Muito boas as notícias que nos chegam da 41ª Cúpula do MERCOSUL, em andamento em Assunção-Paraguai desde a 3ª feira (ontem), e que a partir de hoje passa a contar com a participação da presidenta do Brasil, Dilma Rousseff.
É particularmente gratificante para quem, como eu, sempre esteve na vanguarda e na torcida pela integração continental, a notícia dada pelo nosso ministro de Relações Exteriores, Antônio Patriota, da disposição da Bolívia e do Equador, de passarem a fazer parte do bloco.
Patriota revelou que no café da manhã na abertura do encontro ontem, reunidos com os chanceleres do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai (membros plenos do bloco) os representantes da Bolívia e do Equador manifestaram interesse em que seus países se tornem membros efetivos do MERCOSUL. Hoje, como associados, Bolívia e Equador já participam das reuniões do bloco, mas não têm direito a voto.
Ficam faltando a Colômbia e o Chile
Se conseguirmos integrá-los como membros efetivos e o Parlamento do Paraguai aprovar a entrada da Venezuela - a adesão do país ao bloco regional, pleiteada há seis anos, não aconteceu até agora porque o Legislativo paraguaio ainda não aprovou sua entrada - ficam faltando a Colômbia e o Chile. Com este, aliás, o MERCOSUL já mantém relações especiais.
Assim, vão se consolidando paulatinamente na América do Sul a união aduaneira e o livre comércio, realmente os únicos caminhos para o desenvolvimento comum de todos países da região e para o aproveitamento do seu potencial de energia, petróleo, gás, agroindustrial e de minérios.
É um potencial que, para ser plenamente aproveitado, exige não apenas avanços na integração aduaneira e comercial mas, também, investimentos na infraestrutura, além de uma política industrial regional. Este, efetivamente, é um desafio que não devemos nem podemos fazer de conta que não existe. Mas, se nos dedicarmos a ele com empenho, determinação e vontade política, chegaremos lá.
Blog do Zé Dirceu
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