segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Margarida cai, mas mantém a liderança

O cenário eleitoral em Juiz de Fora está mais indefinido a três semanas do pleito do que estava em meados de agosto, antes do início do horário eleitoral gratuito no rádio e na TV. Em pesquisa estimulada do Ibope, realizada entre os dias11 e 13 de setembro e encomendada pela Tribuna e pela TV Integração, a candidata do PT à Prefeitura, Margarida Salomão (PT), alcançou 34% das intenções de votos, contra 24% do deputado e candidato Bruno Siqueira (PMDB) e 20% do prefeito Custódio Mattos (PSDB), que disputa a reeleição. Num eventual segundo turno, se as eleições fossem hoje, Margarida venceria Custódio. Num cenário com Bruno, a petista detém 37% das intenções de voto, enquanto Bruno aparece com 33%, uma diferença de quatro pontos percentuais, o que coloca os dois candidatos tecnicamente empatados. De Custódio, Margarida ganharia o pleito por 45% a 25%. Já numa disputa entre o parlamentar e o chefe do Executivo, Bruno levaria a melhor por 43% a 23%. Quando os entrevistados foram questionados sobre quem será o novo prefeito de Juiz de Fora, independente de sua intenção de voto, 38% apontaram Margarida Salomão. Nesse item, porém, Custódio aparece à frente de Bruno, com 26% contra 19% do peemedebista.

A ordem dos três primeiros colocados permanece a mesma verificada no último levantamento feito pelo Ibope, publicado no dia 16 de agosto, e todo o trio oscilou dentro da margem de erro de quatro pontos percentuais para mais ou para menos. A diferença é que a oscilação de Margarida foi negativa, já que havia atingindo 37% na primeira sondagem, enquanto Bruno e Custódio tiveram movimento positivo, saindo, respectivamente de 22% e 17%. Com isso, além da distância entre a petista e o peemedebista terem diminuído de 15 para dez pontos percentuais, o segundo e o terceiro colocados na pesquisa estão tecnicamente empatados. Os candidatos Laerte Braga (PCB), Marcos Aurélio Paschoalin (PRP) e Victória Mello (PSTU) não pontuaram. Brancos e nulos caíram de 11% para 9%, ao passo que os eleitores que não sabem ou não responderam subiram de 11% para 12%.
Na pesquisa espontânea, houve crescimento de todos os três candidatos à frente na disputa: Margarida subiu de 22% para 29% das intenções voto; Bruno de 13% para 20%; e Custódio de 10% para 18%. Nesse levantamento, em que não são oferecidos os nomes dos candidatos, Paschoalin e Victória não pontuaram e Laerte não foi citado por nenhum entrevistado. Sem as opções de concorrentes, o índice de pessoas que declararam não saber ou que não responderam foi de 24% - maior do que na estimulada, mas 20 pontos percentuais abaixo do patamar de indecisos atingido na última pesquisa espontânea. A soma de brancos e nulos também foi de 9%, mesmo percentual da sondagem anterior.

Escolha por sexo e idade
Considerando o sexo dos entrevistados, Margarida caiu na preferência tanto de homens quanto de mulheres, também dentro da margem de erro. Em relação aos votantes do sexo masculino, a candidata, que havia sido citada por 35% em agosto, foi lembrada agora por 31%. Já entre as eleitoras, ela é a preferida de 35% nesta sondagem, contra 38% que a citaram no mês passado. Bruno, por sua vez, subiu apenas na preferência dos homens, passando de 22% para 26%, mas mantendo 22% da predileção das mulheres. Já Custódio cresceu três pontos entre os dois sexos: de 17% para 20% entre as mulheres e de 18% a 21% entre os homens. No quesito idade, a concorrente do PT foi escolhida como candidata por 39% dos entrevistados de 30 a 39 anos, fatia da qual 42% a tinham apontado em agosto. O do PMDB manteve-se como favorito de 30% dos mais jovens, com idade entre 16 e 29 anos, mas passou de 21% para 26% entre os de 30 a 39. O atual prefeito caiu de 21% para 18% entre os de 40 a 49 - faixa etária em que tinha atingido o maior índice na pesquisa passada -, mas saltou de 18% para 31% na preferência dos mais velhos, acima de 50 anos.

Escolaridade e renda
Em se tratando de escolaridade, Margarida subiu de 32% para 35% entre os que cursaram apenas a primeira fase do ensino fundamental, mas caiu de 47% para 33% entre os eleitores de nível superior. O movimento de Bruno foi inverso: entre os entrevistados que estudaram apenas até o quinto ano (antiga quarta série), o peemedebista baixou de 21% para 13% das intenções de voto, crescendo de 22% para 33% entre os que têm diploma universitário. Custódio teve aumento nos dois extremos: de 18% para 30% entre os de menor escolaridade e de 13% para 16% entre os que frequentaram uma faculdade. A maior parte do eleitorado tucano continua a ser o de renda familiar mais baixa, de até dois salários mínimos, entre os quais o atual chefe do Executivo saiu de 18% para 25% das intenções de voto. Em contrapartida, ele caiu entre os mais ricos, com renda familiar superior a cinco salários, baixando de 15% para 11%. O candidato do PMDB cresceu principalmente nessa última faixa de renda, de 28% para 36%. Já Margarida manteve-se acima dos 30% em todos os intervalos de renda, oscilando negativamente dentro da margem de erro de 39% para 35% entre os mais ricos e de 36% para 32% entre os mais pobres. A pesquisa Ibope foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) sob o protocolo MG-00424/ 2012.



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Tribuna de Minas


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