Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que há
“grave risco de nova recessão” e que devem ser adotadas medidas de
combate ao aumento do desemprego no mundo. No estudo denominado Situação
e Perspectivas da Economia Mundial 2013, as Nações Unidas mantiveram a
revisão em baixa para a previsão de crescimento econômico ao longo deste
ano. As perspectivas são influenciadas pelos impactos da crise
econômica internacional em vários países.
“O agravamento da crise na zona do euro [17 países que adotam a moeda
única], o abismo do Orçamento nos Estados Unidos e um abrandamento
brusco da economia chinesa poderão causar nova recessão global e cada um
desses riscos poderá resultar em perdas produtivas globais entre 1% e 3
%”, ressaltou o diretor do estudo, Rob Vos.
Para a ONU, as políticas econômicas baseadas em medidas de austeridade
fiscal e nos cortes dos orçamentos não oferecem o necessário para
recuperar a economia e conter a crise do emprego. “Apesar de os esforços
terem sido significativos, especialmente na zona do euro, a combinação
de austeridade no Orçamento e de políticas monetárias expansivas teve um
êxito desigual”, destacou Vos.
De acordo com o estudo, a estratégia deve ser alterada na tentativa de
adotar ações coordenadas com políticas de criação de emprego e de
crescimento sustentável. “A economia mundial enfraqueceu
consideravelmente em 2012. [A perspectiva é que se mantenha] deprimida
nos próximos dois anos”, com a previsão de crescimento de 2,4 % para
2013 e de 3,2 % para 2014”, diz o relatório.
No estudo, são apontados os efeitos da recessão nas economias dos
países da zona do euro, o abrandamento econômico dos Estados Unidos e a
deflação no Japão, que afetam as exportações e causam maior volatilidade
nos fluxos de capital e nos preços das matérias-primas.
A ONU estima um crescimento na zona do euro de 0,3 % em 2013 e de 1,4 %
em 2014; nos Estados Unidos, de 1,7 % em 2013 e de 2,7 % em 2014; no
Japão, de 0,6 % este ano e de 0,8 % no próximo; e na China, de 7,9 % em
2013 e de 8 % em 2014.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.
Agência Brasil
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