Ações da estatal sobem forte motivadas por uma "sintonia perfeita" de notícias, segundo análise da XP Investimentos; companhia irá vender a participação que detém na Braskem, controlada pela estatal em conjunto com a Odebrecht, como parte do plano de desinvestimentos da ordem de US$ 13,7 bilhões; além disso, ela é influenciada pela "calmaria" no cenário político com a "amizade" entre Dilma e Levy, além do "esvaziamento" dos protestos de ontem
13 DE ABRIL DE 2015 ÀS 12:29
Por Rodrigo Tolotti Umpieres • Ricardo Bomfim
SÃO PAULO - O Ibovespa opera em alta nesta segunda-feira (13) puxado pelas ações da Petrobras. O índice também repercute a surpreendente redução de 15% nas exportações chinesas no radar, mostrando uma desaceleração ainda maior do que o esperado da segunda maior economia do mundo. Especulações sobre estímulos mantém os mercados em alta lá fora em tempos de injeção de liquidez na Europa. O cenário político por aqui continua arrefecendo com leve esvaziamento nos protestos e estabilização na avaliação da presidente Dilma Rousseff (PT).
Às 12h13 (horário de Brasília), o benchmark da Bolsa brasileira subia 0,38%, a 54.421 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial passa por um dia de ajustes após chegar a encostar em 4% de queda no mês na semana passada. No mesmo horário, a moeda ganhava força e chegava a alta de 1,29%, cotado a R$ 3,1103 na compra e R$ 3,1108 na venda.
Também tinha algum peso por aqui o Relatório Focus, com a mediana das projeções de diversos economistas, casas de análise e instituições financeiras para os principais indicadores macroeconômicos. A previsão para o PIB (Produto Interno Bruto) em 2015 se manteve em 1,01%, mas foi reduzida para 2016 de um avanço de 1,10% para 1,00%. Já no caso do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é o medidor oficial de inflação utilizado pelo governo, as projeções são de que haja um avanço de 8,13% este ano.
Petrobras dispara 7% e outros destaques
Segundo o estrategista-chefe da XP Investimentos, Celson Plácido, as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) disparam hoje motivadas por uma "sintonia perfeita" de notícias. A companhia irá vender a participação que detém na Braskem, controlada pela estatal em conjunto com a Odebrecht, como parte do plano de desinvestimentos da ordem de US$ 13,7 bilhões. Além disso, ela é influenciada pela "calmaria" no cenário político com a "amizade" entre Dilma e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, além do "esvaziamento" dos protestos na tarde de ontem.
E, segundo informações da Bloomberg, cada vez mais, deputados e senadores tanto da oposição quanto aliados do governo concordam em abrir a exploração das áreas do pré-sal a petrolíferas estrangeiras.
Já os papéis da Vale (VALE3; VALE5) viravam para alta apesar do noticiário sobre a China. As importações de minério de ferro da China subiram 9% em março em relação ao mesmo mês um ano antes, mostraram dados da alfândega nesta segunda-feira, com mineradoras globais continuando a inundar o mercado com a commodity apesar de uma desaceleração na demanda no seu maior consumidor mundial.
Apesar disso, especulações de estímulo ajudavam a manter em alta os mercados e os papéis de empresas cuja demanda se concentra formente no gigante asiático. Assim como a mineradora, as empresas do setor siderúrgico também viravam. Gerdau (GGBR4), CSN, (CSNA3), Metalúrgica Gerdau (GOAU4) e Usiminas (USIM5) registravam altas.
Brasil 247
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