terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Batista: Governo deve avaliar cortar meta de superávit





Representante do Brasil e de outros dez países na diretoria executiva do FMI, Paulo Nogueira Batista sugere que o País faça essa avaliação, diante de juros mais baixos e crescimento mais fraco


247 – Representante do Brasil e de outros dez países na diretoria do FMI (Fundo Monetário Internacional), Paulo Nogueira Batista avaliou nesta segunda-feira, durante uma entrevista à agência de notícias Dow Jones, que o governo brasileiro deveria considerar cortar a meta do superávit para 2013, já que está diante de juros mais baixos e crescimento mais fraco.
"As taxas de juro no Brasil caíram consideravelmente. Isso ajuda a recuperação econômica, assim como as finanças do governo", declarou ele. "O superávit primário exigido para estabilizar a dívida pública é hoje mais baixo do que costumava ser", acrescentou Nogueira Batista. O País tem tido dificuldades para cumprir suas metas fiscais e, apesar dos juros baixos, manteve sua meta de superávit orçamentário primário em 3,1% do PIB.
O representante do Fundo fez questão de afirmar que esta é uma avaliação pessoal sua, e não a do FMI como um todo. E acrescentou que suas opiniões não têm a ver com os repasses de verbas feitos pelo governo para cumprir a meta fiscal de 2012, chamados pelos críticos de "manobras fiscais". "Eu precisaria dar uma olhada melhor nisso. Mas o que eu estou dizendo não tem nada a ver com isso. Tem a ver com a real orientação da política fiscal", disse.


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