POR FERNANDO BRITO · 01/08/2017
Nos jornais, finalmente, Henrique Meirelles diz, pela metade, aquilo que todo mundo sabe por inteiro: a meta fiscal do Governo, que já era a de um “rombo” de R$ 140 bilhões estourou.
Fala-se num déficit “extra” de R$ 10 ou 20 bilhões, isso já com a entrada de R$ 10 bilhões extras com o imposto sobre os combustíveis.
Quem conhece essa turma sabe que, se dizem 10, é 20 e se dizem 20 é 30 ou mais…
Kennedy Alencar, um dos poucos comentaristas políticos que não fica dourando a pílula, mostra hoje em seu blog que essa “brincadeira” não é grátis:
O mercado financeiro sempre trabalha antecipando cenários. Parte do mercado afirma que já precificou a mudança da meta. Assim, ganha mais dinheiro. Se o rombo fiscal cresce, isso significa maior aumento da dívida pública e reforça o lobby dos que desejam manter os juros num patamar mais elevado.
Na verdade, o cassino financeiro está parado, com cotações que todos sabem ser irreais e que sairão da estabilidade com eventuais “novidades” políticas mais sérias ou, como é mais provável, à medida que vierem os sinais do exterior que os riscos brasileiros subiram.
Não se trata de discutir se a nova “meta expandida” será atingida pela via de (mais) cortes ou de (mais) impostos.
Haverá de ambos, primeiro os cortes e depois a tributação.
Tijolaço
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