A Folha publicou hoje, em sua versão impressa, uma pequena matéria sobre a suspensão da compra de vinte aviões Super Tucano da EMBRAER pela Força Aérea dos Estados Unidos. O cancelamento do contrato, estimado em US$ 355 milhões, foi anunciado no último dia 28.
No fim do texto do Folhão há a seguinte informação: "Anteontem, o Ministério das Relações Exteriores dissera que o governo brasileiro recebeu com surpresa a notícia, "pela forma e pelo momento em que se deu". Segundo a Folha, o Itamaraty negou que a decisão americana tenha provocado um desgaste na relação bilateral. "A surpresa passou", disse ao jornal embaixador Tovar Nunes, porta-voz do ministério. O embaixador fez esta declaração depois de um encontro do chanceler brasileiro, Antonio Patriota, com o subsecretário de Estado dos EUA, William Burns, em Brasília.
Bem, se a suspensão não provocou desgaste na relação bilateral eu não sei o que provocará. Já a declaração que "a surpresa passou" é um sintoma da persistente mania de bom-mocismo de certos setores de nossa diplomacia.
Foto: Embraer
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