boa do Brasil, ela é minimizada. Se o positivo é notório, emprega-se logo uma adversativa, um “mas”, para reduzir ou neutralizar o impacto da mensagem.

São espantosos os malabarismos aritméticos, os artifícios de linguagem e os sofismas utilizados para transformar em ruim o que é bom.

São gráficos lidos de trás para frente ou pizzas que têm apenas uma ou outra fatia destacada.

Disseminar a síndrome de vira-lata, obviamente, tem um objetivo claro.

É recalcar os tradicionais estratos médios, é causar rancor, é produzir a intriga, é gerar dissensão, é fomentar o ciúme, é espalhar o ódio entre irmãos.

Afinal, para os obsoletos da elite midiota, é preciso difundir todos os dias a ideia do caos, mesmo que imaginário.

Para quem perdeu, faz-se urgente uma insurreição para acabar com a festa do crescimento econômico extensivo, da inclusão social e da democratização de acessos.

Enquanto eles não passam, vale a pena ficar com o Pará, com os brasileiros do Pará. Viva o Pará!


Walter Falceta

You Tube


Por sete votos a um, STF aceita denúncia contra Maluf

Por Juliano Basile | Valor

BRASÍLIA - O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) acaba de se tornar réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por lavagem de dinheiro. Além dele, familiares e doleiros também vão responder a ação penal na Corte. Ao todo, são onze réus.

A decisão foi tomada por sete votos a um. Maluf foi acusado pelo Ministério Público de desviar mais de US$ 1 bilhão para o exterior. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou que houve remessa de centenas de milhões de dólares para a Suíça, Inglaterra e Ilha de Jersey a partir da construção da avenida Águas Espraiadas, em São Paulo, quando ele era prefeito, entre 1993 e 1996.

O advogado José Roberto Leal de Carvalho negou as acusações e disse que Maluf não poderia ser processado por lavagem, pois a lei que prevê punição para esse crime só foi aprovada em 1998, quando ele não era mais prefeito. Mas, a tese do advogado não emplacou entre a maioria dos ministros.

“Lavagem de dinheiro é crime permanente e o prazo de prescrição só começa a ocorrer quando as autoridades descobrem”, disse o relator do processo, Ricardo Lewandowski, que foi seguido pelos demais ministros, com exceção de Marco Aurélio Mello que entendeu que o caso estava prescrito. Não há previsão para o STF realizar o julgamento definitivo do processo.

(Juliano Basile | Valor)

Valor Econômico

Lula em Paris: a Casa Grande não o perdoa !

A Casa Grande persegue o Lula até na Sciences Po (Cicero Dias para Gilberto Freyre)

O Conversa Afiada reproduz post do Viomundo, do Azenha:

Martin Granovsky: Foi preciso um argentino defender Lula em Paris


Escravocratas contra Lula


Por Martín Granovsky, no Página 12, sugerido pelo Igor Fellipe


Podem pronunciar “sians po”. É, mais ou menos, a fonética de ciências políticas. Basta dizer Sciences Po para aludir ao encaixe perfeito de duas estruturas, a Fundação Nacional de Ciências Políticas da França e o Instituto de Estudos Políticos de Paris.


Não é difícil pronunciar Sians Po. O difícil é entender, a esta altura do século 21, como as ideias escravocratas continuam permeando a gente das elites sul-americanas.


Hoje à tarde, Ruchard Descoings, diretor do Sciences Po, entregará pela primeira vez o doutorado Honoris Causa a um latino-americano: o ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio “Lula” da Silva. Falará Descoings e falará Lula, claro.


Para bem explicar sua iniciativa, o diretor convocou uma reunião em seu escritório da rua Saint Guillaume, muito perto da igreja de Saint Germain des Pres, em um prédio de onde se pode ver as árvores com suas folhas amareladas. Enfiar-se na cozinha é sempre interessante. Se alguém passa por Paris para participar de duas atividades acadêmicas, uma sobre a situação política argentina e outra sobre as relações entre Argentina e Brasil, não fica mal entrar na cozinha do Sciences Po.


Pareceu o mesmo à historiadora Diana Quattrocchi Woisson, que dirige em Paris o Observatório sobre a Argentina Contemporânea, é diretora do Instituto das Américas e teve a ideia de organizar as duas atividades acadêmicas sobre Argentina e Brasil, das quais também participou o economista e historiador Mario Rapoport, um dos fundadores do Plano Fenix faz 10 anos.


Naturalmente, para escutar Descoings foram chamados vários colegas brasileiros. O professor Descoings quis ser amável e didático. O Sciences Po tem uma cátedra sobre o Mercosul, os estudantes brasileiros vem cada vez mais à França, Lula não saiu da elite tradicional do Brasil, mas chegou ao nível máximo de responsabilidade e aplicou planos de alta eficiência social.


