Na
abertura do seminário Rio Oil & Gas, a diretora da Agência Nacional
de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard,
afirmou que estudos realizados recentemente pela agência indicam que o
Brasil ainda tem um grande potencial a ser descoberto de petróleo e gás,
em várias regiões do país, no pós-sal.
Os números que vocês verão aqui são importantes e revelam que estaremos auto suficiente e exportaremos derivados nos próximos 10 anos. Sem falar do efeito propagador da indústria do petróleo, gás e energia em toda a cadeia industrial, assim como na economia como um todo. Especialmente no que diz respeito à tecnologia e inovação.
Neste próximo período, o Brasil dará um salto. Nosso crescimento, tanto na extração quanto no refino, e a cadeia industrial que isso envolve, permitirão ao país mudar a qualidade de seu crescimento e desenvolvimento, agregando valor e elevando a renda média, os salários e a qualificação profissional média dos trabalhadores do país. Uma verdadeira revolução.
Apenas 5% da bacia sedimentar estão concedidos
Magda Chambriard destacou que pouco se conhece da bacia sedimentar brasileira. Segundo ela, dos 7,5 milhões de km2 de bacia sedimentar, apenas cerca de 5% estão com áreas concedidas para exploração do petróleo.
"Eu tenho a alegria de dizer que dados até então coletados indicam grande potencial para existência de petróleo e gás natural em nossas bacias. Existem novas fronteiras como na margem equatorial brasileira (do Rio Grande do Norte ao Amapá), com boas perspectivas de existência de petróleo além do gás natural não convencional", disse a executiva.
Desde as primeiras descobertas no penúltimo ano do 2º governo Lula, os estudos indicam que, com o pré-sal, o Brasil pode mais que triplicar suas reservas de petróleo nos próximos anos e se consolidar no seleto clube dos maiores produtores do mundo.
Projeções
Atualmente, de acordo com a OPEP o Brasil conta com quase 14 bilhões de barris de óleo provados em suas bacias. E, de acordo com estimativas preliminares feitas pela COPPE/UFRJ, o país tem potencial para explorar outros 55 bilhões de barris.
Será, assim, a nação que mais vai elevar as suas reservas até 2020, dizem os especialistas do setor. Com isso, o país passaria da 14ª para a 8ª posição na lista das maiores reservas, ultrapassando, entre outros, Líbia, Cazaquistão e Nigéria.
Mas o Brasil permaneceria ainda bem atrás de Venezuela, Arábia Saudita e Irã, que ocupam a dianteira do ranking, com reservas entre 154,5 bilhões de barris e 297,5 bilhões de barris, segundo a OPEP. Hoje, o Brasil ocupa a 11ª colocação entre os maiores produtores, contra a terceira dos EUA.
Com os aumentos de produção projetados para os dois países, o Brasil passaria à quarta colocação, empatado com a China. Já os EUA passariam a Rússia e a Arábia Saudita, assumindo a liderança do ranking.
Biodiesel
Ainda no seminário foi revelado que em apenas quatro anos, a produção de biodiesel no Brasil mais que duplicou, elevando o país ao posto de 3º maior produtor mundial em 2011, atrás apenas de EUA e Argentina.
No ano passado, as 61 usinas brasileiras em operação produziram 2,672 bilhões de litros de biodiesel, segundo dados da ANP. O volume foi 129% maior que o registrado em 2008 (1,167 bilhão de litros), quando a mistura de biodiesel ao diesel mineral se tornou obrigatória.
Apesar de o mercado doméstico estar limitado ao chamado B5 (diesel que tem adição de 5% de biodiesel) e de o Brasil ainda não ter uma tradição na exportação do produto, as empresas do setor estão confiantes na sua expansão e já estudam investir na ampliação de sua capacidade.
Atualmente, o país ainda consome volume equivalente a menos da metade da capacidade instalada nacional (6,9 bilhões de litros), mas já é líder mundial em consumo do biocombustível. Quem encabeça este movimento é a Petrobras Biocombustível, subsidiária da estatal criada em 2008.
Dos US$ 2,5 bi em investimentos previstos no seu Plano de Negócios (2012-2016) a empresa reservou US$ 690 milhões para a produção de biodiesel. Entre os projetos, destacam-se uma nova usina no Pará, abastecida com óleo de palma.
