23 de fevereiro de 2015 | 06:02 Autor: Fernando Brito
É melhor rasgar logo a Lei Orgânica da Magistratura e a Constituição Federal.
Porque a partir do exemplo de Sérgio Moro, que elevou ao cubo o “animus escoiciandi” de Joaquim Barbosa, não existe mais.
O que estrá escrito no artigo 36 da lei, que ao Juiz é proibido ” manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento, seu ou de outrem” não vale mais.
Ontem, no jornal popular das Organizações Globo, o Extra, o juiz Flávio Roberto de Souza, que preside o julgamento de Eike Batista, diz, nada mais nada menos que vai “esmiuçar a alma” do réu.
Isso mesmo, esmiuçar a alma, porque Sua Excelência assume o papel de Deus, porque não vai julgar penas fatos, mas a alma.
Apela até para a sua fé budista dizendo que, por isso, tem “muita facilidade de saber quando a pessoa está mentindo ou falando a verdade”.
– Vou esmiuçar a alma dele. Pedaço por pedaço.
Como é que é, Doutor?
Quer dizer que se o senhor for espírita, vai ouvir os espíritos?
Virou, perdoem a expressão, zona.
E não adianta tirarem, avisa ele, o processo de Eike de suas mãos depois deste show de “penetração de almas”.
O Dr. Flávio já avisa que, se tirarem este, tem outros contra ele sob sua autoridade…
- Ainda que o tribunal me tire desse processo, ele não me tira do caso.
E ainda debocha dizendo que, se isso acontecer, “eu falaria pra você a música daquela cantora: Tô nem aí… Tô nem aí para o que vão decidir”
Que beleza!
Eu não tenho a menor simpatia pelo Eike Batista e acho que ele deve ter ótimos advogados, que vão fazer picadinho deste juiz.
Mas é inacreditável o que está se passando em certos setores do Judiciário.
Ficou fácil arranjar um brilhareco na mídia com essas exibições ridículas.
Não acontece nada, mesmo, não é?
A escolinha do Professor Sérgio Moro “captou a vossa mensagem, querido Mestre”.
E o salário, óóóóóóóóóóó…
Tijolaço
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