Para o teólogo Leonardo Boff, existe o risco de o impeachment de Dilma Rousseff pode virar "um gole militar"; "Os riscos desse golpe parlamentar é que se transforme num golpe militar. Há consciência no povo, segundo a qual não se tolera mais um golpe para favorecer a classe dominante. Se a reação dos movimentos sociais for forte, o que se presume, os golpistas civis poderão chamar de novo os militares como fizeram em 1964", disse Boff nesta quinta-feira
1 DE SETEMBRO DE 2016
247 - Para o teólogo Leonardo Boff, existe o risco de o impeachment de Dilma Rousseff pode virar "um gole militar". "Os riscos desse golpe parlamentar é que se transforme num golpe militar. Há consciência no povo, segundo a qual não se tolera mais um golpe para favorecer a classe dominante. Se a reação dos movimentos sociais for forte, o que se presume, os golpistas civis poderão chamar de novo os militares como fizeram em 1964", disse Boff em entrevista à ANSA.
O teólogo diz ainda que "os militares, a pretexto de preservar a ordem, podem começar a reprimir, perseguir, prender e, como se faz comumente nas prisões, torturar. Isso não é impossível pois, na Constituição, está que havendo ameaça à ordem pública eles legalmente podem intervir".
Para Boff, toda essa ação foi causada pela "classe dominante", que como não vencia as eleições presidenciais, "decidiu voltar ao poder sem o voto popular".
"Trata-se novamente de um golpe da classe dos privilegiados, dos 71 mil ultra-ricos que nunca aceitaram o PT, Lula e Dilma. Não aceitam uma democracia social para todos, mas só uma democracia para poucos, onde eles detêm o poder e decidem de costas ao povo", completa Boff.
Brasil 247
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