Para o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, as acusações de que parlamentares da base do governo teriam se beneficiado de suposto esquema na Petrobras têm caráter eleitoreiro; “Estão tentando usar a notícia de delação premiada para, no desespero, mudar o rumo da campanha”, disse, ao final do desfile de 7 de Setembro, em Brasília, sobre as revelações atribuídas do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa; ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo lembrou que o inquérito corre em sigilo e que a Polícia Federal e o Ministério Público estão apurando dentro do que “a lei determina”
7 de Setembro de 2014 às 14:07
Priscilla Mazenotti – Repórter do Radiojornalismo
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, classificou como “boataria” as denúncias de envolvimento de parlamentares em esquema de pagamento de propina na Petrobras. Segundo, o ministro, as acusações têm caráter eleitoreiro.
“Não posso tomar como denúncia contra a base aliada uma boataria de um vazamento sobre um procedimento que não sei qual é. Só vamos falar depois que houver o inteiro teor das denúncias”, disse ao final do desfile de 7 de Setembro. “Estão tentando usar a notícia de delação premiada para, no desespero, mudar o rumo da campanha. O vazamento é sempre condenável”, completou.
Para Carvalho, só após a confirmação das denúncias o governo fará a apuração do caso. “As apurações serão feitas como sempre ocorreram”, afirmou.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, lembrou que o inquérito corre em sigilo, mas que as apurações estão sendo feitas. “É importante que se faça a investigação e se esclareça. O inquérito corre em sigilo, portanto não se pode fazer nenhuma valoração a respeito. A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público, está fazendo as apurações dentro daquilo que a lei determina”, disse.
Denúncias publicadas na revista Veja desta semana afirmam que o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa revelou, por meio da delação premiada, nomes de mais de 30 pessoas, entre parlamentares, ministros e ex-governadores que teriam participado do esquema. Os políticos teriam recebido 3% de comissão sobre o valor dos contratos da Petrobras durante a gestão de Paulo Roberto, que está preso desde junho.
Brasil 247
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