Aspirante a ser candidato tucano a presidência da República em 2014, já em campanha três anos antes, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) não toma jeito. Nesta 4ª feira ocupou a tribuna do Senado para mais um daqueles seus pronunciamentos - poucos, reconheça-se, em 2011, seu 1º ano de mandato - que não correspondem nem à expectativa de seus colegas da oposição.
Ele recheou seu discurso com ataques ao governo da presidenta Dilma Rousseff acusando-o de ter como marca o desrespeito ao Legislativo."A falta de respeito com o Congresso se transformou em marca registrada do governo", afirmou o parlamentar mineiro.
O senador Aécio pensa que o Brasil não tem memória. Olha só quem fala de desrespeito ao Legislativo! Aécio governou Minas Gerais por oito anos com leis delegadas, espécie de decretos que não passam pela Assembléia Legislativa; se chegam lá, não são votados; se votados, são meramente homologados. Quando governador de 2003 a 2010 Aécio assinou mais de 400 dessas leis.
O senador pensa que o Brasil não tem memória
Para tanto, ele cooptou a maioria da Assembléia Legislativa e parte da mídia mineiras. E agora vem querer dar lições a presidenta Dilma? Neste prounciamento o senador viu miragem, assinalou, ainda, que a presidenta da República virou refém de sua base aliada e passou o mandato resolvendo crises.
"De crise em crise, de queda em queda de autoridade, se perdeu boa parte do mandato, se perdeu momento propício de popularidade em alta, para fazer mudanças necessárias", considerou Aécio.
Ora, transformar crises naturais em crise de governabilidade é não entender o que significa democracia, conflito de interesses e busca de consensos e acordos mínimos para avançar e fazer o país ir adiante. É coisa de quem governa por leis delegadas...
Coisa de quem governa por leis delegadas
É ignorar que o governo Dilma tem uma ampla base de apoio plural - e não cooptada como a dele quando governador - e respeita plenamente o Parlamento e a autonomia de cada poder. E que, principalmente no Executivo, nem todas as decisões são consensuais, e muito menos respondem a todos os interesses que os partidos da base representam.
Casos, para ficar em poucos exemplos, do Código Florestal (agora na Câmara) e mesmo dos royalties do petróleo (Senado), ou da reforma tributária, que a oposição impede de tramitar. É desconhecer que toda a ação do Executivo em áreas como estas, por exemplo, envolve ampla gama de questões setoriais, ruralistas, regionais, royalties, questões que dependem de negociações e concessões mútuas.
Ele recheou seu discurso com ataques ao governo da presidenta Dilma Rousseff acusando-o de ter como marca o desrespeito ao Legislativo."A falta de respeito com o Congresso se transformou em marca registrada do governo", afirmou o parlamentar mineiro.
O senador Aécio pensa que o Brasil não tem memória. Olha só quem fala de desrespeito ao Legislativo! Aécio governou Minas Gerais por oito anos com leis delegadas, espécie de decretos que não passam pela Assembléia Legislativa; se chegam lá, não são votados; se votados, são meramente homologados. Quando governador de 2003 a 2010 Aécio assinou mais de 400 dessas leis.
O senador pensa que o Brasil não tem memória
Para tanto, ele cooptou a maioria da Assembléia Legislativa e parte da mídia mineiras. E agora vem querer dar lições a presidenta Dilma? Neste prounciamento o senador viu miragem, assinalou, ainda, que a presidenta da República virou refém de sua base aliada e passou o mandato resolvendo crises.
"De crise em crise, de queda em queda de autoridade, se perdeu boa parte do mandato, se perdeu momento propício de popularidade em alta, para fazer mudanças necessárias", considerou Aécio.
Ora, transformar crises naturais em crise de governabilidade é não entender o que significa democracia, conflito de interesses e busca de consensos e acordos mínimos para avançar e fazer o país ir adiante. É coisa de quem governa por leis delegadas...
Coisa de quem governa por leis delegadas
É ignorar que o governo Dilma tem uma ampla base de apoio plural - e não cooptada como a dele quando governador - e respeita plenamente o Parlamento e a autonomia de cada poder. E que, principalmente no Executivo, nem todas as decisões são consensuais, e muito menos respondem a todos os interesses que os partidos da base representam.
Casos, para ficar em poucos exemplos, do Código Florestal (agora na Câmara) e mesmo dos royalties do petróleo (Senado), ou da reforma tributária, que a oposição impede de tramitar. É desconhecer que toda a ação do Executivo em áreas como estas, por exemplo, envolve ampla gama de questões setoriais, ruralistas, regionais, royalties, questões que dependem de negociações e concessões mútuas.
Foto João Cruz/ABr
Blog do Zé Dirceu
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