Candidato do PT ao governo de Minas prometeu devolver "dignidade" aos professores da rede pública estadual e construir escolas técnicas no Estado; ex-ministro ressaltou que irá recuperar a carreira de policial; "A polícia precisa ser respeitada", disse; no campo da saúde, Fernando Pimentel ressaltou a importância de maior apoio a hospitais filantrópicos e de uma política de atendimento aos dependentes químicos
8 de Agosto de 2014 às 13:08
Minas 247 - O candidato a governador pela coligação "Minas Pra Você", Fernando Pimentel (PT), foi destaque no primeiro debate televisivo realizado na noite de ontem pela Band Minas, segundo avaliação de internautas nas redes sociais e formadores de opinião presentes ao evento.
O petista apresentou suas propostas para as demandas dos mineiros, ressaltando a experiência que teve como ministro de Desenvolvimento da presidente Dilma Rousseff (PT) e prefeito de Belo Horizonte, quando foi eleito um dos melhores gestores do mundo.
No primeiro bloco, quando foram sorteadas perguntas por temas, Pimentel ressaltou a importância da educação e de devolver a "dignidade" aos professores da rede pública estadual, com o pagamento do piso nacional. E garantiu que, se eleito, o estado vai cumprir o que determina a Constituição: investir 25% do orçamento na educação, o que não ocorre hoje. Propôs, ainda, fazer o que, como disse, o atual governo não fez: construir escolas técnicas estaduais.
Pimentel lembrou que, no ranking nacional, Minas está entre os estados que pagam os piores salários aos professores, ocupando a 24ª colocação no país - atrás até de estados mais pobres, como o Maranhão.
"Vamos implantar o piso nacional e cumprir a Constituição, que manda investir 25% na educação, o que não foi adequadamente feito nesses 12 anos de governo tucano", afirmou.
Para a segurança pública, Pimentel garantiu que vai aumentar os efetivo das polícias militar e civil e recuperar a carreira de policial. "A polícia precisa ser respeitada".
Já para a saúde, Pimentel lembrou que o atual governo do PSDB também não cumpre o que determina a Constituição, que é investir 12% do orçamento no setor - o que obrigou o estado a firmar um Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) com o Ministério Público. Ele defendeu o fortalecimento das santas casas e hospitais filantrópicos e construção de hospitais regionais.
"Vamos dar apoio efetivos aos hospitais filantrópicos. Como prefeito, recuperei a Santa Casa de Belo Horizonte, que se tornou o maior hospital do SUS em Minas, e construímos o centro de especialidades metropolitanas", garantiu.
Ainda na área da saúde, Pimentel citou o fato do governo de Minas não ter uma política de atendimento aos dependentes químicos. Apenas 700 pacientes contam hoje com atendimento do governo. "Vamos ter de construir uma nova política de atendimento em parceria com entidades privadas, igrejas e sociedade", frisou.
Para tirar o estado da estagnação econômica, o candidato afirmou que vai rever a legislação tributária, considerada um fator de desestímulo a novos investimentos, e elaborar um projeto econômico para aprimorar o desenvolvimento de Minas por regiões.
"Precisamos mudar as regras de regulação e criar polos de desenvolvimento para que Minas caminhe para o futuro. Já caímos da 3ª para 6ª posição no ranking nacional de competitividade", declarou o petista, citando pesquisas internacionais.
Na área de mobilidade urbana, Pimentel lembrou que as obras do metrô e Anel Rodoviário em Belo Horizonte não saíram do papel devido à incapacidade do governo estadual de elaborar os projetos técnicos. "Existe dinheiro federal, mas o atual governo do estado não conseguiu fazer os projetos executivos", disse.
Ainda nesta área, ele propôs a redução do ICMS sobre o combustível para reduzir o preço do diesel e, assim, permitir que as tarifas pagas pela população no transporte público não subam de forma exagerada.
Para concluir, Pimentel lembrou sua proposta de fazer um governo regionalizado, ouvindo os mineiros. Ele lembrou dois de seus projetos como prefeito, o Vila Viva e as Umeis (Unidades Municipais de Educação Infantil), que inspiraram o governo federal e mudaram as vidas de muitos belorizontinos.
"Quero colocar minha experiência como secretário da Fazenda do então prefeito Patrus Ananias, como vice-prefeito do saudoso Célio de Castro, como prefeito de Belo Horizonte e ministro do Desenvolvimento a serviço dos mineiros. Eu cumpri meu mandato como prefeito até o último dia", disse, referindo-se a adversários que, no passado, deixaram o cargo para disputar o governo estadual.
O debate terminou na madrugada desta sexta-feira, 8.
Brasil 247
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