Na
França com o 2º turno da eleição presidencial marcado para o domingo, 6
de maio, todas as pesquisas apontam numa mesma direção: o candidato da
direita, o presidente que tentou a reeleição, Nicolas Sarkozy, da frente União por um Movimento Popular está com os dias contados.
Da mesma forma que previam e acertaram que a diferença entre ele e o candidato do Partido Socialista (PS), François Hollande, seria ínfima - foi de pouco mais de 1% - agora todas as pesquisas consolidam a vantagem do candidato da esquerda, em média com 10 pontos percentuais à frente do atual ocupante do Palácio dos Champs Elisée.
Tudo indica, então, que começa pela França a volta da esquerda ao poder na Europa, depois de longo jejum e predomínio da direita em vários países. A começar pela própria França, onde ela está no governo há 17 anos, desde o fim da era François Miterrand em 1995.
Os indícios e a realidade indicam que os conservadores estão em célere declínio e não têm nenhum futuro nos demais e principais países europeus.
Na Inglaterra, o governo do primeiro-ministro David Cameron, do Partido Conservador, acaba de ser obrigado a reconhecer que o país está em recessão mesmo; na Espanha, deteriou-se rapidamente o apoio ao gabinete do primeiro-ministro Mariano Rajoy, do direitista PP, eleito há apenas seis meses (novembro-2011); e, na Itália, degringola o governo do primeiro-ministro Mário Monti.
Nenhum deles conseguiu até agora retirar seus países da profunda crise em que eles mergulharam a partir de 2008 quando bateram forte na Europa os efeitos da crise econômica global, levando a maioria à falência - ou quase - uma vez que as políticas conservadoras ortodoxas não conseguiram driblar a quebra e a recessão.
Com a situação do pleito presidencial praticamente definido na França, o que interessa agora são as eleições legislativas de junho para a Assembleia Nacional, onde os socialistas podem fazer uma maioria com a Frente de Esquerda e os verdes.
Essa é a questão. Para isso a esquerda francesa precisa crescer quase 10% até o pleito do meio do ano em relação ao que tem hoje, segundo as pesquisas. Esta é uma batalha e tanto que vai depender das medidas iniciais dos primeiros 100 dias da presidência de Hollande.
Que, espera-se, não reeditem o jogo pendular do governo anterior da esquerda (1991-1995), o primeiro de François Miterrand (PS), que foi um jogo de avanços e recuos, estatiza-desestatiza, o que até levou capitais franceses na primeira hora a deixarem o país.
Foto Ricardo Stuckert/PR
Blog do Zé Dirceu
Da mesma forma que previam e acertaram que a diferença entre ele e o candidato do Partido Socialista (PS), François Hollande, seria ínfima - foi de pouco mais de 1% - agora todas as pesquisas consolidam a vantagem do candidato da esquerda, em média com 10 pontos percentuais à frente do atual ocupante do Palácio dos Champs Elisée.
Tudo indica, então, que começa pela França a volta da esquerda ao poder na Europa, depois de longo jejum e predomínio da direita em vários países. A começar pela própria França, onde ela está no governo há 17 anos, desde o fim da era François Miterrand em 1995.
Com conservadores em declínio, as chances de volta da esquerda
Os indícios e a realidade indicam que os conservadores estão em célere declínio e não têm nenhum futuro nos demais e principais países europeus.
Na Inglaterra, o governo do primeiro-ministro David Cameron, do Partido Conservador, acaba de ser obrigado a reconhecer que o país está em recessão mesmo; na Espanha, deteriou-se rapidamente o apoio ao gabinete do primeiro-ministro Mariano Rajoy, do direitista PP, eleito há apenas seis meses (novembro-2011); e, na Itália, degringola o governo do primeiro-ministro Mário Monti.
Nenhum deles conseguiu até agora retirar seus países da profunda crise em que eles mergulharam a partir de 2008 quando bateram forte na Europa os efeitos da crise econômica global, levando a maioria à falência - ou quase - uma vez que as políticas conservadoras ortodoxas não conseguiram driblar a quebra e a recessão.
O que interessa, agora, são as eleições para a Assembléia Nacional
Com a situação do pleito presidencial praticamente definido na França, o que interessa agora são as eleições legislativas de junho para a Assembleia Nacional, onde os socialistas podem fazer uma maioria com a Frente de Esquerda e os verdes.
Essa é a questão. Para isso a esquerda francesa precisa crescer quase 10% até o pleito do meio do ano em relação ao que tem hoje, segundo as pesquisas. Esta é uma batalha e tanto que vai depender das medidas iniciais dos primeiros 100 dias da presidência de Hollande.
Que, espera-se, não reeditem o jogo pendular do governo anterior da esquerda (1991-1995), o primeiro de François Miterrand (PS), que foi um jogo de avanços e recuos, estatiza-desestatiza, o que até levou capitais franceses na primeira hora a deixarem o país.
Foto Ricardo Stuckert/PR
Blog do Zé Dirceu
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