Isso tudo para não falar do etanol, que é uma outra história.
(Foto: Valter Campanato/ABr)
Blog do Zé Dirceu
Os números que vocês verão aqui são importantes e revelam que estaremos auto suficiente e exportaremos derivados nos próximos 10 anos. Sem falar do efeito propagador da indústria do petróleo, gás e energia em toda a cadeia industrial, assim como na economia como um todo. Especialmente no que diz respeito à tecnologia e inovação.
Neste próximo período, o Brasil dará um salto. Nosso crescimento, tanto na extração quanto no refino, e a cadeia industrial que isso envolve, permitirão ao país mudar a qualidade de seu crescimento e desenvolvimento, agregando valor e elevando a renda média, os salários e a qualificação profissional média dos trabalhadores do país. Uma verdadeira revolução.
Apenas 5% da bacia sedimentar estão concedidos
Magda Chambriard destacou que pouco se conhece da bacia sedimentar brasileira. Segundo ela, dos 7,5 milhões de km2 de bacia sedimentar, apenas cerca de 5% estão com áreas concedidas para exploração do petróleo.
"Eu tenho a alegria de dizer que dados até então coletados indicam grande potencial para existência de petróleo e gás natural em nossas bacias. Existem novas fronteiras como na margem equatorial brasileira (do Rio Grande do Norte ao Amapá), com boas perspectivas de existência de petróleo além do gás natural não convencional", disse a executiva.
Desde as primeiras descobertas no penúltimo ano do 2º governo Lula, os estudos indicam que, com o pré-sal, o Brasil pode mais que triplicar suas reservas de petróleo nos próximos anos e se consolidar no seleto clube dos maiores produtores do mundo.
Projeções
Atualmente, de acordo com a OPEP o Brasil conta com quase 14 bilhões de barris de óleo provados em suas bacias. E, de acordo com estimativas preliminares feitas pela COPPE/UFRJ, o país tem potencial para explorar outros 55 bilhões de barris.
Será, assim, a nação que mais vai elevar as suas reservas até 2020, dizem os especialistas do setor. Com isso, o país passaria da 14ª para a 8ª posição na lista das maiores reservas, ultrapassando, entre outros, Líbia, Cazaquistão e Nigéria.
Mas o Brasil permaneceria ainda bem atrás de Venezuela, Arábia Saudita e Irã, que ocupam a dianteira do ranking, com reservas entre 154,5 bilhões de barris e 297,5 bilhões de barris, segundo a OPEP. Hoje, o Brasil ocupa a 11ª colocação entre os maiores produtores, contra a terceira dos EUA.
Com os aumentos de produção projetados para os dois países, o Brasil passaria à quarta colocação, empatado com a China. Já os EUA passariam a Rússia e a Arábia Saudita, assumindo a liderança do ranking.
Biodiesel
Ainda no seminário foi revelado que em apenas quatro anos, a produção de biodiesel no Brasil mais que duplicou, elevando o país ao posto de 3º maior produtor mundial em 2011, atrás apenas de EUA e Argentina.
No ano passado, as 61 usinas brasileiras em operação produziram 2,672 bilhões de litros de biodiesel, segundo dados da ANP. O volume foi 129% maior que o registrado em 2008 (1,167 bilhão de litros), quando a mistura de biodiesel ao diesel mineral se tornou obrigatória.
Apesar de o mercado doméstico estar limitado ao chamado B5 (diesel que tem adição de 5% de biodiesel) e de o Brasil ainda não ter uma tradição na exportação do produto, as empresas do setor estão confiantes na sua expansão e já estudam investir na ampliação de sua capacidade.
Atualmente, o país ainda consome volume equivalente a menos da metade da capacidade instalada nacional (6,9 bilhões de litros), mas já é líder mundial em consumo do biocombustível. Quem encabeça este movimento é a Petrobras Biocombustível, subsidiária da estatal criada em 2008.
Dos US$ 2,5 bi em investimentos previstos no seu Plano de Negócios (2012-2016) a empresa reservou US$ 690 milhões para a produção de biodiesel. Entre os projetos, destacam-se uma nova usina no Pará, abastecida com óleo de palma.
Isso tudo para não falar do etanol, que é uma outra história.
(Foto: Valter Campanato/ABr)
Blog do Zé Dirceu
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