domingo, 9 de outubro de 2011

Pobre América Latina!

Na Bolívia e no Paraguai as oposições aos governos populares dos presidentes Evo Morales (foto) e Fernando Lugo vão aprendendo a manipular as lutas sociais e populares. Com amplo espaço, é óbvio, na mídia - de lá e de cá - que apoiou todas as ditaturas e seus crimes contra os direitos humanos e sociais, contra a economia desses países nossos vizinhos e irmãos, e contra seus recursos naturais.

Na Bolívia uma questão ambiental, a passagem de uma estrada dentro de um parque nacional indígena (pelo TIPNIS - Território Indígena Parque Nacional Isiboro Sécure), e no Paraguai a ação de um grupo armado, um tal de Exército do Povo Paraguaio (EPP) - de oposição esquerdista e cujos principais lideres já estão presos - servem de combustível para a oposição tentar desestabilizar os governos dos presidentes Evo Morales e Fernando Lugo.

Adivinhem como a oposição superdimensiona a ameaça representada pelos integrantes desse EPP? O Ministério Público paraguaio afirma que eles foram treinados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).


Chantagem contra Lugo



O presidente Lugo teve que acatar uma decisão do Congresso paraguaio, de decretar estado de emergência por 60 dias em dois Departamentos (Estados) no norte do pais, San Pedro e Concepcion, uma das mais pobres regiões paraguaias, onde coexistem grandes pecuaristas e o cultivo ilegal de maconha.



Se não aceitasse, ficaria sob a ameaça de sofrer impeachment. Durante os dois meses de vigência do estado de emergência ficam suspensas na área dos dois departamentos todas as garantias constitucionais.



Já o presidente da Bolívia, Evo Morales, que propôs uma consulta popular sobre a construção ou não da rodovia nos dois departamentos, Beni e Cochabamba, pelos quais passa a obra - realizada com financiamento do BNDES e por uma empresa brasileira - vê aumentar a cada dia a oposição à estrada.



Tempos duros!

Agora, trabalhadores em greve reivindicando melhorias salariais (professores, mineiros, operários e funcionários públicos) juntaram-se à luta dos indígenas que, em minoria, são contra a obra. Vejam, os indígenas querem que só eles votem na consulta popular e não toda a população dos dois departamentos, como é a proposta do plebiscito do presidente da República.



Enquanto isso, a imprensa de oposição faz de tudo para desgastar esses dois governos, Fernando Lugo, no Paraguai e Evo Morales, na Bolívia. Tempos duros!

Blog do Zé Dirceu


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