sexta-feira, 13 de abril de 2012


A pergunta é do amigo navegante Josival Araújo: conseguirá a Veja sobreviver a sua fonte de inspiração (ou sua Cachoeira) ?

Conseguirá a Veja sobreviver, como negócio, como veículo de publicidade, depois que for para a forca com o Carlinhos Cachoeira e seu assessor parlamentar, Demóstenes, o Varão de Plutarco do PiG (*), aquele que era, com o Kamel, um dos heróis da Globo ?

O blog do Miro já percebeu que a Veja, como as ratazanas, começa a abandonar o navio:

O denuncismo some da capa da Veja

Desde que Carlinhos Cachoeira foi preso, no dia 29 de fevereiro de 2012, na operação Monte Carlo da Polícia Federal, a revista Veja já soltou 6 edições, e nenhuma capa é dedicada a denúncias de corrupção.


Mas há uma pauta abundante neste período envolvendo o senador Demóstenes Torres e o governador Marconi Perillo, tratada, sobretudo, pela revista Carta Capital, mas não só por ela. Até o Jornal Nacional tem se dedicado ao tema.


arece que a revista Veja ficou acéfala no que entende ser “jornalismo investigativo”, depois da prisão de Cachoeira e dos arapongas Jairo Martins e Dadá.


Mais do que acéfala, está dando uma enorme bandeira de que tem muito a esconder sobre as relações entre seu editor-chefe Policarpo Júnior e Carlinhos Cachoeira. Segundo Luis Nassif, Policarpo teria trocado em torno de 200 telefonemas com Cachoeira, no período investigado.


A revista já admitiu, defensivamente, que Policarpo e Cachoeira trocavam figurinhas. A revista diz que seriam relações legítimas entre jornalista e fonte. Mas como explicar a notória má vontade da revista em noticiar o caso, tendo um jornalista tão íntimo com os intestinos da organização criminosa (segundo o Ministério Público)?


A revista Veja, pródiga em divulgar até grampos ilegais, não revela um único diálogo entre o bicheiro e seu editor-chefe.

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Conversa Afiada - Paulo Henrique Amorim

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