Camila Maciel
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reafirmou hoje (14)
que, embora a projeção de crescimento da economia tenha sido revista de
3% para 2%, a atividade econômica brasileira está em pleno aquecimento
neste segundo semestre.
"Temos que parar de olhar para trás. A taxa é uma média, que está sendo
puxada para baixo por causa do primeiro semestre. Conhecemos os
detalhes da economia, acompanhamos vários setores e temos indicadores
que apontam para a retomada”, declarou, ao participar de evento da
revista Exame na capital paulista.
Entre os indicadores que sinalizam ritmo mais acelerado, o ministro
destaca o aumento no volume de crédito, o crescimento da atividade
industrial e do comércio varejista. A expectativa do ministério é que no
próximo ano o Brasil cresça a uma taxa de 4%. Para o ministro da
Fazenda, o conjunto de medidas de estímulo vai permitir crescimento
sustentado entre 4% e 5% por vários anos.
Mantega avalia que as ações de estímulo adotadas pelo governo ainda não
resultaram em impacto na economia. “Os efeitos vão se dando aos poucos.
A redução da taxa de juros, por exemplo, demora de 8 a 10 meses, ainda
mais em um cenário de crise”. Ele destacou, ainda, as medidas de
desoneração da folha pagamento e redução das alíquotas de energia que
devem surtir efeito no próximo ano.
O ministro justificou também a inclusão de novos setores nas medidas de
desoneração da folha, anunciada ontem (13). Ele explicou que o ambiente
atual de pleno emprego faz com que haja aumento do custo da mão de
obra, diminuindo a competitividade do setor produtivo brasileiro. “Em
outros países, em função da crise, o custo da mão de obra está caindo. A
situação do Brasil [em relação a criação de vagas] é boa, mas gera
problemas para as empresas”, avaliou.
Ao destacar o conjunto de medidas anticíclicas – abrir mão de receitas e
gastar mais em momentos de desaceleração da economia – , Mantega
ressaltou os investimentos previstos até 2016 pela Petrobras, da ordem
de R$ 240 bilhões. “Esses recursos não vão depender da crise ou da
demanda. Dizem respeito a exploração dos ativos petrolíferos”, explicou.
Ele ressaltou que esses investimentos irão permitir que o país exporte
petróleo. “Independente da crise internacional, a mundo vai continuar
consumindo”, aposta.
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário