Um vídeo produzido por alunos do curso de Engenharia Civil e de Economia, da Universidade de Campinas (Unicamp), rebate o Movimento Gota D’Água, promovido por atores globais contra a construção da Usina de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará. O vídeo dos estudantes faz parte do Movimento Tempestade em Copo D’água?, que é possível acompanhar pela internet.
Com informação e argumentos bastante claros, jovens se revezam para explicar sua construção e suas conseqüências, abrindo um debate amplo e transparente sobre o tema. “Você provavelmente já ouviu falar de Belo Monte. Desenvolvimento Sustentável e energia limpa”, assim começa o vídeo, usando uma linguagem similar a do vídeo feito pelos atores da Rede Globo.
Os estudantes de engenharia desmentem alguns argumentos contra Belo Monte como o de que a usina produzirá somente um terço de sua capacidade. “Belo monte é a terceira maior em potencial energético (do mundo), não em área alagada. Nenhuma usina do mundo produz 100% de sua capacidade instalada. Nem Itaipu ou Três Gargantas, que são as duas maiores do mundo produzem(sua capacidade total)”, afirmam os jovens.
Outro ponto bastante esclarecedor do material é o quanto será investido e de onde sairão os recursos. Segundo fontes utilizadas pelos globais, R$ 30 bilhões de reais serão gastos na construção da usina, sendo 80% vindos da arrecadação de impostos. No entanto, segundo engenheiros da Eletronorte, que desde os anos 1970 estudam a questão, estimam R$ 19 bilhões para sua construção. Os estudantes lembram que R$ 19 bilhões é o valor, por exemplo, da dívida que Banco Central "perdoou" quatro banqueiros recentemente.
O fato da maior parte do investimento sair do bolso do brasileiro, outro ponto bastante repetido pelo vídeo dos atores, os estudantes afirmam: ”Realmente, somos nós que pagaremos o dinheiro da usina, o povo brasileiro, do tesouro nacional. Como poderia ser diferente? Com dinheiro de bancos privados nacionais, ou estrangeiros? Felizmente, graças à recuperação do Brasil nos últimos anos, a gente tem dinheiro para bancar essa obra. Sem precisar de financiamentos estrangeiros ou de submeter nosso patrimônio ao FMI (Fundo Monetário Internacional) ou Banco Mundial. Se usarmos o dinheiro da iniciativa privada, eles entram com a grana, mas acabam ficando com a usina”, afirma o elenco de engenheiros da Unicamp.
Mais informações no site do Movimento aqui
Confira o vídeo abaixo:
TEMPESTADE EM COPO D'ÁGUA
ALGUNS NÚMEROS SOBRE BELO MONTE
Portal Vermelho
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