segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Impeachment não é 'golpismo', diz líder tucano





Para senador Cássio Cunha Lima, não se pode ter "arrepios" ou falar em "golpismo" quando se cita o impeachment, pois ele está na Constituição e na boca do povo; "Ao pronunciar a palavra não pode haver arrepios ou nem sequer reações que podem ser traduzidas como golpistas. Não estamos falando nisso. Mas quem fala nisso, e em tom cada vez mais alto, é o povo brasileiro. Cabe-nos serenidade e cobrança crítica ao governo"; tucano chamou o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, de "tarefeiro do PT" e causou reação de Lindbergh Farias (PT-RJ), que acusou tucanos de serem "maus perdedores"; "Não se pode acusar o povo de golpista, mas tem uma minoria golpista se organizando sim, estimulados pelo PSDB"

9 de Fevereiro de 2015 às 18:04





247 – O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), causou reação de governistas no plenário na tarde desta segunda-feira 9. Segundo ele, a palavra impeachment não pode causar "arrepios" nem provocar acusação de "golpismo", pois consta da Constituição Federal e está na boca do povo, não da oposição.

"Não se pode falar em golpismo quando se fala a palavra impeachment. Está na Constituição. E a Constituição tem que ser cumprida em todas as suas letras. Ao pronunciar a palavra não pode haver arrepios ou nem sequer reações que podem ser traduzidas como golpistas. Não estamos falando nisso. Mas quem fala nisso, e em tom cada vez mais alto, é o povo brasileiro. Cabe-nos serenidade e cobrança crítica ao governo. Não será no isolamento que a presidente encontrará a saída para este instante grave", disse o tucano.

Ele acrescentou que a queda na popularidade da presidente Dilma Rousseff por si só não pode provocar um impeachment, pois não consta na Constituição como uma das causas para o processo. "Queda de popularidade não está na Constituição como causa para impeachment. A questão não é essa. É um conjunto de fatores que leva a população a mencionar, cada vez mais, isso que está na Constituição. Não estamos aqui para brincar em momento tão grave", afirmou.

Seu discurso provocou a reação do petista Lindbergh Farias (RJ), que chamou os tucanos de "maus perdedores", em referência à disputa presidencial que reelegeu a presidente Dilma em outubro. "Vocês estão sendo maus perdedores. Falar em impeachment depois de um processo eleitoral democrático é golpista. O que estou vendo aqui é grito de quem perdeu a eleição e não está querendo aceitar o resultado. Não se pode acusar o povo de golpista, mas tem uma minoria golpista se organizando sim. E estimulados pelo PSDB, que questionaram as eleições. Acho vergonhoso. Tenho visto uma minoria golpista", ressaltou.

Cunha Lima criticou ainda a escolha de Dilma por Aldemir Bendine para presidir a Petrobras. "Chama atenção a letargia na Petrobras, um governo que não tem capacidade de ação e de reação. O governo fez talvez a pior escolha, porque não escolheu nada além do que um tarefeiro para tentar limpar a cena do crime da Petrobras. É com tristeza que vejo o PT se afundar nesse poço, não de petróleo, mas de lama", atacou. Ele criticou ainda o apoio dos petistas, no aniversário de 35 anos do partido, em Belo Horizonte, ao tesoureiro João Vaccari Neto, alvo de condução coercitiva pela Polícia Federal, no âmbito da Operação Lava Jato.
 
 
 
Brasil 247

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