Um dos colegas perguntou se era o caso de se premiar a quem se orgulhava de nunca ter lido um livro. O professor manteve sua calma e deu um olhar de assombrado. Quiçá sabia que esta declaração de Lula não consta em atas, embora seja certo que Lula não tem um título universitário. Também é certo que quando assumiu a presidência, em primeiro de janeiro de 2003, levantou o diploma que é dado aos presidentes do Brasil e disse: “Uma pena que minha mãe morreu. Ela sempre quis que eu tivesse um diploma e nunca imaginou que o primeiro seria de presidente da República”. E chorou.


“Por que premiam a um presidente que tolerou a corrupção?”, foi a pergunta seguinte.


O professor sorriu e disse: “Veja, Sciences Po não é a Igreja Católica. Não entra em análises morais, nem tira conclusões apressadas. Deixa para o julgamento da História este assunto e outros muito importantes, como a eletrificação das favelas em todo o Brasil e as políticas sociais”. E acrescentou, citando o Le Monde: “Que país pode medir moralmente a outro, nos dias de hoje? Se não queremos falar sobre estes dias, recordemos como um alto funcionário de outro país renunciou por ter plagiado a tese de doutorado de um estudante”. Falava de Karl-Theodor zu Guttenberg, ministro da Defesa da Alemanha até que se soube do plágio.


Disse também: “Não desculpamos, nem julgamos. Simplesmente não damos lições de moral a outros países”.


Outro colega perguntou se era bom premiar a alguém que uma vez chamou de “irmão” a Muamar Khadafi.


Com as devidas desculpas, que foram expressas ao professor e aos colegas, a impaciência argentina me levou a perguntar onde Khadafi tinha comprado suas armas e qual país refinava seu petróleo, além de comprá-lo. O professor deve ter agradecido que a pergunta não citava, com nome e sobrenome, a França e a Itália.


Descoings aproveitou para destacar em Lula “o homem de ação que modificou o curso das coisas” e disse que a concepção da Sciences Po não é de um ser humano dividido entre “uns ou outros”, mas como “uns e outros”. Enfatizou muito o et, e em francês.


Diana Quattrocchi, como latino-americana que estudou e fez doutorado em Paris depois de sair de uma prisão da ditadura argentina graças à pressão da Anistia Internacional, disse que estava orgulhosa de que a Sciences Po dava um título Honoris Causa a um presidente da região e perguntou sobre os motivos geopolíticos.


“Todo o mundo se pergunta”, disse Descoings. “E temos de escutar a todos. O mundo nem sequer sabe se a Europa existirá no ano que vem”.


No Sciences Po, Descoings introduziu estímulos para que possam ingressar estudantes que, se supõe, tem desvantagem para conseguir aprovação no exame. O que se chama de discriminação positiva ou ação afirmativa e se parece, por exemplo, com a obrigação argentina de que um terço das candidaturas legislativas deve ser de mulheres.


Outro colega brasileiro perguntou, com ironia, se o Honoris Causa de Lula era parte da política de ação afirmativa do Sciences Po.


Descoings o observou com atenção antes de responder. “As elites não são apenas escolares ou sociais”, disse. “Os que avaliam quem são os melhores, também. Caso contrário, estaríamos diante de um caso de elitismo social. Lula é um torneiro mecânico que chegou à presidência, mas pelo que entendi foi votado por milhões de brasileiros em eleições democráticas”.


Como Cristina Fernández de Kirchner e Dilma Rousseff na Assembleia Geral das Nações Unidas, Lula vem insistindo que a reforma do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial está atrasada. Diz que estes organismos, assim como funcionam, “não servem para nada”. O grupo BRICs (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul) ofereceu ajuda à Europa. A China tem os níveis de reservas mais altos do mundo. Em um artigo publicado no El Pais, de Madrid, os ex-primeiros ministros Felipe González e Gordon Brown pediram maior autonomia para o FMI. Querem que seja o auditor independente dos países do G-20, integrado pelos mais ricos e também, da América do Sul, pela Argentina e Brasil. Ou seja, querem o contrário do que pensam os BRICs.


Em meio a esta discussão Lula chegará à França. Convém que saiba que, antes de receber o doutorado Honoris Causa da Sciences Po, deve pedir desculpas aos elitistas de seu país. Um trabalhador metalúrgico não pode ser presidente. Se por alguma casualidade chegou ao Planalto, agora deveria exercer o recato. No Brasil, a Casa Grande das fazendas estava reservada aos proprietários de terra e escravos. Assim, Lula, silêncio por favor. Os da Casa Grande estão irritados.

Tijolaço - Paulo Henriqimue Amor


Jô Soarem em 1988

Por Paulo Henrique Amorim



You Tube

A ética da Globo, segundo Jô Soares

Extraído do Tijolaço

Vi no Rodrigo Viana, O Escrevinhador, o vídeo do qual reproduzo o trecho principal, durante a entrega, no SBT, do Troféu Imprensa de 1988. Nele, Jô Soares, que então havia deixado a Globo, lê um artigo duríssimo, descrevendo as práticas autoritárias da empresa. O vídeo original foi recolhido e postado pelo Hamílton Kunioshi, que mantém o site Baú do Sílvio, onde se dedica a recolher memórias do apresentador e empresário. Lá, pode ser visto na íntegra, com o dobro do tempo.


