Postado em 06 set 2014
por : Kiko Nogueira
Ela
No pacote de mistificações de Marina Silva, inclui-se o fenômeno do coitadismo. Marina é uma injustiçada eterna.
Quando chamada a responder pelo que disse em 2008 e desdisse em 2014, é perseguição. Quando lhe são cobradas explicações sobre o avião de Campos ou as palestras, estão “fazendo CPIs paralelas, informais”.
Não é fácil ter a vida devassada, é evidente, mas é inevitável para qualquer candidato, especialmente os postulantes à presidência.
Numa entrevista à CBN, Marina reclamou que a questão das palestras era um “factoide” — segundo a Folha, entre março de 2011 e junho de 2014 ela recebeu R$ 1,6 milhão falando para empresas cujos nomes, aliás, não foram revelados.
Não esclareceu. Ao invés disso, seus adversários, por serem “tão grandes e poderosos, conseguem ocupar todos os espaços para dizer inverdades. Eu não tenho a mesma estrutura que eles têm. A presidente Dilma tem 11 minutos de programa de televisão, o governador Aécio tem quase cinco. Eu tenho apenas dois minutos”.
No Twitter, escreveu o seguinte: “Eu estou me sentindo injustiçada. É uma indústria de boatos e mentiras que estão sendo lançadas na internet, de todas as formas”.
Mais: “Os partidos da polarização, PT e PSDB, não estão acostumados que as eleições sejam um processo político. Estão acostumados com plebiscito”. Lembrando que plebiscitos são, eventualmente, legítimos e Marina os propõe até para escolher entre açúcar e adoçante no café.
Não há novidade na estratégia de vitimização de Marina. Muitos outros já se utilizaram disso.
É uma forma de desqualificar o interlocutor. Dilma e Aécio apanham a torto e a direito. É do jogo. No caso de Marina, não se pode falar de sua de suas contradições, de sua falta de clareza, de seu passado, presente ou futuro – isso é boataria.
A indignação de Eduardo Gianneti e de Demétrio Magnolli com as pessoas que estranham ou se preocupam com o fundamentalismo religioso de MS é sintomática. Por que não se pode discutir isso? É proibido? Quais são os assuntos autorizados pela tropa de choque?
Criticar Marina é crime. A não ser quando ela, Marina Silva, fala dos demais candidatos. Aí, sim, estamos mais uma vez na presença exuberante da nova política.
No pacote de mistificações de Marina Silva, inclui-se o fenômeno do coitadismo. Marina é uma injustiçada eterna.
Quando chamada a responder pelo que disse em 2008 e desdisse em 2014, é perseguição. Quando lhe são cobradas explicações sobre o avião de Campos ou as palestras, estão “fazendo CPIs paralelas, informais”.
Não é fácil ter a vida devassada, é evidente, mas é inevitável para qualquer candidato, especialmente os postulantes à presidência.
Numa entrevista à CBN, Marina reclamou que a questão das palestras era um “factoide” — segundo a Folha, entre março de 2011 e junho de 2014 ela recebeu R$ 1,6 milhão falando para empresas cujos nomes, aliás, não foram revelados.
Não esclareceu. Ao invés disso, seus adversários, por serem “tão grandes e poderosos, conseguem ocupar todos os espaços para dizer inverdades. Eu não tenho a mesma estrutura que eles têm. A presidente Dilma tem 11 minutos de programa de televisão, o governador Aécio tem quase cinco. Eu tenho apenas dois minutos”.
No Twitter, escreveu o seguinte: “Eu estou me sentindo injustiçada. É uma indústria de boatos e mentiras que estão sendo lançadas na internet, de todas as formas”.
Mais: “Os partidos da polarização, PT e PSDB, não estão acostumados que as eleições sejam um processo político. Estão acostumados com plebiscito”. Lembrando que plebiscitos são, eventualmente, legítimos e Marina os propõe até para escolher entre açúcar e adoçante no café.
Não há novidade na estratégia de vitimização de Marina. Muitos outros já se utilizaram disso.
É uma forma de desqualificar o interlocutor. Dilma e Aécio apanham a torto e a direito. É do jogo. No caso de Marina, não se pode falar de sua de suas contradições, de sua falta de clareza, de seu passado, presente ou futuro – isso é boataria.
A indignação de Eduardo Gianneti e de Demétrio Magnolli com as pessoas que estranham ou se preocupam com o fundamentalismo religioso de MS é sintomática. Por que não se pode discutir isso? É proibido? Quais são os assuntos autorizados pela tropa de choque?
Criticar Marina é crime. A não ser quando ela, Marina Silva, fala dos demais candidatos. Aí, sim, estamos mais uma vez na presença exuberante da nova política.
Sobre o AutorDiretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.
Diário do Centro do Mundo
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