Todo apoio à decisão do Ministério Público
Federal de São Paulo (MPF-SP) - e a esperança de que a ação tramite
rápido e faça justiça - de denunciar à Justiça Federal o ex-comandante
do DOI-CODI paulista, coronel (da reserva) do Exército Carlos Alberto
Brilhante Ustra, e o delegado da Polícia Civil do Estado, Dirceu
Gravina.
Os dois foram denunciados pelo crime de sequestro qualificado de Aluízio Palhano Pedreira Ferreira, bancário e líder sindical. Palhano foi preso ilegalmente por agentes da repressão da ditadura militar no dia 6 de maio de 1971 e levado para o DOI-CODI onde foi torturado e morto.
"A vítima Aluízio Palhano Pedreira Ferreira sofreu intensos e cruéis maus-tratos provocados pelo denunciado Dirceu Gravina, sob o comando e aquiescência do denunciado Carlos Alberto Brilhante Ustra. Em razão disso, padeceu de gravíssimo sofrimento físico e moral", afirmam na ação os procuradores da República.
"O grave sofrimento físico e moral imposto à vítima foi provocado mediante o emprego de métodos concebidos com a finalidade de causar lesões físicas e humilhação moral intensas", diz a denúncia.Caso sejam processados e condenados, os dois acusados poderão receber penas de dois a oito anos de prisão.
Com a deflagração do golpe militar em 1964, Palhano foi exonerado do trabalho no Banco do Brasil e teve os direitos políticos suspensos pelo primeiro ato institucional baixado pela ditadura. Perseguido, exilou-se em Cuba e passou a ter suas atividades no exílio monitoradas pelos órgãos de repressão brasileiros, segundo os documentos obtidos pelo MPF-SP.
Ele retornou ao Brasil no final de 1970 entrando na clandestinidade. Seu último contato com a família foi há 41 anos - dia 24 de abril de 1971. Ele atuou na Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) - o grupo liderado pelo Capitão Carlos Lamarca.
A denúncia contra Ustra e Gravina é a segunda oferecida pela Procuradoria por crime de sequestro na ditadura. No mês passado ela já havia denunciado à Justiça o coronel do Exército Sebastião de Moura, o Major Curió, por cinco sequestros ocorridos no Araguaia na época da guerrilha, na primeira metade dos anos 70.
Como escrevo sempre aqui no blog e afirmo em entrevistas e artigos, mais cedo do que pensam os saudosistas e viúvas da ditadura a verdade virá a tona. É inexorável.Os próprios carrascos e criminosos arrependidos trarão a luz a verdade e se fará justiça. Ainda que com a angústia da espera pela demora, eu confio.
Não adianta eles acharem que passarão impunes pelos crimes que cometeram. Até porque a Justiça terá seu trabalho fortalecido pela ação da Comissão da Verdade nacional que deverá começar a funcionar dentro de algumas semanas. E pelas inúmeras comissões da verdade estaduais e municipais, em fase de criação ou implantação em todo o país.
Os dois foram denunciados pelo crime de sequestro qualificado de Aluízio Palhano Pedreira Ferreira, bancário e líder sindical. Palhano foi preso ilegalmente por agentes da repressão da ditadura militar no dia 6 de maio de 1971 e levado para o DOI-CODI onde foi torturado e morto.
"A vítima Aluízio Palhano Pedreira Ferreira sofreu intensos e cruéis maus-tratos provocados pelo denunciado Dirceu Gravina, sob o comando e aquiescência do denunciado Carlos Alberto Brilhante Ustra. Em razão disso, padeceu de gravíssimo sofrimento físico e moral", afirmam na ação os procuradores da República.
Infringiram lesões físicas e humilhação moral ao preso
"O grave sofrimento físico e moral imposto à vítima foi provocado mediante o emprego de métodos concebidos com a finalidade de causar lesões físicas e humilhação moral intensas", diz a denúncia.Caso sejam processados e condenados, os dois acusados poderão receber penas de dois a oito anos de prisão.
Com a deflagração do golpe militar em 1964, Palhano foi exonerado do trabalho no Banco do Brasil e teve os direitos políticos suspensos pelo primeiro ato institucional baixado pela ditadura. Perseguido, exilou-se em Cuba e passou a ter suas atividades no exílio monitoradas pelos órgãos de repressão brasileiros, segundo os documentos obtidos pelo MPF-SP.
Ele retornou ao Brasil no final de 1970 entrando na clandestinidade. Seu último contato com a família foi há 41 anos - dia 24 de abril de 1971. Ele atuou na Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) - o grupo liderado pelo Capitão Carlos Lamarca.
Já é a 2ª denúncia contra crime de sequestro na ditadura
A denúncia contra Ustra e Gravina é a segunda oferecida pela Procuradoria por crime de sequestro na ditadura. No mês passado ela já havia denunciado à Justiça o coronel do Exército Sebastião de Moura, o Major Curió, por cinco sequestros ocorridos no Araguaia na época da guerrilha, na primeira metade dos anos 70.
Como escrevo sempre aqui no blog e afirmo em entrevistas e artigos, mais cedo do que pensam os saudosistas e viúvas da ditadura a verdade virá a tona. É inexorável.Os próprios carrascos e criminosos arrependidos trarão a luz a verdade e se fará justiça. Ainda que com a angústia da espera pela demora, eu confio.
Não adianta eles acharem que passarão impunes pelos crimes que cometeram. Até porque a Justiça terá seu trabalho fortalecido pela ação da Comissão da Verdade nacional que deverá começar a funcionar dentro de algumas semanas. E pelas inúmeras comissões da verdade estaduais e municipais, em fase de criação ou implantação em todo o país.
Blog do Zé Dirceu
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