Agradecendo a ambos, coloco o texto escrito e publicado por Jô, porque um conglomerado empresarial como a Globo não pode merecer credibilidade ao proclamar-se praticante de jornalismo ético quando sua empresa procede desta forma. Trata-se do que fez com pessoas públicas, admiradas pela população e que integravam seus próprios quadros funcionais e ajudaram a construir seu sucesso.


Essa gente que deita falação sobre ética e respeito á liberdade artística e de comunicação não tem o direito de fazê-lo enquanto não assumir, publicamente, que não pratica e repudia os métodos que marcaram sua história.


PS. Preferi, para dar mais densidade ao que é dito, condensar na leitura do artigo, publicado então no Jornal do Brasil. Mas indicando as fontes e oferecendo o texto na íntegra, óbvio. Pequenos gestos que nos fazem ser diferentes.


Tijolaço - Paulo Henrique Amorim


Lula recebe honoris causa em Paris sob aclamação. A Globo é contra

A elite e seu porta-voz, o FHC, jamais o perdoarão

Saiu no Estadão:

Aclamado por estudantes, Lula recebe honoris causa em Paris


Recebido como pop-star, ex-presidente elogia o próprio mandato e dá conselhos à Europa em crise durante cerimônia


Andrei Netto, correspondente de O Estado em Paris


PARIS – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve uma recepção de pop star neta terça-feira, 27, em Paris, durante a cerimônia de entrega do título de doutor honoris causa pelo Instituto de Estudos Políticos (Sciences-Po), o maior da França. Em seu discurso, o ex-chefe de Estado enalteceu o próprio mandato e multiplicou os conselhos aos líderes políticos da Europa, que atravessa uma forte crise econômica. Antes, durante e depois, Lula foi ovacionado por estudantes brasileiros, na mais calorosa recepção da escola desde Mikhail Gorbachev.


A cerimônia foi realizada do auditório do instituto, com a presença de acadêmicos franceses e de quatro ex-ministros de seu governo: José Dirceu, Luiz Dulci, Márcio Thomaz Bastos e Carlos Lupi. Vestido de toga, o ex-presidente chegou à sala por volta de 17h30min, acompanhado de uma batucada promovida por estudantes. Ao entrar no auditório, foi aplaudido em pé pela plateia, aos gritos de “Olé, Lula”.


Em seguida, tornou-se o primeiro latino-americano a receber o título da Sciences-Po, já concedido a líderes políticos como o tcheco Vaclav Havel. Em seu discurso, o diretor do instituto, Richard Descoings, se disse “entusiasta” das conquistas obtidas pelo Brasil no mandato do petista. “O senhor lutou para que o Brasil alcançasse um novo patamar internacional”, disse, completando: “Não é mais possível tratar de um assunto global sem que as autoridades brasileiras sejam consultadas”.


Autor do “elogio” a Lula – o discurso em homenagem ao novo doutor -, o economista Jean-Claude Casanova, presidente da Fundação Nacional de Ciências Políticas, lamentou que a Europa não tenha um líder “de trajetória política tão iluminada”. Casanova pediu ainda que Lula aproveitasse “sua viagem para dar conselhos aos europeus” sobre gestão de dívida, déficit e crescimento econômico.


Lula aceitou o desafio e encarnou o conselheiro. Em um discurso de 40 minutos, citou avanços de seu governo, citando a criação de empregos, a redução da miséria, o aumento do salário mínimo e a criação do bolsa família e elogiou sua sucessora, Dilma Rousseff. “Não conheço um governo que tenha exercido a democracia como nós exercemos”, afirmou, no tom ufanista que lhe é característico.


Então, lançou-se aos conselhos. Primeiro criticou “uma geração de líderes” mundiais que “passou muito tempo acreditando no mercado, em Reagan e Tatcher”, e recomendou aos líderes da União Europeia que assumam as rédeas da crise com intervenções políticas, e não mais decisões econômicas. “Não é a hora de negar a política. A União Europeia é um patrimônio da humanidade”, reiterou.


Na saída, estudantes cantaram a música Para não dizer que não falei de flores, de Geraldo Vandré, e se acotovelaram aos gritos por fotos e autógrafos do ex-presidente, que não falou à imprensa. Impressionado com a euforia dos estudantes, Descoings comparou, em conversa com o Estado: “A última vez que vi isso foi com Gorbachev, há cinco ou seis anos. Mas com Lula foi ainda mais caloroso”.

Em tempo: Prezado PHA,

Deu no jornal Estadão (sucursal tucana): Uma pesquisa autóctone dos graduados tucanos contatou: Dilma ganharia de padim pade Cerra já no primeiro turno. O atônito, mas (parece) conformado Jutahy Junior (BA), ainda ironizou: “Felizmente tiveram bom senso de não colocar outro nome na pesquisa, a não ser o do Serra”. E, num surto de desconfiança numerária diante dos circunstantes, quis saber: “Quanto pagamos para falar mal da gente?”. Sérgio Guerra deu de ombros como resposta à indagação. Fonte: http://blogs.estadao.com.br/radar-politico

Atenciosamente,


Josival Araújo

Conversa Afiada - Paulo Henrique Amorim

56 mil empregos e R$ 12 bilhões que Lula salvou. Cerra e FHC iam entregar tudo

No fim da campanha de 2002 – em que derrotou o Padim Pade Cerra de forma esmagadora (61 a 39%) – , o Nunca Dantes esteve no que restávamos de um estaleiro de Angra dos Reis, no Rio.

