3 de março de 2015 | 20:27 Autor: Fernando Brito
Agora, com a notícia de que Renan Calheiros e Eduardo “Leva Eu Meu Bem” Cunha estão na temível lista do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, você entendeu porque Renan está afrontando publicamente a Presidenta Dilma Rousseff?
Porque a recusa em comparecer ao jantar do PMDB, ontem, e a devolução da MP do Ajuste Fiscal são afrontas que nem um presidente do Senado oposicionista faz, quanto mais um que diz ser da base aliada.
Renan acha que estamos ainda nos tempos de Sarney e FHC, quando um presidente estalava os dedos e um processo parava?
Dilma avisou para quem quisesse ouvir e fez muito bem: que estiver na roda, roda…
Só na cabeça de Calheiros e daquela loura da Veja, Janot é um empregadinho do Planalto.
Tanto quanto não pode ser da oposição, segurando cartazes levados por “coxinhas”.
Cunha, que é muito mais esperto, já tinha recuado e mostrado prudência, tratando civilizadamente com a Presidenta e recuado na ridícula “passagem da patroa” para os deputados.
Os dois sabiam desde sexta-feira que teriam um pedido de abertura de inquérito.
Aliás, a propósito, onde estão os energúmenos que disseram que a Presidenta “não entendia nada de independência do MP” quando pediu – pedido recusado – para Janot dizer se algum dos indicados a Ministro poderia vir a ter problemas na Lava-Jato?
Qual foi o mal de Janot ter avisado alguns dias antes a Renan e Cunha, se isso não influiu na decisão tomada?
Foi um ato civilizado para com duas pessoas que – gostemos ou não, presidem as casas de um Poder da República, o Legislativo.
Certas figuras só conseguem pensar numa relação de patrão e empregado, assim mesmo daquelas mais mesquinhas, onde um fala e o outro obedece.
Talvez porque estejam acostumados com isso.
Tijolaço
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