Por José Fernando Ap. de Oliveira, ex-deputado federal
O Brasil decidiu seu destino pelos próximos quatro anos. Diante desse quadro, não posso calar o que não quer calar dentro de mim. Refiro-me aos ataques, feitos em todos os debates eleitorais, à memória de um grande estadista: Itamar Franco. Ninguém esteve mais presente nesses debates quanto o ex-presidente. Primeiro, foi-lhe cassada acintosamente a paternidade do Plano Real, oriunda de sua competência e certeza da necessidade de uma medida para conter e disciplinar o processo inflacionário galopante da época.
Esta, porém, repetida inúmeras vezes como obra de tucanos – repudiados por Itamar -, não é a mais grave referência ao ex-presidente. A mais cruel e insidiosa referência ao ex-governador de Minas, que governou de 1998 até 2002, está nas afirmações do senador Aécio Neves (PSDB), dando ênfase às condições do nosso Estado: “recebi uma Minas quebrada e desorganizada”. Tal afirmação foi feita ainda quando Itamar estava entre nós. Ele reagiu, denunciando firmemente a fraude contábil nascida dentro do Governo de seu sucessor. Conhecedor dos números, Itamar exigiu o reparo, obrigando o Governo Aécio a reconhecer o erro. Na verdade, não havia Estado quebrado. Itamar entregou um Estado muito melhor doque o que recebeu de Eduardo Azeredo. Mas era necessário repetir a mentira do tão propalado choque de gestão.
O silêncio tucano permaneceu enquanto Itamar estava vivo, quando ele, e apenas ele, saiu em defesa de seu próprio Governo, resistindo bravamente às investidas do Governo FHC contra Minas. Itamar desfez a privatização da Cemig, estancando aquele processo doloso de furto de uma das maiores e mais significativas estatais de Minas e do país. Vale lembrar que teve nessa empreitada o apoio decisivo do embaixador José Aparecido de Oliveira, então membro do Conselho de Administração da Cemig.
No confronto político e econômico em defesa de Minas e do Brasil, Itamar teve que enfrentar, ainda no Governo FHC, até mesmo a figura de um presidente do Banco Central que aconselhava e orientava investidores estrangeiros a não investir em Minas, violando, criminosamente, o pacto federativo, além de ignorar o compromisso com o desenvolvimento do país.
De todas as paternidades negadas a Itamar, a mais triste e que mais enxovalha a alma política mineira é a paternidade política do senhor Aécio Neves, feito governador de Minas pelas mãos do próprio Itamar. É, igualmente, a prova cabal de que a ingratidão é a arma política dos espertos e daqueles que reescrevem suas biografias ao prazer de suas ambições, como FHC. A ingratidão em um país, segundo descreveu Jonhathan Swiff, em suas “Viagens de Gulliver”, é tida como o mais grave delito que pode ser praticado pelo cidadão. Considerava que a ingratidão não era um crime do indivíduo contra outro indivíduo, mas de um indivíduo contra todos. Saiba, doutor Itamar, que a sua retidão e o seu exemplo estão fazendo falta à vida pública de nosso país.
O Brasil decidiu seu destino pelos próximos quatro anos. Diante desse quadro, não posso calar o que não quer calar dentro de mim. Refiro-me aos ataques, feitos em todos os debates eleitorais, à memória de um grande estadista: Itamar Franco. Ninguém esteve mais presente nesses debates quanto o ex-presidente. Primeiro, foi-lhe cassada acintosamente a paternidade do Plano Real, oriunda de sua competência e certeza da necessidade de uma medida para conter e disciplinar o processo inflacionário galopante da época.
Esta, porém, repetida inúmeras vezes como obra de tucanos – repudiados por Itamar -, não é a mais grave referência ao ex-presidente. A mais cruel e insidiosa referência ao ex-governador de Minas, que governou de 1998 até 2002, está nas afirmações do senador Aécio Neves (PSDB), dando ênfase às condições do nosso Estado: “recebi uma Minas quebrada e desorganizada”. Tal afirmação foi feita ainda quando Itamar estava entre nós. Ele reagiu, denunciando firmemente a fraude contábil nascida dentro do Governo de seu sucessor. Conhecedor dos números, Itamar exigiu o reparo, obrigando o Governo Aécio a reconhecer o erro. Na verdade, não havia Estado quebrado. Itamar entregou um Estado muito melhor doque o que recebeu de Eduardo Azeredo. Mas era necessário repetir a mentira do tão propalado choque de gestão.
O silêncio tucano permaneceu enquanto Itamar estava vivo, quando ele, e apenas ele, saiu em defesa de seu próprio Governo, resistindo bravamente às investidas do Governo FHC contra Minas. Itamar desfez a privatização da Cemig, estancando aquele processo doloso de furto de uma das maiores e mais significativas estatais de Minas e do país. Vale lembrar que teve nessa empreitada o apoio decisivo do embaixador José Aparecido de Oliveira, então membro do Conselho de Administração da Cemig.
No confronto político e econômico em defesa de Minas e do Brasil, Itamar teve que enfrentar, ainda no Governo FHC, até mesmo a figura de um presidente do Banco Central que aconselhava e orientava investidores estrangeiros a não investir em Minas, violando, criminosamente, o pacto federativo, além de ignorar o compromisso com o desenvolvimento do país.
De todas as paternidades negadas a Itamar, a mais triste e que mais enxovalha a alma política mineira é a paternidade política do senhor Aécio Neves, feito governador de Minas pelas mãos do próprio Itamar. É, igualmente, a prova cabal de que a ingratidão é a arma política dos espertos e daqueles que reescrevem suas biografias ao prazer de suas ambições, como FHC. A ingratidão em um país, segundo descreveu Jonhathan Swiff, em suas “Viagens de Gulliver”, é tida como o mais grave delito que pode ser praticado pelo cidadão. Considerava que a ingratidão não era um crime do indivíduo contra outro indivíduo, mas de um indivíduo contra todos. Saiba, doutor Itamar, que a sua retidão e o seu exemplo estão fazendo falta à vida pública de nosso país.
Tribuna de Minas
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