O governo Cerra/FHC desmanchou a indústria naval brasileira.

E a Petrobrax acabara de encomendar uma plataforma num estaleiro em Cingapura.

O estaleiro de Cingapura tinha oferecido um preço inferior em alguma coisa perto de 10% à oferta do concorrente brasileiro.

10%.

Por menos de 10%, Cerra e o Farol de Alexandria iam comprar em Cingapura (*).

(Igual hábito caracterizava o Rogério Agnelli, em boa hora dispensado de servir à Vale.)

Lula anunciou ali no canteiro de horas quase abandonado que, eleito, a primeira coisa que faria seria cancelar a compra da plataforma no exterior.

Nesta sexta-feira, o jornal Valor tem um caderno especial: “Indústria Naval – Em mar aberto – Negócios em alta marcam ritmo dos estaleiros.”

Na capa, uma foto impressionante da plataforma P-57, entregue dois anos antes do prazo.


Uma cidade de 311 metros de comprimento e 56 de largura.

Produzida num estaleiro … em Angra dos Reis.

A P-57 custou perto de 1,2 bilhão de reais, com cerca de 70% de nacionalização.

Esse Nunca Dantes …

É por isso que a Casa Grande não o perdoa (muito menos O Globo).

Hoje, na indústria que o Nunca Dantes e a Petrobras salvaram, há investimentos de R$ 12 bilhões.

Ela emprega 56 mil trabalhadores brasileiros (e, não, de Cingapura).

Em 2016, empregará 100 mil (brasileiros).

Há encomendas de 278 embarcações, que serão construídas com produtos de 250 fornecedores.

Os petroleiros têm nomes sugestivos.

João Cândido, o Almirante Negro, gaúcho.

Celso Furtado, paraibano.

Rômulo Almeida, chefe da assessoria econômica do Dr. Getulio, de onde saiu o projeto de fundação da Petrobras – baiano.

Sérgio Buarque de Holanda, historiador, pai, e paulista.

Que beleza !

E ainda reclamam do IPI do carro de luxo, que vai obrigar o estaleiro de Cingapura a vir produzir no Brasil !


Paulo Henrique Amorim


(*) Na igualmente fracassada campanha de 2010, o Padim Pade Cerra voltou a defender o fechamento da indústria naval brasileira e as encomendas da Petrobras no exterior, em nome da eficiência. É um jenio ! Será que ele também é contra o IPI do carro de luxo ?

Conversa Afiada - Paulo Henrique Amorim

Jucá quer votar Emenda 29 este ano

Depois de o governo ter planejado votar a Emenda Constitucional 29 no Senado só em 2012, o líder do governo na Casa, Romero Jucá, anunciou que vai trabalhar para que a sua votação seja acelerada. Quer vê-la apreciada até o fim do ano. Segundo o parlamentar, o projeto é importante para que Estados e municípios saibam o que investir em saúde e evitem maquiagens.

"Vou procurar os presidentes das comissões para que possamos acelerar a análise desta matéria e os Estados e municípios possam saber o que podem abater em saúde", disse Jucá. Antes de ser votado em plenário, o texto da Emenda 29 tramitará por três comissões da Casa: Constituição e Justiça, Assuntos Econômicos e Assuntos Sociais.

É importante sabermos porque estamos votando a Emenda Constitucional 29. A aprovação da Emenda 29 na Câmara na semana passada foi uma grande vitória de todos os que defendem e lutam pela saúde pública no Brasil, na medida em que fixou claramente o percentual de recursos a ser destinado ao setor pelos Estados. Ela estabelece que Estados e municípios brasileiros deverão investir, respectivamente, 12% e 15% de suas receitas correntes em saúde. A União, por sua vez, deverá investir o orçamento do ano anterior mais a variação do PIB (Produto Interno Bruto) nominal.

Um nó da saúde

Aqui há um grande nó da saúde. Não é novidade para ninguém que muitos governadores e alguns prefeitos lancem como gasto em saúde investimentos em saneamento básico, despesas com merenda escolar e aposentadorias. A Emenda 29 deverá barrar a prática, pois define quais ações podem ser contabilizadas como gastos em saúde e prevê punição para quem descumprir as regras.

Infelizmente, a mera votação da Emenda 29 não soluciona a questão do financiamento da saúde, uma vez que não garante, sequer menciona, uma fonte de receitas para a União aplicar na área. Jucá, por exemplo, descarta a possibilidade de discussão de um novo imposto para financiar a saúde, pasta que, segundo os especialistas em saúde, estaria subfinanciada em, no mínimo, R$ 30 bi por ano. (Leia a entrevista do Mês).

