4 de março de 2015 | 16:33 Autor: Fernando Brito
Olhem os dois títulos de O Globo (capa e o da matéria, propriamente).
Bem, ao ler você verá que ninguém (um assessor, uma fonte, um ministro) não diz e nem sequer avalia coisa alguma.
Está evidente que são ambos, Renan Calheiros e Eduardo Cunha que “passam” para a oposição na certeza de que lá terão a indulgência da mídia diante do que forem acusados pela Procuradoria Geral da República.
Ou será possível imaginar que Dilma tenha “enfiado” as duas ínclitas figuras na “lista do Janot”.
Certamente não estão lá de favor, por indicação política. Estão “por merecimento”.
Renan, sobretudo, virou “unanimidade”.
Ontem, Aécio Neves, que dias antes disse horrores dele na eleição da Mesa do Senado, aplaudiu-o e disse que ele era o “presidente do Senado de todos os brasileiros”.
O Globo, note nos títulos, também faz sua parte para que creiam (se é que alguém pode crer nisso) que há uma manobra palaciana contra a dupla oriunda do collorismo.
Que, atirando contra o Planalto, leva automaticamente um upgrade para a beatitude.
Com isso e mais a necessidade de autorização do plenário para que possam ser processados no Supremo (o que só ocorrerá se surgirem situações totalmente escancaradas, o que não é nada impossível para quem lhes conhece o estilo) os dois têm certeza de que ficam de fora, mesmo estando, eventualmente, dentro do embrulho de paulo Roberto Costa, Alberto Youssef e companhia.
Tijolaço
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