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01/04/2015
por Tereza Cruvinel
O que explica o baixo interesse da mídia e da oposição pela Operação Zelotes, que identificou um mega-esquema de corrupção na Receita Federal para favorecer grandes sonegadores? Será pela ausência de políticos e de oportunidade de atingir o PT? Neste esquema só existem funcionários e grandes empresas. Como o Banco Safra, que ofereceu (ou pagou, a PF foi ambígua) uma propina de R$ 28 milhões para deixar de pagar R$ 793 milhões.
Até agora, nenhum bravo soldado do Parlamento, governista ou oposicionista, pediu uma CPI para o caso Zelotes. O senador Paulo Rocha, presidente da CPI do Swissleaks, acha que pode discutir com seus pares a incorporação desta nova investigação. Afinal, trata-se da mesma forma de sonegação e evasão (alguns “zelotes” pagaram propinas no exterior). Ele e alguns de seus pares vão requisitar ao Ministério Público acesso aos dados da investigação.
Depois do sigilo inicial, alguns nomes de empresas foram revelados. Entre elas estariam Copersucar, Embraer, Light, Gerdau, Santander,Caenge, Ford, Safra e muito outros nomes reluzentes do capitalismo nacional.
Tereza Cruvinel atua no jornalismo político desde 1980, com passagem por diferentes veículos. Entre 1986 e 2007, assinou a coluna “Panorama Político”, no Jornal O Globo, e foi comentarista da Globonews. Implantou a Empresa Brasil de Comunicação - EBC - e seu principal canal público, a TV Brasil, presidindo-a no período de 2007 a 2011. Encerrou o mandato e retornou ao colunismo político no Correio Braziliense (2012-2014). Atualmente, é comentarista da RedeTV e agora colunista associada ao Brasil 247.
Blog da Tereza Cruvinel - Brasil 247
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