Por isso mesmo, hoje, mais do que qualquer outro momento, é hora de enfrentarmos o debate político - e certamente ideológico - sobre a Contribuição Social para a Saúde (CSS). O imposto em debate cobraria 0,1% de alíquota somente de quem tem renda superior a mais de cinco salários mínimos – ou seja, mais de R$ 2.725,00. Representaria novos R$ 19 bi para a saúde e devolveria parte da receita federal retirada com o fim da CPMF.

Isenção para 95% dos brasileiros

A instituição da CSS não incidiria sobre 95% dos brasileiros. Esse dado derruba todos os argumentos contrários dos que extinguiram, em 2008, a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), retirando irresponsavelmente R$ 40 bi do orçamento do governo em plena eclosão da última crise econômica mundial.
É bom frisar, ainda, que a CSS seria, a exemplo do que foi a CPMF, um instrumento preciso e eficaz no combate à sonegação.

Para quem não se lembra, a criação da CSS foi proposta pelos deputados, mas sua votação suspensa desde 2009 por ser considerada muita polêmica. Infelizmente, foi rejeitada pela Câmara na semana passada. Lamentamos esse grande erro. Sua rejeição equivale a negar à União receitas e a fonte de recursos para que ela financie seus investimentos na saúde. Trata-se de um nocivo jogo político da oposição - seu velho jogo, aliás, do quanto pior melhor.

Enquanto isso, o senador Jucá avalia que a votação de um novo imposto para saúde será difícil de emplacar no Senado também em 2012, por causa das eleições municipais. Esse é um tema que merece ser acompanhado de perto. É a nossa saúde que está em jogo.

Blog do Zé Dirceu

A sensatez prevalece no caso do CNJ no STF - Por José Dirceu

Não tenho por hábito comentar decisões judiciais - há aquela máxima de decisão da justiça não se discute, cumpre-se, não é? - mas, não posso deixar de saudar a posição do Supremo Tribunal Federal (STF) ao não votar ontem o processo movido pela Associação Brasileira de Magistrados (AMB), que tenta atingir e restringir os poderes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Quero saudar, principalmente, o melhor, a tentativa e encaminhamento de um acordo pelo qual as corregedorias dos Tribunais de Justiça (TJs) terão um prazo para providências ante denúncias contra magistrados e, se elas não forem adotadas e nada for feito, aí a Corregedoria Nacional entra em campo e processa o juiz suspeito.

Sinto-me à vontade nessa análise porque para mim é evidente que no caso do CNJ, no desempenho de suas atribuições, não se trata nem se configura controle constitucional do Poder Judiciário. Dai a nossa posição intransigente em defesa das suas atribuições. Até pelo fato de que suas decisões estarão sempre submetidas ao próprio STF.

Não é necessária, assim, nenhuma restrição burocrática ou limitação regimental de suas atribuições, de seu papel, do desempenho de suas ações ou funções constitucionais. Porque, no fundo, o que querem é obstruir e limitar o trabalho do CNJ. A pergunta a se fazer é: quem tem medo do CNJ e por quê?
Blog do Zé Dirceu

Chávez nega estar internado e diz que recuperação continua

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, concedeu hoje (29) entrevista por telefone à emissora estatal de televisão, VTV, para rebater as informações de que estivesse internado por causa de uma emergência médica. “Estou no meu local de trabalho e em plena recuperação física”, disse ele. “Se algo ocorrer [comigo], serei o primeiro a avisar”, completou.

Chávez atribuiu os rumores sobre sua internação a setores da oposição que querem desestabilizar seu governo e também a candidatura dele para as eleições de 2012. "Temos que acabar com a especulação”, apelou.

O presidente lembrou ainda que está seguindo corretamente as orientações médicas, que incluem alimentação, atividade física e descanso. Mas ressalta que não abandonou o trabalho. “Em poucas semanas, vocês vão me ver mais", disse. "Sigo trabalhando”, destacou.

Mais cedo o ministro da Comunicação e Informação da Venezuela, Andrés Izarra, negou que Chávez estivesse hospitalizado com urgência. A informação foi publicada no jornal Daily Herald dos Estados Unidos, em versão espanhola. Segundo Izarra, os responsáveis pela notícia estavam fora de si.

A publicação da notícia ocorre no momento em que Chávez é submetido a tratamento para a cura de um câncer. Ele já fez quatro sessões de quimioterapia, perdeu mais de 20 quilos e está careca. Mas disse que acredita estar recuperado em dezembro.

*Com informações da emissora estatal de televisão, VTV.

Agência Brasil

Correios esperam chegar a um acordo com grevistas ainda hoje

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, disse hoje (29) que a expectativa da empresa é que a greve dos funcionários, que começou há 15 dias, seja encerrada “o quanto antes”. Pinheiro acredita que se chegue a um consenso na tarde de hoje, quando haverá nova rodada de negociações.

Segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, o principal impasse é em relação ao desconto dos dias não trabalhados. A proposta da empresa é manter o desconto dos seis primeiros dias que já foram lançados na folha de pagamento e realizar mutirões para colocar o trabalho em dia. De acordo com Bernardo, a categoria já aceitou a proposta financeira dos Correios, que inclui um reajuste de 6,87% sobre o salário e os benefícios, aumento real de R$ 80 a partir de janeiro e abono de R$ 500, a ser pago imediatamente.

