Depois de ser citado 43 vezes na delação de Claudio Melo Filho, a primeira da Odebrecht, num relato confirmado por Marcelo Odebrecht, sobre um pedido de propina de R$ 10 milhões, Michel Temer apareceu novamente na delação da Odebrecht; quem o acusa é Marcio Faria, um dos executivos mais graduados da empreiteira; ele afirma que Temer lhe pediu dinheiro na companhia de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, e do lobista João Augusto Henriques, oferecendo como contrapartida a promessa de contratos na Petrobras; Cunha e Henriques estão presos em Curitiba; denúncia feita por Veja, com requintes de crueldade até na escolha da foto, sinaliza que os dias de Temer na presidência estão contados
15 DE DEZEMBRO DE 2016
247 – Depois de ser citado 43 vezes na delação de Claudio Melo Filho, a primeira da Odebrecht, num relato confirmado por Marcelo Odebrecht, sobre um pedido de propina de R$ 10 milhões, Michel Temer apareceu novamente na delação da Odebrecht.
Quem o acusa é Marcio Faria, um dos executivos mais graduados da empreiteira, e que chegou a ser preso na Lava Jato.
Ele afirma que Temer lhe pediu dinheiro na companhia de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, e do lobista João Augusto Henriques, oferecendo como contrapartida a promessa de contratos na Petrobras.
Cunha e Henriques estão presos em Curitiba.
A denúncia feita por Veja, com requintes de crueldade até na escolha da foto, sinaliza que os dias de Temer na presidência estão contados.
Abaixo, um trecho da reportagem:
Um dos principais executivos da construtora Odebrecht, o empresário Márcio Faria da Silva disse à Procuradoria-Geral da República que operacionalizou o repasse de recursos a pedido do presidente Michel Temer e do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A liberação do dinheiro, segundo contou, estava vinculado à execução de contratos da empreiteira com a Petrobras. A informação consta do acordo de delação premiada assinado pelo executivo. Em 2010, Michel Temer recebeu, em seu escritório político em São Paulo, Márcio Faria da Silva para uma conversa, da qual também participaram Eduardo Cunha e o lobista João Augusto Henriques, coletor de propinas para o PMDB dentro da Petrobras.
O Palácio do Planalto confirmou o encontro, mas informou que foi Cunha quem pediu a conversa a Temer, dizendo que o executivo gostaria de conhecê-lo. A assessoria do presidente acrescentou que na reunião, que teria durado cerca de 20 minutos, não se tratou de questões financeiras, mas só de formalidades. Nada além disso. “Se, depois da conversa de apresentação do empresário com Temer, Eduardo Cunha realizou qualquer acerto ou negociou valores para campanha, a responsabilidade é do próprio Eduardo Cunha”, afirmou a assessoria de Temer.
Abaixo, vídeo em que Temer fala de sua parceria com Cunha:
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