sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

PROVAS DE MORO E DALLAGNOL NÃO SÃO SUFICIENTES PARA JANOT




As informações colhidas à base de delações, prisões extensas e apreensões pela força-tarefa do juiz Sérgio Moro e do procurador Dalton Dallagnol contra políticos não demonstraram robustez ao procurador geral da República, Rodrigo Janot; PGR deve oferecer ao Supremo Tribunal Federal pedido de abertura de inquérito, e não pedidos de processo, contra os nomes da aguardada lista de políticos com mandato suspeitos de participar do esquema de corrupção na Petrobras; se consumada, decisão de Janot frustra expectativas dos procuradores e diminui o impacto da Java Jato no Supremo



27 DE FEVEREIRO DE 2015 ÀS 10:43






247 – Os resultados da força-tarefa comandada pelo juiz Sérgio Moro e pelo procurador Dalton Dallagnol na operação Lava Jato não se mostraram suficientemente robustas para o procurador geral da República, Rodrigo Janot.

Segundo reportagem da Folha de S. Paulo desta sexta-feira, 27, mostra que Janot deve pedir Supremo Tribunal Federal (STF) apenas aberturas de inquéritos contra os políticos suspeitos de participar do esquema de corrupção na Petrobras (leia aqui). Alguns procuradores esperavam que o Rodrigo Janot já fosse apresentar pedidos de denúncia direta contra os políticos.

A decisão de Rodrigo Janot em recolher mais elementos antes de oferecer denúncia contra políticos de vários partidos que supostamente receberam propina da Petrobras demonstra que ele não irá basear sua acusação apenas com base em delações coo a do doleiro Alberto Youssef e do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco.

Janot tem dito a interlocutores que quer manter um ''padrão linear'' para as peças que tratam das autoridades. A ideia seria dar o tratamento mais isonômico possível para evitar eventual acusação de exploração política do caso. Políticos que aparecem lateralmente, citados por delatores que "ouviram dizer", devem ficar de fora do alvo da PGR. A lista de políticos suspeitos deverá ser divulgada na terça, dia 3.

Os inquéritos são pedidos para continuar investigando, porque o Ministério Público acha que precisa reunir mais provas e elementos antes de processar o político com foro privilegiado. As denúncias são feitas quando o Ministério Público avalia que já tem material suficiente para dar início a um processo. Nos dois casos, o Supremo precisa aceitar a solicitação do Ministério Público. O julgamento final dos políticos com mandato cabe ao STF.


Brasil 247

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