Pelos cálculos dos Correios, 23% dos trabalhadores estão paralisados. Segundo o presidente da estatal, serão necessários cerca de quatro dias extras de trabalho para normalizar o serviço de entrega de cartas e encomendas.

Na manhã de hoje, funcionários em greve bloquearam a entrada e a garagem do edifício-sede da empresa, em Brasília, para impedir a entrada de colegas que não participam do movimento.

Agência Brasil

Mantega sugere que países europeus sigam exemplo da Alemanha e aprovem fundo contra crise

Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, elogiou a aprovação, pelo Parlamento alemão, da lei que amplia o fundo de resgate da zona do euro, que será usado para ajudar países em crise. Para o ministro, é importante que o exemplo seja seguido por outras nações do bloco.

“Essa é uma notícia muito boa que dá condições para que a União Europeia possa reagir melhor a essa crise. Espero que os demais parlamentos europeus também aprovem essa lei o mais rápido possível”, disse Mantega hoje (29) ao deixar o ministério, a caminho do Palácio do Planalto, onde participará da reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI).

A Alemanha é o 11º país dos 17 integrantes da zona do euro a aprovar o aumento de valores para o fundo, que agora contará com 440 bilhões de euros. Os parlamentos da Finlândia, da Espanha, da Bélgica, da França, da Grécia, da Irlanda, da Itália, de Luxemburgo, de Portugal e da Eslovênia já aprovaram a proposta. Faltam ainda seis: Áustria, Chipre, Eslováquia, Estônia, Holanda e Malta.

O ministro Guido Mantega não quis comentar a redução da projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), de 4% para 3,5% neste ano, feita pelo Banco Central.

Agência Brasil

Ministro diz que consumo de bebidas alcoólicas em estádios e meia-entrada estão fora da Lei Geral da Copa

Paula de Castro
Repórter do Radiojornalismo

Brasília - O ministro do Esporte Orlando Silva disse hoje (29) que o combate à pirataria e ao uso indevido da marca da Federação Internacional de Futebol (Fifa) serão fiscalizados de perto pelo governo federal. As regras para o uso da marca da Fifa estão previstas no Projeto de Lei Geral da Copa. O texto já foi encaminhado para a Câmara dos Deputados.

O ministro destacou, porém, que é a pirataria que está proibida e não o uso do símbolo da Fifa para enfeitar as ruas do país, como é costume no Brasil. “O que queremos com essa lei é combater a pirataria. Não é razoável que uma pessoa se aproprie de algo que não é seu e ganhe com isso, o que não tem nada a ver com a tradição brasileira de decorar nossas ruas”, esclareceu o ministro, em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, produzido pela EBC Serviços, em parceria com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

De acordo com Orlando Silva, o Projeto de Lei Geral da Copa trata também sobre outros assuntos da organização do mundial, como a concessão do visto para profissionais, visitantes e a segurança nos estádios. Segundo o ministro, ficaram de fora a questão da meia-entrada para estudantes e o consumo de bebidas alcoólicas nos estádios.

O ministro disse que não existe lei federal que trate da meia-entrada de estudantes, somente leis estaduais. Por isso, o tema será tratado diretamente com cada estado. Apenas os idosos, de acordo com o Estatuto do Idoso, têm a meia-entrada garantida nos jogos.

Em relação à venda de bebida alcoólica, Orlando Silva disse que existe uma norma da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) proibindo o consumo nos estádios.

“Alguns estados têm leis estaduais que vedam o consumo de bebidas alcoólicas, mas existe uma demanda da Fifa em relação a esse assunto e ele será tratado com muito cuidado”, explicou o ministro.

O ministro também fez um balanço da preparação do país para a Copa do Mundo de 2014. Segundo ele, todas as 12 cidades-sede já iniciaram as obras em seus estádios e oito deles estarão concluídos até o final de 2012. Os restantes ficam prontos até o fim de 2013.

As obras também começaram em oito dos 13 aeroportos das cidades-sede e, uma delas, já está concluída, no aeroporto de Viracopos em Campinas (SP).

Agência Brasil

BC eleva de 5,8% para 6,4% projeção de inflação oficial este ano

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Banco Central (BC) aumentou a projeção para a inflação oficial este ano. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 5,8% para 6,4%, segundo o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado hoje (29). Em 12 meses encerrados no final do terceiro trimestre de 2011, o BC espera que a inflação fique em 7,2%.

A projeção para 2012 passou de 4,8%, no relatório anterior, para 4,7%. A meta de inflação para os dois anos tem centro de 4,5%, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, o limite superior é 6,5% e o inferior, 2,5%. O BC só prevê inflação no centro da meta em 12 meses encerrados no final do segundo trimestre de 2013, permanecendo assim no terceiro trimestre.

