quinta-feira, 17 de novembro de 2016

PF PRENDE CABRAL POR PROPINA DE 5%


Agentes da Polícia Federal e da força-tarefa do Ministério Público Federal do Rio realizaram uma operação na manhã desta quinta-feira (17) para prender o ex-governador do Rio Sergio Cabral (PMDB), acusado de liderar um grupo que desviou cerca de R$ 224 milhões em contratos com diversas empreiteiras; ex-executivos da Andrade Gutierrez afirmaram, em delação premiada, que Cabral cobrou pagamento de 5% do valor total do contrato para permitir que a construtora se associasse à Odebrecht e à Delta, no consórcio que disputaria a reforma do Maracanã, em 2009; a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo também é um dos alvos da operação, mas ela será levada para depor na sede da PF local em condução coercitiva

17 DE NOVEMBRO DE 2016 


Rio 247 - Agentes da Polícia Federal e da força-tarefa do Ministério Público Federal do Rio realizaram na manhã desta quinta-feira (17) a Operação Calicute para prender o ex-governador do Rio Sergio Cabral (PMDB), acusado de liderar um grupo que desviou cerca de R$ 224 milhões em contratos com diversas empreiteiras, dos quais R$ 30 milhões referentes a obras tocadas pela Andrade Gutierrez e a Carioca Engenharia.

A ex-primeira-dama Adriana Ancelmo é um dos alvos, porém, ela será levada para depor na sede da PF local em condução coercitiva. Além de Cabral, outras nove pessoas também foram presas nesta manhã. Cabral foi alvo de dois mandados de prisão preventiva, uma do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, e outro do juiz Sergio Moro, da Lava Jato, em Curitiba.

São alvos da operação também o ex-secretário de Governo Wilson Carlos, o ex-secretário de Obras Hudson Braga, o ex-assessor do governador Carlos Emanuel de Carvalho Miranda, o Carlinhos, ex-marido de uma prima de Cabral.

O grupo chegou à casa de Cabral, no Leblon, na Zona Sul do Rio, por volta das 6h. O ex-governador e os outros alvos dos mandatos são suspeitos de receber propina em troca da concessão de obras públicas como a reforma do Maracanã e a construção do Arco Metropolitano. Delações da Andrade Gutierrez e da Carioca Engenharia viabilizaram a acusação.

Apenas a Carioca Engenharia comprovou o pagamento de mais de R$ 176 milhões em propina para o grupo. Segundo os ex-executivos da Andrade Gutierrez Rogério Nora de Sá e Clóvis Peixoto Primo, Cabral cobrou pagamento de 5% do valor total do contrato para permitir que a construtora se associasse à Odebrecht e à Delta, no consórcio que disputaria a reforma do Maracanã, em 2009. A Delta pertencia a Fernando Cavendish, amigo de Cabral preso em julho deste ano.



Brasil 247

Nenhum comentário:

Postar um comentário