Uma das principais herdeiras do banco Itaú, Maria Alice Setúbal, conhecida como Neca, doou, em 2013, R$ 1 milhão para o instituto sobre sustentabilidade criado pela ex-senadora Marina Silva; isso representa 83% dos custos da entidade; principal financiadora da candidata, a herdeira do banco fala em nome de Marina e coordena seu programa de governo; foi ela, por exemplo, quem anunciou a independência do Banco Central, uma bandeira defendida pela família Setúbal, e é também Neca quem tenta atrair nomes para a equipe econômica; Marina também recebeu R$ 1,6 milhão em palestras, mas se nega a revelar quem são os clientes; o Itaú, por sua vez, está em litígio com a União por ter sido multado em R$ 18,7 pela Receita Federal por sonegação de impostos
7 de Setembro de 2014 às 05:04
247 - Uma reportagem deste domingo da Folha de S. Paulo confirma o que já parecia evidente. É Maria Alice Setúbal, a Neca, herdeira do banco Itaú, a principal financiadora da candidata do PSB à presidência da República, Marina Silva.
De acordo com o texto de Aguirre Talento e Fernanda Odilla (leia aqui a íntegra), Neca doou R$ 1 milhão em 2013 para o instituto criado por Marina Silva para promover a sustentabilidade. Isso representa nada menos que 83% dos custos da entidade, o que significa que Marina é quase que integralmente bancada por Neca.
Nesta condição, de principal financiadora da candidata, Neca passou a coordenar seu programa de governo e a falar em nome da candidata. Ela foi a primeira a anunciar a independência formal do Banco Central, uma medida defendida pela família Setubal.
O programa de Marina tem ainda outros ingredientes que interessam ao banco dos Setúbal, como a redução do papel de instituições públicas, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES, no mercado de crédito.
As despesas do instituto de Marina, na prática, atendem a projetos de interesse da própria candidata, como a digitalização de seu próprio acervo pessoal, além de gastos administrativos.
Além desse R$ 1 milhão recebido da amiga Neca Setúbal, Marina também faturou R$ 1,6 milhão com palestras. No entanto, ele se negou a revelar a identidade de seus clientes, alegando cláusulas de confidencialidade.
A empresa de Marina teve lucro de R$ 1 milhão no ano passado, mas ela declarou ao Tribunal Superior Eleitoral um patrimônio pouco superior a R$ 100 mil.
O Itaú, que financia por meio de uma de suas herdeiras a candidatura de Marina, encontra-se em litígio com a União, por ter sido multado pela Receita Federal em R$ 18,7 bilhões, sob a alegação de sonegação fiscal na compra do Unibanco.
Brasil 247
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