Além dessas projeções do chamado cenário de referência, o relatório do BC traz estimativas do cenário de mercado. Essas projeções são feitas com base em expectativas de analistas do mercado financeiro consultados pelo BC, tanto para a Selic quanto para a taxa de câmbio. Nesse cenário, a previsão para a inflação medida pelo IPCA este ano subiu de 5,8% para 6,4%. Para 2012, a previsão subiu de 4,9% para 5%.

O BC divulgou ainda o cenário alternativo, que considera que "a atual deterioração do cenário internacional cause impacto sobre a economia brasileira equivalente a um quarto do observado em 2008/2009 [crise financeira internacional]". Esse cenário também considera que haverá desaceleração da atividade econômica do país, "e, apesar de ocorrer depreciação da taxa de câmbio e de haver redução da taxa básica de juros, entre outros, a taxa de inflação se posiciona em patamar inferior ao que seria observado caso não fosse considerado o supracitado efeito da crise internacional". Nesse cenário, a projeção para o IPCA passou de 5,8% para 6,4%, em 2011, e permanece em 4,7%, em 2012. Em 12 meses encerrados no terceiro trimestre de 2013, a estimativa é 4,8%.

Agência Brasil

Com crise global, BC prevê atividade econômica mais moderada e menos riscos de inflação no Brasil

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A crise econômica externa contribuirá para intensificar e acelerar o processo de moderação da atividade econômica do Brasil, segundo análise do Banco Central (BC) apresentada no Relatório de Inflação, divulgado trimestralmente. Com o menor crescimento econômico, o BC considera que o “balanço de riscos” para a inflação é “mais favorável”.

De acordo com o relatório, a crise externa pode levar à redução das exportações e importações, à moderação do fluxo de investimentos, a condições de crédito mais restritivas e à piora nas expectativas de consumidores e empresários.

O BC destacou ainda que medidas de restrição ao crédito adotadas no final do ano passado e as elevações da taxa básica de juros, a Selic, até julho deste ano, também contribuem para a moderação da atividade econômica. Em agosto deste ano, por causa dos efeitos da crise externa, o Banco Central decidiu reduzir em 0,5 ponto percentual a taxa Selic, para 12% ao ano.

Apesar disso, a autoridade monetária observa que a atividade econômica no Brasil “continuará sendo favorecida pela demanda interna” por produtos e serviços. O consumo é estimulado pelo “vigor do mercado de trabalho e pela expansão do crédito, a despeito de alguma moderação na margem”.

No relatório, o BC também destaca que “o ambiente econômico internacional mais restritivo tende a permanecer por um período mais prolongado do que se antecipava”, estimulando a queda da inflação no Brasil e no mundo.

A previsão do BC é que, neste trimestre, encerra-se o ciclo de elevação da inflação acumulada em 12 meses. “A partir do quarto trimestre, o cenário central indica tendência declinante para a inflação acumulada em 12 meses, que passa a se deslocar na direção da trajetória de metas”.

No relatório divulgado hoje, o BC reduziu a projeção para o crescimento da economia este ano de 4% para 3,5%. Para a inflação, de acordo com o cenário de referência, houve aumento da estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), este ano, de 5,8% para 6,4%. A projeção para 2012 passou de 4,8%, no relatório anterior, para 4,7%.

A meta de inflação para 2011 e 2012 tem centro de 4,5%, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, o limite superior é 6,5% e o inferior, 2,5%.O BC só prevê inflação no centro da meta no segundo trimestre de 2013, permanecendo assim no terceiro trimestre.

Agência Brasil

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Os números que desesperam o PSDB

No desempenho de seu trabalho profissional de especialista em comportamento e campanhas eleitorais, o cientista político Antônio Lavareda não tinha idéia do vespeiro em que se metia quando compilou e levou ao PSDB os dados da pequisa nacional encomendada pelo partido com dados tão arrasadores para o tucanato.

Pelo levantamento, a presidenta Dilma Rousseff seria eleita, dessa vez no 1º turno, no caso de novas eleições presidenciais se ela disputasse com os mesmos candidatos do ano passado, o da oposição PSDB-DEM-PPS (e parte do PTB), José Serra, e a ex-senadora Marina Silva que concorreu pelo PV.

Em 2010 a presidenta obtreve 46,9% dos votos válidos. Se concorresse agora, teria 59% dos votos. Num novo pleito presidencial, a votação de José Serra caíria dos 32,6% obtidos por ele no ano passado para 25% e a ex-senadora Marina Silva dos 19,3% de 2010 para 15% agora.

Os dados da pesquisa do PSDB atestam, além disso, que os brasileiros o veem como um partido da elite, conservador, distante e que nada tem para sensibilizar os jovens. E que o partido perdeu feio a batalha da comunicação para o PT.

Talvez esteja aí a percepção antecipada com que o ex-presidente FHC, naquela famoso artigo de meses atrás publicado na revista Interesse Nacional, aconselhou o partido a deixar de tentar o voto do "povão" e a buscar apoios nos segmentos de classe média.

