17 de fevereiro de 2015 | 15:20 Autor: Fernando Brito
Existe um mau-caráter chamado Felipe Moura Brasil, que ajuda a aumentar a imundície da Veja, que me faz perder o comportamento civilizado e recomendar que, se acaso passar perto de mim, guarde distância.
Publicou, naquele pântano moral, uma nota dizendo que a mulher de Alexandre Padilha teve “atendimento vip” numa clínica do SUS onde fez o parto de sua filha.
O “atendimento vip” foi, na verdade, a emergência de um parto prematuro, com ocorrência de pré-eclâmpsia da mãe.
Se este desclassificado não sabe, muitas mulheres e crianças morrem por isso.
Entre eles, aquele que seria meu primeiro neto, há um ano.
E não foi no SUS, mas num conceituado hospital de São Paulo, pago com recursos dele.
Felizmente, no caso da mulher de Padilha, houve diagnóstico prévio e o pior pôde ser evitado.
Há um limite para o mau-caratismo, senhor Felipe.
Os seus colegas de atrofia moral de uma página de médicos (!?) criada para combater o “Mais Médicos” mostraram, ao divulgar comunicações entre os médicos ou pessoal médico da unidade, que tipo de formação têm.
E se Padilha tivesse ou tiver chamado amigos ou conhecidos médicos – afinal, ele é médico e deve tê-los – teria feito o que qualquer um faria.
Quando Brizola teve um infarto, dentro do Hospital São Lucas, eu pessoalmente liguei – sem o menor constrangimento para ninguém – para o Dr. Adib Jatene, que se prontificou a tomar um avião para o Rio mas me informou que – após conversar com os médicos do hospital, a quem levei o telefone celular dentro do centro cirúrgico – que não havia o que pudesse ser feito.
Muitos dos leitores talvez já tenham acompanhado ou vivido a angústia do nascimento de um prematuro e de complicações para a mãe.
É um sofrimento alucinante, muito maior do que aquele que se tem nas nossas próprias crises de saúde, porque já vivemos a vida, afinal.
Fazer o que este energúmeno faz não tem justificativa.
Louvo a serenidade do avô da menina, Anivaldo Padilha, que lhe respondeu com uma civilidade que eu não teria, através de declarações que reproduzo abaixo:
“Estamos indignados, é falta de ética querer usar um parto para atacar o SUS. É mentira dizer que residentes foram tirados da sala ou que minha neta foi para um hospital privado e tudo o mais que alega esta página do Facebook de médicos sem ética alguma”
“É lamentável que páginas como esta sejam amplificadas nas matérias de jornal. Isso não é liberdade de expressão, não tiveram responsabilidade ética ao publicar isso e os médicos desta postagem não tem ética médica. Não posso acreditar! Estamos falando de um hospital-maternidade de referência, é muita irresponsabilidade dessas pessoas”
Eu não tenho plano de saúde também, não tenho nada contra os que têm, mas é uma escolha consciente de nossa família que tanto lutou e luta pela Saúde Pública. Eu uso SUS, Padilha usa o SUS. Se não usasse seria atacado, quando usa é atacado. É impossível dialogar com este grupo sem ética que já falsificaram até diploma para atacar meu filho.”
Por acaso, sem que ele soubesse quem eu era, tive oportunidade de acompanhar o trato gentilíssimo de Alexandre Padilha com as pessoas, pois morei no mesmo apart-hotel que ele, quando ministro.
Não precisa que eu tome suas dores, escrevo pelas minhas, mesmo.
Existe um mau-caráter chamado Felipe Moura Brasil, que ajuda a aumentar a imundície da Veja, que me faz perder o comportamento civilizado e recomendar que, se acaso passar perto de mim, guarde distância.
Publicou, naquele pântano moral, uma nota dizendo que a mulher de Alexandre Padilha teve “atendimento vip” numa clínica do SUS onde fez o parto de sua filha.
O “atendimento vip” foi, na verdade, a emergência de um parto prematuro, com ocorrência de pré-eclâmpsia da mãe.
Se este desclassificado não sabe, muitas mulheres e crianças morrem por isso.
Entre eles, aquele que seria meu primeiro neto, há um ano.
E não foi no SUS, mas num conceituado hospital de São Paulo, pago com recursos dele.
Felizmente, no caso da mulher de Padilha, houve diagnóstico prévio e o pior pôde ser evitado.
Há um limite para o mau-caratismo, senhor Felipe.
Os seus colegas de atrofia moral de uma página de médicos (!?) criada para combater o “Mais Médicos” mostraram, ao divulgar comunicações entre os médicos ou pessoal médico da unidade, que tipo de formação têm.
E se Padilha tivesse ou tiver chamado amigos ou conhecidos médicos – afinal, ele é médico e deve tê-los – teria feito o que qualquer um faria.
Quando Brizola teve um infarto, dentro do Hospital São Lucas, eu pessoalmente liguei – sem o menor constrangimento para ninguém – para o Dr. Adib Jatene, que se prontificou a tomar um avião para o Rio mas me informou que – após conversar com os médicos do hospital, a quem levei o telefone celular dentro do centro cirúrgico – que não havia o que pudesse ser feito.
Muitos dos leitores talvez já tenham acompanhado ou vivido a angústia do nascimento de um prematuro e de complicações para a mãe.
É um sofrimento alucinante, muito maior do que aquele que se tem nas nossas próprias crises de saúde, porque já vivemos a vida, afinal.
Fazer o que este energúmeno faz não tem justificativa.
Louvo a serenidade do avô da menina, Anivaldo Padilha, que lhe respondeu com uma civilidade que eu não teria, através de declarações que reproduzo abaixo:
“Estamos indignados, é falta de ética querer usar um parto para atacar o SUS. É mentira dizer que residentes foram tirados da sala ou que minha neta foi para um hospital privado e tudo o mais que alega esta página do Facebook de médicos sem ética alguma”
“É lamentável que páginas como esta sejam amplificadas nas matérias de jornal. Isso não é liberdade de expressão, não tiveram responsabilidade ética ao publicar isso e os médicos desta postagem não tem ética médica. Não posso acreditar! Estamos falando de um hospital-maternidade de referência, é muita irresponsabilidade dessas pessoas”
Eu não tenho plano de saúde também, não tenho nada contra os que têm, mas é uma escolha consciente de nossa família que tanto lutou e luta pela Saúde Pública. Eu uso SUS, Padilha usa o SUS. Se não usasse seria atacado, quando usa é atacado. É impossível dialogar com este grupo sem ética que já falsificaram até diploma para atacar meu filho.”
Por acaso, sem que ele soubesse quem eu era, tive oportunidade de acompanhar o trato gentilíssimo de Alexandre Padilha com as pessoas, pois morei no mesmo apart-hotel que ele, quando ministro.
Não precisa que eu tome suas dores, escrevo pelas minhas, mesmo.
Tijolaço
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