Quem o diz é o Banco Central. Os gastos com juros subiram R$ 41,304 bi no ano passado, atingindo a marca recorde de R$ 236,673 bi. Segundo o BC, o setor público registrou um superávit primário de R$ 128,7 bi em 2011. A meta prevista para o ano passado era de R$ 127,9 bi. Ou seja, o governo superou sua em R$ 810 milhões a meta. A economia feita pelo governo, ou seja, o esforço fiscal, no ano passado chegou a 3,11% do PIB.
De acordo com as autoridades, esses números foram obtidos com a soma de vários fatores. Houve um maior aperto sobre os gastos com pessoal e com os de custeio; a arrecadação cresceu; e os investimentos cresceram em menor ritmo.
Como podemos constatar, não há nada mais grave do que pagar mais de R$ 230 bi de reais de juros da dívida interna, economizando, via superávit, mais de R$ 128 bi às custas, inclusive, de menos investimentos. E, com tudo isso, fazer um déficit, isto é, uma nova dívida, de mais de R$ 107 bilhões de reais.
Estes são números assustadores, se levarmos em conta os orçamentos da saúde e da educação. Juntos não chegam a R$ 150 bi. Já, os investimentos do governo federal não atingiram R$ 50 bi. Esses números são uma razão pela qual, mais do que nunca, a taxa Selic tem que cair, assim como a inflação. Nada é mais concentrador da renda do país que esse rentismo às custas do erário público.
Blog do Zé Dirceu
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