Aécio Neves
Na página 2 da Folha de S.Paulo, hoje, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) utiliza o generoso espaço que o jornal lhe dá para um artigo todas as 2ªs feiras para pontificar numa área que lhe é pouco familiar. Aproveita a visita, semana passada, da presidenta Dilma Rousseff a Cuba para criticar o nosso governo e sua política externa em relação a Havana.
O senador mineiro, grande aposta da imprensa quando de sua eleição em 2010 como o líder da oposição a partir de então, cumprido um ano de mandato ainda não disse a que veio. Não correspondeu à expectiva dos que o elegeram para fazer oposição, não fez um pronunciamento marcante - nem quando prometeu que o faria - e perdeu a única bandeira que tentou abraçar - a do engessamento das Medidas Provisórias, matéria que o governo aprovou da forma como queria e que o país precisava.
Pior, já entrou em campanha para a eleição seguinte, a presidencial de 2014. Bem antes da hora, a três anos da próxima disputa pelo Palácio do Planalto.
Melhor faria Aécio se canalizasse suas energias para a nossa Minas Gerais. O Estado ainda vive os efeitos trágicos de uma enchente, da qual o senador só tomou conhecimento com uma visita a Outro Preto 15 dias depois de a cidade ter sido assolada pelas cheias. Possivelmente não pôde antes, conforme noticiaram os jornais, porque estava de férias em Paris.
Agora, a olhar e a velar pelo Estado que o elegeu, prefere incursionar por relações exteriores e Cuba, assunto do qual não entende nada. Está, oportunisticamente, e , como já fez em outras ocasiões, pegando carona na campanha da mídia contra a política externa brasileira.
Foto João Cruz/ABR
Blog do Zé Dirceu
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