Diretora da Central Globo de Jornalismo, Silvia Faria, determinou a todos os chefes de núcleo em email enviado no fim de semana: "Tirar trecho que menciona FHC nos VTs sobre Lava a Jato (...) revisem os vts com atenção! Não vamos deixar ir ao ar nenhum com citação ao Fernando Henrique"; emissora dirigida por João Roberto Marinho deu o recado depois de reportagem ter procurado o ex-presidente para repercutir as declarações de Pedro Barusco, de que recebia propinas na Petrobras desde 1997, antes do governo Lula; o Jornal Nacional sequer divulgou a acusação de Baruco, mas deu total destaque à resposta de FHC sobre o caso; segundo o tucano, em seu governo, as propinas eram fruto de negociação individual de Barusco com seus fornecedores; no governo Lula, de acerto políticos
9 de Fevereiro de 2015 às 09:42
247 – O direcionamento no noticiário da Globo, emissora dirigida pelo herdeiro João Roberto Marinho, a fim de prejudicar o atual governo da presidente Dilma Rousseff, e apoiando, assim, a campanha pelo impeachment, está mais do que comprovado. Neste fim de semana, a diretora da Central Globo de Jornalismo, Silvia Faria, enviou o seguinte email a todos os chefes de núcleo da emissora:
"Assunto: Tirar trecho que menciona FHC nos VTs sobre Lava a Jato
Atenção para a orientação
Sergio e Mazza: revisem os vts com atenção! Não vamos deixar ir ao ar nenhum com citação ao Fernando Henrique".
O email foi divulgado pelo jornalista Luís Nassif neste domingo, em seu blog. O recado foi enviado após a veiculação de uma reportagem que procurou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para repercutir as declarações do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco – de que recebia propinas na estatal desde 1997, antes do governo Lula. Barusco prometeu devolver aos cofres públicos uma fortuna de US$ 97 milhões em dinheiro desviado.
No Jornal Nacional, a acusação de Barusco sequer foi divulgada, mas deu-se todo destaque ao comentário de FHC sobre o caso (assista aqui). O tucano assegurou que, no seu governo, as propinas eram fruto de negociação individual entre Barusco e os fornecedores. Já no governo Lula, eram fruto de acertos políticos.
Brasil 247
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