quarta-feira, 19 de novembro de 2014

ADPF e Fenapol fazem consulta entre delegados para indicar a Dilma o diretor-geral da PF



Enviado por Leo V.


do Causa Operária
Pressão sobre o Executivo


Delegados indicam lista para comando da Polícia Federal

ADPF e Fenapol fazem consulta entre delegados para indicar a Dilma e ao ministro da Justiça nome para diretor-geral da instituição



A ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal) e Fenadepol (Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal) realizaram uma eleição dentro da Polícia Federal para a indicação de uma lista tríplice para o cargo de diretor-geral da instituição. A indicação dos três delegados será entregue para o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso e a presidente, Dilma Rousseff (PT), a qual tem o poder de escolha, independentemente da votação.

Os nomes indicados para foram os de Roberto Troncon Filho, atual superintendente regional de São Paulo, Sérgio Barbosa Mendes, superintendente regional de Minas Gerais e Sérgio Lúcio Fonte, diretor de gestão de pessoal.

É uma tentativa clara de condicionar a decisão do Poder Executivo.

Dentre os quase 12 mil funcionários da PF, participaram da consulta apenas 790 delegados, cerca de um terço dos 2,1 mil associados das duas organizações que realizaram a consulta.

Além de entregar a lista para o ministério e a presidência, a ADPF e a Fenadepol irão pedir apoio para o atual diretor-geral da PF, Leandro Daiello, para que o resultado seja respeitado e a escolha fique dentro da lista tríplice. Há a possibilidade de Dilma manter Daiello no cargo para o próximo mandato.

Sérgio Barbosa afirma que a Polícia Federal deveria se voltar mais para o papel de Polícia Judiciária, ao contrário do que é hoje, em que cerca de 60% de sua ação é voltada para a atuação de Polícia Administrativa.

Nos últimos anos a PF se tornou uma das principais participantes nas denúncias e investigações de corrupção envolvendo o governo. Tem servido, não apenas para criar os escândalos de corrupção, mas para fornecer ao monopólio capitalista da imprensa o material para sua agitação política contra o governo do PT.

Há uma pressão para que um elemento ligado à direita e ao capital estrangeiro (Sérgio Fonte fez cursos como SWAT TEAM (Programa de Assistência Anti-Terrorista do Departamento de Estado dos EUA) e Gerência de Segurança Pública no International Law Enforcement Academy Roswell pelo Departamento de Estado do EUA) seja indicado para diretor geral. O PT ainda não deixou claro qual será sua posição e a questão está, certamente, sendo discutida e negociada nos bastidores.




Jornal GGN

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