POR FERNANDO BRITO · 03/06/2017
Na véspera da derrubada de Dilma Rousseff, o procurador Deltan Dallagnol, o pregador de Curitiba, recebeu, como registra a Folha de S. Paulo, a visita do futuro (futuro?) homem da mala de Michel Temer.
É indício de uma articulação para que a “Força Tarefa” ajudasse a derrubar a Presidenta e ajudaria o novo Governo, sendo por ele ajudada, também?
Só nos critérios da República de Curitiba poderia ser.
Imagine, então se aparecesse uma foto do encontro: que escândalo!
Bem, há certamente um escândalo nesta história: o emissário de um vice-presidente ir procurar um membro do Ministério Público que não é o chefe da instituição para conversas que só se poderia ter institucionalmente.
Menos ainda porque Loures foi emissário de uma exigência dos procuradores, a de manter o delegado Rosalvo Franco como superintendente da Polícia Federal no Paraná, o que caracteriza uma interferência indevida nas atribuições do diretor geral da PF e no Ministério da Justiça.
A menos que o Dr. Dallagnol negue que tenha sido este o conteúdo da conversa e diga que a visita foi de cortesia, de caráter pessoal.
Neste caso, poderia devolvê-la agora que Loures está em dificuldades.
Ou será que vai esperar que o ex-deputado, se Temer cair e perder o foro privilegiado, seja transferido para Curitiba sem dar ao procurador o trabalho de viajar.
Tijolaço
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