Ex-atleta foi o segundo jogador que mais vestiu a camisa do time azul-celeste, em 633 oportunidades, entre os anos de 1966 a 1978
Por Bruno Kaehler
12/06/2018 às 12h15 - Atualizada 12/06/2018 às 19h46
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PJF decretou luto de três dias em homenagem a Zé Carlos, que faleceu nesta terça-feira (Foto: Bruno Senna/Cruzeiro)
Morreu nesta terça-feira (12), aos 73 anos, o juiz-forano José Carlos Bernardo, o popular Zé Carlos, ex-jogador do Sport Club e ídolo do Cruzeiro. O ex-volante foi o segundo jogador que mais vestiu a camisa do clube, em 633 oportunidades, entre os anos de 1966 a 1978. A Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) decretou luto de três dias e o Sport de dois dias pelo ocorrido. Na final da Copa 60+ de Fut7, às 11h desta quarta-feira (13), na AABB, entre Tupi e Sport, haverá um minuto de silêncio em homenagem ao juiz-forano.
Antes de fazer sucesso no Cruzeiro, Zé Carlos colecionou vitórias pelo Sport, como rememorou seu companheiro de equipe no início da década de 1960, Júlio Gasparette, atual Secretário de Esportes da PJF. “Eu era novo, tinha 16 anos e atuava no infanto-juvenil do Sport. O Zé Carlos trabalhava com estofamento de sofás e ainda era juvenil. Avançou direto para o profissional, sem passar pelos aspirantes. Antes, fomos tricampeões da cidade pelo Sport no juvenil”, lembra Gasparette, antes de exaltar as qualidades pessoais do ex-volante. “É difícil existir uma pessoa como ele. Fino, educado, um craque em toda a vida e muito bom de bola. Atuou em uma época de super craques ao lado do Dirceu Lopes. E foi bom em tudo”, destaca.
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Zé Carlos fez parte de grandes equipes da história do Cruzeiro e conquistou títulos memoráveis, como a Taça Brasil de 1966 e da Copa Libertadores em 1976, além de ter sido campeão mineiro em nove ocasiões – 1966, 1967, 1968, 1969, 1972, 1973, 1974, 1975 e 1977. Fez parte do time histórico que goleou o Santos de Pelé em 1966, como suplente. O time celeste emitiu nota oficial lamentando profundamente o falecimento de seu ídolo. “Todos nós, da família Cruzeiro, manifestamos neste momento de dor o nosso carinho, compaixão e solidariedade aos amigos, familiares e fãs de Zé Carlos, que sempre terá um cantinho especial no coração de cada cruzeirense e dos amantes do bom futebol.”
O juiz-forano ainda defendeu o Guarani de Campinas (onde foi campeão brasileiro em 1978) e o Villa Nova-MG. A causa da morte não foi revelada. Sabe-se, contudo, que Zé Carlos, que residia em Contagem (MG), foi vítima de um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico em 2016 e sofria com as consequentes debilitações desde então. Até o fechamento desta edição, informações sobre o velório e enterro ainda não haviam sido divulgadas.
Tribuna de Minas
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