O Conversa Afiada reproduz comentário que recebeu do amigo navegante Carlos Jorge:
Carlos Jorge Rossetto
Vídeo bomba. O então Governador nacionalista e patriota do Paraná, Roberto Requião, pediu ao então ministro Paulo Bernardo para retirar-se de sua sala. “Diante do absurdo que me propunham eu interrompi abruptamernte a reunião e pedi aos dois, ao ministro (Paulo Bernardo do planejamento) e ao assessor (assessor da casa civil Bernardo Figueiredo) que se retirassem”
http://www.robertorequiao.com.br/site/Pronunciamento-no-Senado-sobre-rep.-contra-Paulo-Bernardo-e-trem-bala
Será que a presidenta Dilma viu esse video? É bom que ela veja antes que o PNBL arquitetado pelo Luis Inácio afunde.
Requião explica por que entrou com representação contra ministro Paulo Bernardo
O senador Roberto Requião explicou nesta sexta-feira (15), em Plenário, os motivos que o levaram a apresentar uma representação junto ao Ministério Público contra o ministro Paulo Bernardo, que hoje ocupa a pasta das Comunicações.
De acordo com Requião, que em 2007 governava o Paraná, Paulo Bernardo, à época ministro do Planejamento e Gestão, e Bernardo Figueiredo, então assessor da Casa Civil da Presidência da República, o procuraram para conseguir sua anuência em relação a uma parceria público-privada que seria realizada para construir um ramal ferroviário em seu estado, cujo custo seria de R$ 540 milhões e integraria as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Requião disse que recusou seu apoio ao projeto, pois a obra, segundo ele, poderia ser feita com custo entre R$ 150 milhões e R$ 220 milhões.
O senador disse ainda que a empresa concessionária, a ALL, deixaria de pagar ao governo o valor de R$ 52 milhões anuais, referente ao arrendamento de outra ferrovia. O dinheiro seria usado para pagar o financiamento da nova obra.
- Ao dizer um claríssimo “não” ao negócio, para o qual o ministro do Planejamento e o assessor da Casa Civil queriam a minha concordância, evitei que o BNDES fosse envolvido em uma operação lesiva ao patrimônio público, à economia popular e ao próprio banco – afirmou.
O senador disse ainda que o então assessor da Casa Civil Bernardo Figueiredo era ex-sócio da ALL.
- O Sr. Bernardo Figueiredo transita do privado para o público, depois de transitar do público para o privado – disse Requião.
Requião disse que logo levou o caso ao conhecimento do governo federal e a parceria público-privada acabou não sendo realizada. No entanto, segundo ele, depois da declaração dada pelo ministro Paulo Bernardo do que ele, como governador do Paraná, estaria impedindo investimentos privados no estado, encaminhou a denúncia ao Ministério Público.
Trem-Bala
No mesmo pronunciamento, Requião disse que o projeto do trem-bala, que deverá interligar Campinas e Rio de Janeiro, passando por São Paulo, é um projeto criminoso”.
- Criminoso por todas as vertentes e por todas as visões que se tenha sobre a sua finalidade política e técnica.
O senador votou contra a Medida Provisória 511/10, aprovada pelo Senado nesta quarta-feira (13), que autorizou financiamento de até R$ 20 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o projeto de Trem de Alta Velocidade.
Requião disse que é melhor estruturar as cidades do entorno das metrópoles do que levar grandes multidões a centros urbanos. Assim, em sua opinião, o investimento em transporte de massa, como a construção do trem-bala, é desnecessário.
Na avaliação de Requião, o modelo de transporte de massa em todo o mundo vem sendo questionado. De acordo com urbanistas franceses, disse, a saturação do centro histórico de Paris deve-se ao deslocamento de grande número de pessoas da periferia para a capital. Para resolver o problema, informou, foi adotado naquele país a “polinuclearização”, em que as cidades são estruturadas para que seus habitantes não precisem sair delas.
- Esta é a proposta que eu desenvolvi quando prefeito de Curitiba e quando governador do Paraná. Em vez de transportes de massa, potencializar cidades médias e potencialmente médias, evitando os mega e inadministráveis aglomerados – disse.
Da Redação / Agência Senado
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