POR FERNANDO BRITO · 15/11/2016
Quando um espetáculo ridículo como a “entrevista” de Michel Temer cai aos olhos de um jornalista com experiência mundial e um Prêmio Pulitzer na bagagem, como o americano Gleen Greenwald, não espere o silêncio sabujo com que a mídia brasileira o trata.
Hoje, no The Intercept, Greenwald, mostra o “mico” que, mais que o presidente, os medaçlhões da nossa mídia pagaram, num triste, mas esclarecedor, retrato do que são os veículos em que despontam como “astros”, no texto Fofocas, gargalhadas, romance e diversão de montão: as estrelas da mídia encontram seu Presidente.
Um trechinho:
A lista de jornalistas escalados para a entrevista foi bizarra, mas previsível. Quando um presidente empossado é entrevistado somente por veículos que defenderam o processo de impeachment que o levou ao poder, é inevitável que a conversa decorrente mais se assemelhe a um churrasco animado entre amigos do que a uma entrevista contenciosa (um deles, Ricardo Noblat, d’O Globo, já havia submetido tanto o Presidente quanto sua esposa a esta implacável apuração jornalística):
Outra jornalista presente, Eliane Cantanhêde, do Estadão, certa vez saiu em defesa de Temersugerindo que seus críticos estariam traindo o país: “Mas o esforço para derrubar Temer, neste momento, é trabalhar contra o Brasil”.
Nada mais “ame-o ou deixe-o”, não é?
O artigo implacável de Greenwald é complementado com o vídeo dos “melhores momentos” do puxa-saquismo explícito, produzido por Thiago Dezan, que reproduzo abaixo:
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