O estado de fome, que atinge cerca de quatro milhões de pessoas, espalhou-se para a região de Bay, ao Sul. Um levantamento de agosto encontrou índices de desnutrição aguda e alta taxa de mortalidade na área, controlada por grupos insurgentes islâmicos.
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Pela definição, para haver um estado de fome, declarado no país africano em julho, pelo menos 20% das residências devem estar em grave penúria alimentar, 30% da população com desnutrição aguda e uma taxa de mortalidade de duas para cada 10 mil pessoas por dia.
As crianças são a maioria das vítimas. Em agosto, os EUA já estimavam em 29 mil o número de mortos com menos de cinco anos em decorrência da fome.
Envio de alimentos
A ajuda humanitária enfrenta dificuldades para levar e distribuir alimentos no país, uma vez que as regiões mais atingidas pela seca, ao Sul da Somália, são controladas por insurgentes. Esses grupos não permitem a ação de organizações internacionais em seus territórios.
Em julho, grupos extremistas islâmicos, que segundo a ONU e os EUA são ligados à Al Qaeda, queimaram alimentos e medicamentos enviados pelas Nações Unidas ao país. Além disso, mataram funcionários de grupos humanitários e passaram a exigir propina para deixar os alimentos chegarem à população.
Por isso, os somalis fogem para campos de deslocados internos na capital Mogadíscio, que já acumulam mais de 400 mil pessoas. Outros atravessam a fronteira com o Quênia em direção ao campo de refugiados de Dadaab, o maior do mundo, no qual vivem 440 mil indivíduos.
Veja abaixo imagens do campo de refugiados de Dadaab, no Quênia:
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