Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, negou que o governo pretenda nacionalizar todas as indústrias que funcionam no país. A possibilidade surgiu desde que Chávez nacionalizou a empresa de barcas Conferry, responsável pelo transporte para a Ilha Margarita – um dos principais pontos turísticos do país. Mas Chávez afastou a alternativa de nacionalização geral.
“Seria uma loucura e o país ficaria ingovernável. Precisamos de um setor privado responsável. [Precisamos da] pequena propriedade e média propriedade”, disse o presidente, em entrevista por telefone para a emissora estatal de televisão VTV.
Segundo Chávez, os estrangeiros que quiserem investir na Venezuela serão “bem-vindos”. O presidente disse que a região de Orinoco tem projetos atraentes e que podem despertar o interesses dos investidores. De acordo com ele, o “modelo econômico venezuelano é produtivo e diversificado”.
O presidente disse ainda que o atual modelo político e econômico adotado na Venezuela refelete a igualdade social, pois permite a “democracia participativa, popular e verdadeira”. Demonstrando indignação com os boatos sobre o agravamento do seu estado de saúde, Chávez reagiu condenando os responsáveis pelas informações.
"É uma coisa mórbida. É bruto e desumano, mas isso é o mundo", disse Chávez. "O que eles [os que suspeitam do agravamento do seu estado de saúde] querem?. Querem que retire o tumor maligno e mostre para eles? Isso, eu não vou, por favor" disse ele, negando um novo diagnostico de câncer, desta vez na região do cólon.
Desde junho, Chávez se submete a um tratamento para a cura de câncer. Fez quatro sessões de quimioterapia, perdeu mais de 20 quilos e está careca.
Agência Brasil
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