Vejam, também a nota abaixo, Tucanos mergulham num inferno

Blog do Zé Dirceu

Tucanos mergulham num inferno astral

Em casa em que falta pão, todos gritam e ninguém tem razão. Por analogia, só que substituindo a falta de pão por falta de votos, o ditado se aplica à perfeição à situação vivida pelo PSDB, que caiu num inconsolável chororô geral por causa da divulgação de uma pesquisa por ele próprio encomendada e que lhe traz números altamente desfavoráveis.

O PSDB segue, assim, mergulhado em seu longo inferno astral provocado pelas três derrotas eleitorais nacionais seguidas (2002-2006-2010), quando perdeu sucessivamente a presidência da República. E provocado, também, pelo medo dos tucanos de, a continuar nessa trajetória errática e sem rumo, de perder também as eleições municipais do ano que vem.

As principais críticas tucanas concentram-se nos números da pesquisa indicativos de que se a eleição fosse hoje, a presidente Dilma Rousseff ganharia de novo, dessa vez no 1º turno. Não bastassem os dados desfavoráveis da pesquisa, vêem-se às voltas, também, com a confissão do deputado e secretário de Estado, Bruno Covas (PSDB) de que recebeu proposta de propina e não tomou providências à época (leiam o post abaixo Mau começo ).

Tucanos tentam estabelecem confusão de propósito

No desespero que se amplia, o tucanato confunde de propósito e quer passar à opinião pública, como se fossem bandeiras suas, as mudanças que os dois governos do presidente Lula e do PT fizeram no país. Por isso inventam essa história de que uma das principais missões do PSDB agora é resgatar o legado dos governos FHC e bandeiras que foram "apropriadas pelo PT" porque a população - os jovens em especial - não os associa ao Plano Real e à social democracia.

Descobriram, agora, então, a necessidade de resgatar o legado do Fernando Henrique Cardoso, o ex-presidente que eles praticamente exilaram durante a campanha eleitoral do ano passado. Envergonhavam-se desse legado, temiam-no a ponto de impedir que o ex-presidente deles participasse da campanha de seu candidato ao Planalto, José Serra.

Pela pesquisa, descobriram que o povo percebe com toda nitidez que eles ficaram oito anos no poder nos governos comandados pelo ex-presidente FHC e não fizeram nada do que pregavam como social democracia. Percebe que, ao contrário, ao final, eles acabaram realizando um programa conservador e neoliberal. Daí a imagem - atestada pelo levantamento junto à opinião pública - que os brasileiros têm de que o PSDB é o partido da elite, afastado do povo e da juventude.

Leiam, acima, o post Os números que desesperam o PSDB .

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Críticas inconsistentes ao PAC: programa deslancha até em áreas em que houve atraso

Ainda que respeitáveis e dignas de serem debatidas, são improcedentes e inconsistentes as críticas feitas por economistas ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no 8º Fórum de Economia promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP).

No evento o economista Paulo Fernando Fleury, professor da Universidade Federal do Rio de janeiro (UFRJ), visto como um dos maiores especialistas em logística do país, considerou de execução falha e "muito aquém das necessidades do país" os investimentos no programa.

Seu colega economista, Nelson Marconi, da FGV-SP, assinalou que a lógica orçamentária do governo ainda não está adaptada à nova lógica mundial, de despesa por projeto. "O governo é bem intencionado, mas ainda há muito a fazer na capacidade de gestão desses projetos", afirmou.

Professor Marconi, a essência e lógica do PAC são justamente a gerência direta dos vários projetos que integram o programa - projeto a projeto!

Até áreas que sofreram atraso, agora deslancham

As críticas se tornam improcedentes e inconsistentes, principalmente nesse momento, porque até áreas que sofreram atrasos durante algum tempo, como a dos aeroportos, deslancham agora feitas as parcerias e concessões para elas.

Os aeroportos de São Gonçalo do Amarante (RN), cujo leilão de parceria foi feito com sucesso em agosto, e os de Cumbica, Viracopos e Brasília, que terão seus editais de concessão concluídos ainda neste semestre, são exemplos do que afirmo.

Acho que a secretária de planejamento e investimentos estratégicos do Ministério do Planejamento, Maria Lúcia de Oliveira Falcón respondeu muito bem, no debate, ao lembrar que, quando o governo Lula instituiu o PAC, não havia projetos de investimentos e nem sequer técnicos capazes de avaliá-los.

Estado mínimo dos tucanos arrebentou a máquina pública

"Os senhores me desculpem, mas é verdade, o Brasil estava assim", afirmou. Desde então, segundo afirmou Maria Lúcia, o governo contratou 700 analistas e 70 especialistas em projetos. A situação quando o governo Lula assumiu em 2003 era esta: uma máquina gestora da administração pública sucateada, com áreas inteiras sem quadro de funcionários, dentro daquela filosofia do governo tucano de FHC, de implantar no Brasil um estado mínimo.

Por outro lado, as críticas dos economistas ao PAC só reforçam o que tenho dito reiteradamente aqui e que é um consenso no país: concordamos todos que precisamos investir mais, por exemplo, em saúde, educação e muito em infraestrutura, atuais prioridades do governo e do Congresso que discutem, dentre tantos outras propostas e programas, a Emenda 29, de recursos para a Saúde, e o Plano Decenal de Educação.

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