Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A presidenta Dilma Rousseff finaliza hoje (24), em Nova
York, os últimos detalhes do discurso de abertura da 67ª Assembleia
Geral das Nações Unidas. Dilma deve enviar uma série de mensagens, como a
defesa da busca pelo fim dos conflitos por meio da paz, a não
intervenção militar como solução para confrontos, a relevância dos
esforços em favor do desenvolvimento sustentável e o empenho para o
reequilíbrio econômico no cenário internacional.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Tovar
Nunes, disse ontem (23), em entrevista coletiva, que a presidenta deverá
fazer um discurso no qual o multilateralismo predomina. “O impulso
político muito importante será dado aqui”, ressaltou. “Não polarizar [é a
alternativa], que tem um grande perdedor que é o sistema multilateral, a
ONU [Organização das Nações Unidas].”
A presidenta chegou ontem de manhã e não teve agenda oficial. Ela
viajou acompanhada pela filha, Paula, e mais seis ministros. Dilma
almoçou com a filha e alguns assessores e depois voltou ao hotel no qual
está hospedada.
A presidenta abre amanhã (25) a Assembleia Geral, quando vai destacar os avanços obtidos na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho.Antes, ela se reúne com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Segundo assessores, não há audiências organizadas com o presidente norte-americano, Barack Obama, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel.
A presidenta abre amanhã (25) a Assembleia Geral, quando vai destacar os avanços obtidos na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho.Antes, ela se reúne com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Segundo assessores, não há audiências organizadas com o presidente norte-americano, Barack Obama, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel.
No seu discurso, a presidenta deverá reiterar a necessidade de
respeitar a soberania interna e a ordem democrática, referências que
dizem respeito diretamente à Síria e ao Paraguai. Na Síria, Dilma deverá
defender o fim da violência, a busca da paz por meio do diálogo, o
respeito aos direitos humanos e a não intervenção militar.
Dilma deverá, mais uma vez, apoiar o direito de a Palestina ser
Estado autônomo. Ela deve mencionar também a necessidade de buscar um
acordo de paz dos palestinos e israelenses por meio das negociações.
No âmbito regional, a presidenta deve ressaltar que atualmente na
América Latina a integração está diretamente relacionada ao respeito à
democracia. É uma referência à necessidade de preservar a ordem
democrática, algo que os líderes latino-americanos suspeitam que não
ocorreu no Paraguai durante a destituição do então presidente Fernando
Lugo, em 22 de junho.
É possível que a presidenta cite também a questão da reforma do
Conselho de Segurança da ONU, uma vez que o ministro das Relações
Exteriores, Antonio Patriota, que acompanha Dilma, tem uma agenda
paralela cujo principal tema é o esforço para a ampliação do órgão.
O conselho é formado por 15 países – cinco ocupam vagas permanentes e
dez rotativas. O Brasil defende a ampliação para pelo menos 25 lugares
no total. O assunto deve ser discutido durante reunião de Patriota com
representantes do G4 (Alemanha, Brasil, Índia e Japão) e do Brics
(Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
*Com informações da NBR
Agência Brasil
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